William
Meu Deus, e agora o que eu faço? Porque o destino se empenha em separar a gente?
Depois de um tempo sem reação, fui atrás dela em sua casa.
— Maite eu não tive culpa, a Carla chegou lá e já foi me agarrando. — Disse entrando na casa dela.
— EU NÃO QUERO SABER, QUERO QUE VOCÊ VÁ PARA O INFERNO, SEU DESGRAÇADO, TRAIDOR. — Ela gritou levantando do sofá e vindo até mim. — EU TE ODEIO. — Ela disse soqueando meu peito.
— Meu Deus do céu, que gritaria é essa? — Diego correu até nós. — Não acredito, William eu disse pra você não fazer a minha filha sofrer de novo, porra. — Diego Abraçou Maite.
— Eu não tive culpa, a Carla entrou lá em casa me agarrando.
— Como se uma mulher tivesse mais força do que um homem. — Danilo já veio falando, descendo as escadas. — Você podia muito bem tirar ela de cima de você.
— Não deu tempo, quando ela......... — Maite me interrompeu.
— ELA ESTAVA PELADA NÉ? AÍ COMO VOCÊ É HOMEM, NÃO RESISTIU. QUERO QUE VOCÊ SE EXPLODA, SOME DA MINHA CASA, DA MINHA VIDA, ESQUECE QUE UM DIA VOCÊ ME CONHECEU, OK?
— Mai. — Vi ela subindo as escadas, me sentei no sofá e não me segurei, chorei e soqueei minha própria perna.
— Acho melhor você ir embora daqui, deixa minha irmã em paz.
— William, eu pedi pra não magoá-la.
— Diego, eu juro que.... — Não aguentei e chorei toda a minha dor.
— Eu sinto muito William, mas eu peço que vá embora, Maite está fragilizada e eu preciso ver o que fazer com ela, vai por favor. — Saí dali e durante o trajeto até em casa, meus olhos embaçavam pelas lágrimas. Momentos nossos, possuíam minha mente e dilaceravam o meu coração.
Maite
Adormeci de tanto que chorei, acordei de tarde com uma decisão tomada. Desci e encontrei papai e Dan na sala.
— Pai, quero voltar pra Porto Alegre com a minha mãe. — Disse decidida.
— Mana, tem certeza?
— É minha única certeza no momento.
— Então vou ligar pra sua mãe. — Meu pai não questionou a minha decisão, apenas ligou para mamãe. — Filha, ela quer falar com você. — Peguei o telefone.
— Filha, pode vir tá? Você precisa de colo e eu estou aqui pra te dar, quer que a mãe te busque ou teu pai te trás?
— Não sei, pai tu me leva, ou quer que a mãe me busque?
— Eu te levo, o Danilo também vai com a noiva.
— Ouviu mãe.
— Sim filha, vou ficar esperando vocês tá bom? Eu te amo minha menina. — Desligamos e Danilo me abraçou.
— Você não quer se despedir de ninguém?
— Queria da Suh, mas ela vai falar para o irmão dela, depois que estiver lá, ligo. Mas vou me despedir da Roberta, da mia e do Liam.
— Ok, o mano te leva lá, enquanto Maria arruma suas coisas.
— Eu vou sozinha.
Fui na casa de cada um deles, e choramos na despedida. No caminho para casa, andando pelo calçadão encontro Suh.
— Maite, como estás? — Ela me abraçou.
— Estou bem.
— Não parece estar, mas já que você diz que tá, eu acredito. —Sorri forçado pra ela.
— Vamos tomar uma água de coco, aí conversamos?
— Suh não posso, preciso ir para casa, arrumar umas coisas, só preciso de um abraço bem apertado.
Eu e Suh nos abraçamos forte e eu comecei a chorar, eu amava de paixão Suh, ela é uma pessoa incrível, que nunca estava pra baixo, vivia sempre rindo e eu sentiria muito sua falta.
— Não fique brava comigo tá?
— Mas porque eu ficaria? Você é uma pessoa que amo muito.
— Obrigada por ser minha amiga, apesar das minhas brigas com seu irmão, mesmo assim nunca deixou de ser minha amiga e obrigada pela foto. — Sorri e ela também.
— Não estou te entendendo Maite.
— Logo você vai entender, beijo preciso ir.
Dormi tão triste aquela noite, abraçada à nossa foto, que me trazia tantas lembranças boas. Na manhã seguinte, viajamos para Porto Alegre, de onde eu nunca deveria ter saído.
Chegamos em Porto Alegre às onze e meia, meus amigos já estavam tudo lá, quando vi Lucas o abracei forte e me desmanchei de chorar.
— Calma minha Mai, agora você está comigo e ninguém nunca mais vai machucar seu coração, escutou? Eu prometo que vou te proteger de qualquer um que queira te machucar.
— Obrigada Luquinha.
Só quero ver a hora que Will saber, que Mai foi embora.
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UM AMOR QUASE IMPOSSÍVEL - COMPLETA
RomanceMaite Perroni é uma jovem de 17 anos que mora com a mãe em Porto Alegre. Seus pais são donos de uma rede de academia e são separados a sete anos e, se pegam também a sete anos. Todo mês, quando se reúnem para o fechamento de caixa, se envolvem. E...