Alguns minutos se passaram, o filme começou a ficar mais assustador e tenso, Bruno já estava quase pedindo para sair, não gostava muito de passar medo e susto, na metade do filme houve uma cena em que um personagem foi surpreendido e teve a cabeça cortada pelo assassino, Bruno se assustou e pulou em cima de Diego.
- Que horror, já acabou?! -perguntou escondendo o rosto no ombro de Diego.
- Calma, não está mais saindo sangue. -Bruno olhou, mas o assassino ainda estava cortando o homem.
- Que droga Diego! -enquanto o rapaz se escondia de novo, Diego começou a rir.
- Relaxa, é só um filme.
- Mas eu não gosto de ver gente morrendo.
- Okay, agora voltou ao normal.
Uma cena mais tranquila começou, Bruno se virou, mas pegou uma coberta e cobriu parte da cabeça, Diego olhava o rosto bravo dele e ria, mas o filme foi ficando cada vez pior, pois alguns fatos assustadores pareciam bem reais, Diego acabou ficando com um pouco de medo, mas tentava não demonstrar.
- Já acabou? -perguntava Bruno cobrindo a cabeça.
- Não.
- Ele conseguiu pegar a mulher do elevador?
- Ainda não, tira a coberta e tenta ver, não está tão assustador.
- Não! -as cenas finais começaram a passar, Diego tomou um susto.
- Aí meu Deus!
- Que foi?!
- Ele atingiu ela com um taco.
- Morreu?
- Está se arrastando... Agora pegou um fósforo, ela vai explodir tudo!
- Não, eu gostava dela, ela tem que viver!
- Explodiu! -Bruno tirou a coberta para olhar, algumas cenas de uma casa pegando fogo apareceram e no final a frase:"baseado em fatos reais." Eles se olharam um pouco assustados.
- Você trancou as portas e janelas?
- Acho que sim.
- Que medo! -disse Bruno abraçando Diego.
- Você desliga a TV!
- Eu não, você é o dono da casa, se vira!
- Mas você é a visita e vai para o outro quarto.
- Só se você me levar e trancar a porta!
- Tudo bem então fica aqui... Estamos parecendo criança nessa situação.
- Mas o filme é baseado em fatos reais!
- Tem razão... -Diego ligou a lanterna do celular e desligou a TV, em seguida se deitou um pouco longe de Bruno. - Boa noite.
- Se eu conseguir dormir... Como pode me assustar? -Diego riu e colocou a mão no braço de Bruno.
- Desculpa, estou aqui se sentir medo.
Eles não falaram mais nada, minutos depois Diego percebeu que Bruno já estava em sono profundo, o rapaz se mexia um pouco enquanto dormia e até dizia algumas coisas estranhas, Diego acabou dormindo também, com um pouco de medo de sua máscara sair durante a noite, ou ser tirada.
Na manhã seguinte, Diego sentiu algo pesado sobre seu corpo, ele abriu os olhos, em cima de suas costas estava Bruno dormindo tranquilamente.
- Você é pesado! -disse verificando que sua máscara ainda estava no rosto e suspirando pela falta de ar. - Acorda, vai me matar.
- Só mais cinco minutos pai. -Diego riu e o empurrou para o lado.
- Bom dia sonâmbulo! -Bruno abriu os olhos.
- Desculpa, isso tinha parado de acontecer...
- Tudo bem?
- Sim, você não tira a máscara nem para dormir e se você babar nela?
- Nunca aconteceu.
- Eu peidei a noite? -Diego riu.
- Não, levanta, temos muito o que fazer.
- Já posso ver meu pai?
- Antes da escola, vamos no hospital.
- Que bom, obrigado.
Diego foi até o banheiro, Bruno ficou alguns minutos pensando, depois levantou e foi para seu quarto, onde se arrumou, pegou suas coisas e foi até a cozinha, Diego já tinha tomado café antes, para que o rapaz não pudesse ver seu rosto. Eles saíram direto para o hospital, no corredor encontraram o policial da noite que tudo aconteceu, ele os cumprimentou.
- Como está seu pai? -perguntou encarando Bruno em tom de compaixão.
- Vou ver ele agora, mas ainda está em coma.
- Sinto muito, espero que ele saia logo desse estado, mas você está se cuidando?
- Sim, Diego está me acolhendo.
- Ótimo, você precisa estar bem para quando seu pai acordar não ter nenhuma preocupação, eu sempre estou por aqui, se precisar de algo e me dê notícias quando ele acordar, até mais.
- Até, obrigado... -Bruno e Diego olharam o policial se afastar. - Que cara legal.
- E estranho. -afirmou Diego.
- Por que?
- Sei lá, por que tanto interesse em você e seu pai?
- Ele deve ser uma boa pessoa e foi ele quem chegou primeiro antes da ambulância, me ajudou muito na hora tentando me acalmar.
- Suspeito...
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Deformidade.
عشوائيApós um acidente em sua antiga casa, Diego fica com cicatrizes e marcas que não saíram com facilidade, ele é obrigado a se mudar de cidade, escola e vida. Triste com por ter perdido seu pai no acidente e principalmente sua bela aparência, já que o p...