Dois dias se passaram após a invasão de Vítor, Bruno se encontrou com a família dele após a morte do homem, a mãe dele, mesmo estando muito decepcionada e triste por perder o filho daquela forma, foi até Bruno pedir perdão, o rapaz abraçou ela e ficou um bom tempo no corredor do hospital conversando com a senhora que ao contrário do filho era uma pessoa muito sensata.
- Eu tenho tanto orgulho do meu menino. -disse Fernando colocando a mão no ombro de Diego.
- Você fez um bom trabalho.
- Cuida dele!
- Relaxa... você não ia buscar o Gabriel? ele já deve estar lhe esperando.
- Tem razão, eu já volto.
Fernando foi pelas escadas do hospital, até o quarto onde Gabriel estava, ao entrar, viu um homem loiro, bronzeado, de olhos verdes, alto e músculoso, conversando e rindo com Gabriel, Fernando bateu na porta roubando a atenção deles.
- Atrapalho? -perguntou olhando o loiro de cima a baixo, era muito bonito e bem vestido, provavelmente alguns anos mais jovem que Gabriel.
- Não, esse é Lucas, um bom amigo. -disse Gabriel apontando para o loiro.
- Você deve ser o Nando. -Lucas se aproximou e estendeu a mão, Fernando a apertou. - Prazer em conhecê-lo.
- O prazer é meu.
- Eu estava viajando, mas assim que soube do que aconteceu com Gabriel decidi voltar, não poderia deixar uma pessoa tão especial desamparada.
- Não se preocupe, eu já me ofereci para cuidar dele, o Gabriel não vai ficar desamparado.
- Tenho certeza que você iria ajudar... -Lucas encarou Gabriel quase o comendo com os olhos. - Mas eu faço questão de cuidar dele enquanto estiver se recuperando, minha casa é bem espaçosa, é ótima para nós dois.
- Eu já disse que vou cuidar dele! -disse Fernando demonstrando um pouco de nervosismo. - É o mínimo que posso fazer por ele!
- Tudo bem, mas então me passe o endereço para visitar meu... Amigo. -Lucas pronunciou a última palavra com um pouco de sarcasmo, Fernando teve o rápido pensamento de tacar a cadeira que estava ao lado da cama na cabeça do homem.
- Não se preocupe Lucas, eu mando mensagens para você, agora me tirem desse hospital antes que eu enlouqueça, esse lugar é chato demais!
Um enfermeiro chegou com uma cadeira de rodas, Fernando e Lucas quase brigaram para ver quem iria empurrar a cadeira, mas Gabriel móvel as rodas sozinho, ao chegarem no térreo Bruno e Diego estavam esperando.
- Acho que teremos de nos despedir aqui. -disse Lucas sorrindo para Gabriel.
- Até mais, obrigado por ter vindo.
- Vou te visitar todos os dias. -Lucas ia beijar a boca de Gabriel, mas ele virou. - Eu sou paciente.
- Lucas eu...
- Não se preocupe, até logo.
Lucas saiu em direção a um carro prata, Fernando ajudou Gabriel a entrar no carro sem dizer uma palavra, Diego encarava Bruno louco para fazer algum comentário, mas ele teve que se conter, no caminho para casa, Fernando fez uma breve observação sobre o tempo, mas eles não falaram nada a mais. Ao chegarem em casa, Diego e Fernando carregaram Gabriel, ele ainda teria de esperar até poder colocar peso na perna e estar recuperado, eles deixaram o homem no quarto de Fernando.
- Eu não posso ficar aqui, onde você vai dormir Nando?
- Relaxa, eu tenho uma cama reserva no porão, agora descansa para se recuperar rápido.
- Obrigado gente, mas acho que já descansei demais no hospital, mal posso esperar para voltar ao normal.
- Não se preocupe, logo você vai estar correndo por ai de novo.
Eles ficaram no quarto conversando com Gabriel, depois foram preparar o jantar, a noite se passou agradável, Fernando foi dormir no porão, arrumou a cama reserva e ficou pensando sobre o que aconteceu no hospital, se perguntando:"Eu estava com ciúmes?"
No dia seguinte, Bruno acordou mais cedo fez o café e foi levar até o quarto para Gabriel, o homem já estava acordado encarando a janela.
- Bom dia!
- Bom dia Bruno. -ele tentou se ajeitar na cama mas ainda sentia muita dor na coxa.
- Quer ajuda?
- Eu já quebrei muitos ossos e levei alguns tiros, mas a coxa é o pior lugar. -Bruno riu e o ajudou a se arrumar.
- Talvez não queira falar sobre isso e meu pai também não, mas eu preciso falar sobre isso com você... Ama muito meu pai, certo? -Gabriel o encarou o rapaz surpreso, não sabia o que esperar de uma conversa sobre aquilo com Bruno.
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Deformidade.
RandomApós um acidente em sua antiga casa, Diego fica com cicatrizes e marcas que não saíram com facilidade, ele é obrigado a se mudar de cidade, escola e vida. Triste com por ter perdido seu pai no acidente e principalmente sua bela aparência, já que o p...