Mariany
Acordo e percebo que estou amarrada na cama, olho em volta vendo que a porta está aberta, faz dias que estou aqui e não faço ideia de quando foi que eu comi ou bebi água pela última vez, acho que dormi mais tempo do que dormi antes. Vejo o cara que cuidou dos meus ferimentos.
-O que vão fazer comigo? -Pergunto com medo da resposta, ele me olha com um olhar de pena.
-Eu nada, mas nosso chefe tem uma surpresa para você. -Ele sai do quarto depois de me dar um pouco de água que não deu para matar minha sede.
-Matheus... -Ele me olha com um sorriso, ainda não acredito que é ele. Ele me desamarra e me joga no chão com força, gemo quando minhas costas batem na parede.
-Hoje será o seu último dia, mas antes do grande final irei me divertir um pouco.
Não me lembro da última vez que tive uma alucinação com o Gui me salvando, acho que foi antes de desmaiar de fome.
Pensei ter visto ele e ouvido sua voz depois dele acabar com o cretino que está tirando minha roupa agora, tento pensar apenas em como posso conseguir me livrar dele estando tão fraca e nem sentindo minhas pernas, meus olhos fecham devagar e sinto que estou muito mais magra.
-Matheus... -Imploro quando o vejo se despir.
-Fica quietinha se não vou te matar mais rápido. -Engulo em seco e ele me beija, fico com a boca fechada e minhas mãos fracas batem em seu peito, ele me penetra forte, grito por causa da dor que me atinge.
Começa a se movimentar e a morder meu pescoço até sair sangue, assim como ele faz com o meu lábio inferior.
Sinto o sangue em minhas pernas, mas ele não se importa, começo a gritar para ele parar, mas o mesmo só dá tapas em meu rosto, fico quieta quando sinto que meu nariz está quebrado por conta do seu soco, meu rosto está dolorido assim como meu corpo e minha intimidade, ele está me enforcando e se mexendo mais rápido até chegar em seu ápice.
Sai do quarto me deixando jogada no chão, me abraço por conta do frio e então escuto carros do lado de fora, uma briga na sala e a porta se abrindo novamente me mostrando mais uma alucinação.
-Mary... -Ele corre até mim e segura meu rosto em suas mãos enormes. -Amor, me perdoa... -Beija minha testa, o encaro.
-Você é mais uma alucinação? -Não pode ser real, meu consciente deve estar pregando outra peça.
-Não amor, estou aqui. -Ele sorri e eu passo meus dedos por sua barba.
-Gui tira ela daqui, tem que levá-la para o hospital. -Ouço Guh, mas só consigo olhar para ele.
-O Matheus acabou de abusar dela. -Agora foi o Rick, estou tremendo e ele me deixa sentada no chão tirando sua jaqueta e depois sua camisa regata, vejo meu nome em seu peito e passo meu polegar por ele.
-Vem, vamos vestir você para ir no hospital. -Ele me dá um sorriso e me troca, gemo quando sem querer ele passa a mão em minha bochecha.
Termina de me vestir e me pega em seus braços ouvindo meu gemido de dor, logo desmaio sentindo meu corpo latejar.
***
Recordo meu consciente escutando vários bips o que é normal para mim, vejo Guh assim que abro os olhos e caio na real que tudo que aconteceu foi realmente meu consciente me pregando uma peça
-Mary, ainda bem que acordou. -O encaro sem entender. -Faz três dias que está desacordada. -Ele explica e eu olho em volta vendo Rick dormir.
-Água... -Peço antes de começar a tossir, ele me ajuda a beber e vejo Rick atrás dele.
-O que sente? -Me pergunta e eu luto para conseguir falar.
-Fome... -Ele dá um sorriso e sai do quarto, olho para Guh. -Tudo foi uma alucinação? -Pergunto baixo, mas ele me ouviu assim como outra pessoa.
-Não, eu estou aqui e nunca mais vou sair do seu lado. -Olho para porta vendo Guilherme, ele está horrível com olheiras escuras de baixo dos olhos.
-Tira ele daqui. -O olho com desprezo e vejo em seu olhar a culpa. É assim que deveria se sentir já que tudo que sofri foi por causa dele. -Não quero mais te ver. -Falo agora alto e em bom som.
-Mary, eu sinto muito. Só queria te proteger.
-Proteger... Não entendi o seu jeito protetor, eu entrei em depressão, me cortei, queria me matar, estava morrendo aos poucos, comecei a beber, usar drogas, transar com qualquer um em baladas por causa de você, eu achei que você tinha morrido! -Grito sentindo minha garganta doer.
-Eu não tenho culpa que o Matheus não cumpriu com o prometido. Eu estou bem, vivo...
-Não, você está enterrado a sete palmos abaixo do solo. Eu fui no seu enterro, eu compus uma música para você.
-Eu vi... -Eu o encaro com uma sobrancelha erguida. -Eu vi todos os vídeos que colocaram no YouTube, desde o da minha morte até o que você foi quase morta naquele banheiro.
-Você viu... Você viu e mesmo assim não voltou? Estava esperando o quê? O Matheus me sequestrar e me estuprar de novo? Conseguiu pois estou tão suja por dentro que pareço um lixão.
-Mary... -Lágrimas molham o meu rosto e sinto vontade de vomitar, mas não se tem nada em meu estômago para eu fazer isso.
-Ele não usou camisinha! -Explodo e ele me encara mais sério. -Ele gozou dentro de mim. -Grito mais alto e Rick entra no quarto com uma bandeja.
-Ele o quê? -Pergunta e eu continuo olhando para Guilherme que está me olhando na mesma intensidade.
-Eu sentia sua falta todas as noites, dormia depois de tanto chorar, tinha pesadelos com a sua morte e me culpava por tudo que aconteceu, eu te amava! -Grito a última parte e ele dá um passo para trás. -Não quero mais te ver e juro que se você tentar irei pular na frente do primeiro carro que passar, você está morto e vai continuar assim. -Ameaço e arranco a corrente que estava em meu pescoço jogando em cima dele que a pega no ar. -Some da minha vida! -Grito e ele me lança um último olhar seguindo para fora do quarto, ouço vasos se quebrando e depois não vejo mais nada.
Eu adoro essas coisas, principalmente fazer a Mary sofrer..... Kkkk
Mas vou ser boazinha mais para frente, ela vai sofrer mais um pouquinho 😂
Ela deveria perdoar o Gui?
Eu acho que sim, pois ele se explicou e disse que era para o bem dela, mas ele deveria ter voltado mais cedo e ter evitado o sofrimento dela.E agr? O que vcs acham? Volta o romance ou mais brigas?
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O irmão do meu melhor amigo 2.0
RomanceUm ano se passou e Mary vai de mal a pior, depois da morte de Guilherme ela não confia mais em ninguém, seus amigos tentam ajudar, mas tudo é em vão. Gustavo e Henrique decidem sair da cidade e ficarem fora para esfriar a cabeça levando Mariany junt...