28° Capítulo

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Ainda conversando com Gui percebo que ele não está me olhando e sim uma pessoa atrás de mim.

Levanto a sobrancelha quando ele fala que quer morar em Londres comigo e eu meio que não entendo o porquê que entrou nesse assunto de repente.

-Quem está atrás de mim? -Sussurro e ele volta sua atenção.

-Matheus. -Diz e eu lhe dou um sorriso disfarçando.

-Não entendi a parte de como ele vai voltar para o esconderijo dele sendo que está aqui. Eu meio que fiquei prestando atenção em como essa camiseta cai perfeitamente em seus músculos. -Lhe dou um sorriso e ele retribui.

-Quando seguirmos para casa, então esperamos até ele ir embora e saímos pelo fundo onde estacionei o seu carro.

-Não tenho carro. -Digo e ele sorri mais e não fala nada. -Guilherme como assim meu carro?

-Vai saber quando chegarmos em casa. -Sorri e eu pulo em cima dele, cai de costas comigo em cima.

-Vai me deixar curiosa? Não vai me dizer que você comprou...

-Não estrague a surpresa tentando descobrir. -Me interrompe colocando o seu dedo em meus lábios, ele acaricia e sua mão vai para minha nuca me beijando em seguida. -Vamos embora. -Se senta comigo em seu colo.

-Recebeu uma mensagem? -Pergunto ainda em seu colo e adoro como ele aperta minha cintura.

-Não, uma ligação que vibrou três vezes, esse foi o sinal que eles já acabaram. Não prestou atenção no que o Léo disse?

-Realmente estou com vontade de tirar essa camiseta de você desde que começamos aquela reunião. -Lhe dou um sorriso vendo seus olhos ficando mais escuros.

-Vamos antes que eu te fodo na frente de todos. -Me dá um selinho e se levanta me colocando no chão, pegamos as coisas e as guardamos, ele segura a cesta e eu a chave do carro.

-Me leva? -Pergunto e ele me encara. -Qual é, o caminho é longo. -Digo olhando o carro que está do outro lado do parque.

-Sobe. -Diz parando e eu subo em suas costas.

Seguimos para o carro e quando chegamos perto ele me coloca no chão, já está escurecendo quando chegamos em frente a porta de casa.

Descemos e entramos, guardo a cesta quando ele tranca a porta, esperamos até não ter nenhum sinal de Matheus na rua e seguimos para os fundos abrindo o outro portão só que mais estreito, assim que piso no beco que tem atrás de casa vejo um carro coberto com um pano preto.

-Não vai me dizer que esse é o meu "carro". -Digo olhando o tamanho e a altura.

-Sim ele é, me ajuda com o pano, temos que chegar lá antes dele.

-Iremos cortar caminho então temos tempo. -Digo o ajudando e quando tiro vejo que é um Camaro. Não brinca. -Está zoando com a minha cara.

-Gostou? Presente que eu sei que você queria ter.

-Queria? Eu estava vendo vários modelos na internet para comprar, mas são muito caros.

-Sim, mas só de ver esse sorriso e o brilho em seus olhos sei que valeu apena.

-Você o customizou igual o seu. -Dou a volta nele parando ao lado de Gui na traseira do carro. -Sempre amei traseiras.

-Sei disso, depois você me agradece. -Pisca e eu reviro os olhos. -Vamos tostar um canalha. -Diz sorrindo e jogando uma chave que eu pego no ar, tiro o alarme e entro. -Antes quero que você veja uma coisa, fica do lado de fora. -Pede e eu saio novamente do carro deixando a chave na ignição.

O irmão do meu melhor amigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora