O irmão do meu melhor amigo 2.0

26° Capítulo

Acordo com calor, está muito quente aqui, abro os olhos olhando ao redor e vejo que a janela está fechada e o ar não está ligado. O corpo de Gui está suado assim como o meu e seus braços estão me rodeando protetoramente, minha perna está latejando por estar em cima dela então me viro devagar.

-O que está fazendo? -Olho para cima e o vejo ainda de olhos fechados.

-Minha perna. -A toco e merda. -Droga. -Xingo e ele me olha se sentando em seguida, tira o cobertor e vejo que a cama está toda coberta de sangue.

-Merda, vamos para o hospital. -Diz e se levanta colocando sua roupa, coloca sua camisa em mim e vai ao banheiro, fico esperando e ele logo volta me pegando nos braços e descendo as escadas.

-O que aconteceu? Mary... -Guh vem em nossa direção.

-Vou levar ela ao hospital, meninas limpem o quarto por favor e Rick pega as chaves, Guh abre a porta e o portão. -Manda e eu apenas gemo quando ele sem querer rela no meu ferimento. -Desculpa. -Pede e eu suspiro, me coloca no banco do passageiro e Rick com Guh no banco de trás, não vi os rapazes então acho que saíram com o Léo.

***

Estou sentada em uma maca com Gui me olhando e uma enfermeira me enfaixando, perguntou várias vezes em como eu fiz isso, mas Gui sempre desviava o assunto.

-Logo vai ficar boa, em três dias vai passar a dor se tomar os remédios certos. -Aceno e desço da maca, Gui segura firme em minha cintura e segura minha mão com a sua outra.

-Obrigada. -Digo e ela sorri, saímos da sala comigo mancando e então Gui me coloca em seus braços novamente. -Não precisa.

-Sei disso, mas gosto de mostrar que é minha. -O olho de perfil e ele está sorrindo, olho em volta vendo todos nos olhando. -E adoro chamar atenção. -Me olha e me dá um selinho, saímos do hospital e a claridade quase me cega.

-E o que vamos fazer hoje? -Pergunto já dentro do carro e ele me olha quando o liga.

-Vai aprender a atirar, tem que estar pronta para quando irmos atrás do Matheus.

-Já sei atirar. -Digo e todos do carro gargalham. -Qual é, já me viram fazer isso.

-Sim, mas foi golpe de sorte. -Guh fala e eu me viro olhando para a estrada, Gui dá risada e segue a caminho de casa com sua mão em minha coxa, para em frente ao portão e os rapazes saem.

-Onde vamos? -Eu o olho e ele sorri.

-Já disse, vamos treinar e não pode atirar por aqui. -Sai com o carro e eu não pergunto mais nada, andamos pela cidade e saímos dela chegando em uma área com mata.

-Sei que não sou uma namorada tão boa para você, mas não precisa me matar. -Digo fazendo drama e ele me olha com uma sobrancelha erguida. -Juro que te faço carinho quando for dormir, sei que adora cafuné, mas não me mata.

-Ok, já está me assustando. -Gargalho e ele sorri voltando a sua atenção para a estrada. -Agora sobre o cafuné.

-Nem vem, estava brincando. -Ele aperta minha coxa e entra em uma estrada de terra, andamos mais alguns minutos e Gui para o carro.

-Vamos andar um pouco, mas faço questão de te levar. -Diz já saíndo do carro e eu abro a porta saíndo também, ele dá a volta indo para o porta malas e o abre depois abrindo um fundo falso.

-Nossa, senhor Winchester. -Brinco e ele sorri pegando uma bolsa e a colocando nas costas.

-Vamos. -Diz depois de colocar alarme no carro e me pegando nos braços.

-Onde vamos exatamente? -O olho e ele apenas olha para o caminho em sua frente.

-Fiz um "campo de treinamento" que sempre usava. Não vim mais aqui então deve estar com o mato alto.

Apenas o observo a falar, não presto muita atenção no que ele fala, está explicando o nome de armas, mas eu sei de algumas então me concentro em seus lábios se movendo, seu nariz que não é tão cumprido, mas é perfeitinho. Seu queixo quadrado com a barba rala está me conquistando cada vez mais.

Passo meu indicador pelo contorno da sua mandíbula e ele sorri. Minha mão esquerda está em seu peito e a direita passo pelo seu pescoço chegando em sua nuca e acariciando, ele me coloca no chão e eu observo em volta vendo alguns alvos, um saco de areia grande para socar e chutar, alguns bonecos de plástico e uma mesa enorme.

Ele tira a bolsa de suas costas e a abre tirando Colt de vários calibres, várias metralhadoras e até mesmo snipers, escopetas.

-Para que tantas metralhadoras, escopetas, snipers e Colt? -Ele me olha.

-Sabe os nomes? -Pergunta e eu aceno.

-Tem até um lança granadas. -Ele sorri. -Jogo vídeo game. -Dou de ombros.

-Ok, já pegou em alguma dessas?

-Apenas na Colt 45 e nessa daqui. -Aponto para o fuzil. -Podemos começar pela sniper? -Pergunto notando que alguém está nos observando.

-Podemos, sabe recarregar e destravar?

-Não, me ensina? -Pergunto tentando ganhar tempo para localizar o cara.

-Claro, vem aqui e faz o que eu fizer. -Aceno e ele começa a fazer, finjo prestar atenção e então vejo o cara que parece ser um dos capangas de Matheus. -Pronto, sua vez.

Pego a sniper e recarrego quase nem olhando para ela, destravo e depois o olho.

-Onde iremos treinar? -Ele sorri.

-Pode abaixar os pezinhos e posicionar em cima da mesa, acerta alguns daqueles alvos. -Faço o que ele diz e olho pela mira depois de colocar os fones, miro em um alvo atirando em seguida. -Nossa... Acertou no centro. -Dou de ombros e acerto no próximo acertando depois no terceiro.

-Agora o último. -Digo.

-Mary, já acertou nos três. -O olho.

-Ainda não. -Falo e volto a mirar, aproximo e miro na cabeça do cara, ele se esconde já me notando e então espero até ele espiar novamente. Assim que o faz aperto o gatilho disparando e acertando no meio de sua cabeça. -Acertei. -Dou pulinhos com uma perna.

-Acertou? Não vi você acertando nada. -Diz me olhando e depois olhando em volta.

-Acertei sim, vem comigo. -Digo andando mancando na direção do cara morto, assim que paro ao seu lado olho para Gui. -Viu, eu acertei. Agora podemos treinar sem ninguém para atrapalhar. -Pisco e lhe dou um selinho seguindo para onde estava.

Videogames ensinam muitas coisas...