25° Capítulo

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-Como escapou? -Leo pergunta e eu suspiro.

-Foi difícil, mas consegui. -Falo e depois grito quando Rick tira a bala de minha perna, aperto a mão de Gui.

-E como conseguiu essa bala? -Guh pergunta e eu respiro fundo.

-Quando estava fugindo vieram vários atrás de mim atirando e antes de conseguir pular do barranco eles me acertaram.

-Barrando? -Nathy me olha.

-Sim, pulei no lago que até que era fundo, depois achei um posto de gasolina e consegui um carro. Vocês sabiam que existe uma cidade chamada Mogi Guaçu?

-Eu sabia, já fui no shopping de lá. Você não sabia? -Gui pergunta me olhando e eu lhe dou um sorriso.

-Vai doer. -Olho para Rick. -Vou jogar álcool e depois dar alguns pontos. -Aceno e ele joga nas mãos primeiro, seguro a mão de Gui com as minhas duas e quando sinto arder eu aperto e ele apenas acaricia minha cabeça, escondo meu rosto em seu peito enquanto sofro de dor. -Prontinho.

-Nossa... Depois dessa vou beber. -Falo e Leo me dá um copo acho que com vodka.

-Você tem que descansar. -Vic fala.

-Não, eu tenho que comer. -Falo e vejo um prato em minha frente, nele tem um pedaço grande de lasanha. -Eu te amo. -Digo e Aiden sorri, mas fecha quando Gui o olha de cara fechada. -Qual é, ele só me deu comida. -Lhe dou um selinho.

-Vamos ter que adiar o plano. -Leo informa e olho para ele, seus capangas estão sérios e de braços cruzados.

-Seus capangas não cansam não? -Pergunto e os dois me olham.

-Se sentem. -Leo manda e eles fazem isso. -Eles vão vir até aqui a sua procura então temos que tomar cuidado, vou colocar seguranças em volta da casa para a proteção de todos.

-Nossa, por qual razão vai fazer isso? -Pergunto e todos me olham.

-Porque estamos ficando aqui, então quero minha segurança também. E claro que eu me preocupo com você.

-Sei... -Falo e ele me dá um sorriso, sinto um calafrio e volto a comer.

-Então... Vamos dormir, já está tarde. -Aiden diz e todos se levantam.

-Vou ficar por aqui com a Mary. -Gui informa e todos sobem, Leo faz uma ligação e depois diz que estão a caminho, alguns caras para a segurança.

-Como você acha que ele tem tantos capangas? -Olho para Gui que está mudando os canais da televisão.

-Acho que do mesmo jeito que o Matheus, vende drogas, bebidas e entre outras coisas ilegais que dão dinheiro.

-Como tem tanta certeza disso? -Ele me olha.

-Porque eu já fiz isso. -Fala e eu fico o olhando, acho que ele pensou que eu iria o repreender. -Um dia você me perguntou do porque fui preso, porque fui para Londres e o porquê voltei.

-Lembro muito bem desse dia. -Gemo quando tento colocar o prato na mesinha de centro e ele coloca para mim se encostando no sofá e esticando as pernas para colocar em cima da mesa, faço o mesmo deitando a cabeça em seu braço.

seu braço direito fica atrás de minha nuca e eu começo a brincar com seus dedos, sua outra mão está entrelaçada com a minha, na televisão passa um filme de desenho, mas nem presto atenção.

-Fui para lá quando me perdi nas drogas aqui, Guh quem me ajudou dizendo para minha mãe que eu ganhei uma bolsa na faculdade o que praticamente foi verdade. Lá eu me perdi ainda mais entrando como braço direito do dono das "drogas" de Londres. Ele é podre de rico e não mexia em nada apenas mandava em mim e eu obedecia.

-Sinto muito. -Digo beijando sua mão e ele suspira.

-Não sinta, eu bem que merecia por matar tantas pessoas. Agora consigo ver.

-Mas como te pegaram? -Pergunto e ele beija minha têmpora.

-Armaram para mim, aquele policial que me conhecia morava em Londres e foi ele quem me prendeu, me espancaram tanto que perdia consciência por vários dias seguintes. Até que decidi fugir e voltar para o Brasil já que minha pena estava prestes a acabar e me falaram que no último dia iriam me matar.

-E então você fugiu e veio para cá já que não sabiam onde morava. -Deduzi e pelo seu silêncio acertei, o olho e ele está de olhos fechados.

-Sim, pedi antes de vir para Guh mentir sobre tudo. Voltei e então entrei na escola rapidamente, meu plano estava indo bem, mas acabei conhecendo uma garota teimosa, rebelde e a mais linda da escola.

-Está falando da loira plastificada? -Zombo e ele dá risada.

-Não, ela não chega nem aos seus pés. Desde a primeira vez que te vi sabia que meu destino estava comprometido.

-Desde então não mexeu mais com as drogas? -O olho e ele nega.

-Não, digamos que minha cabeça estava ocupada demais por causa de uma pessoa.

-E agora está entrando em mais uma confusão por causa de mim. Confessa, eu sou uma má influência.

-Que nada, eu é quem sou. Olha no que você tornou e sofreu, levou um tiro e ainda está querendo que a ensine a lutar.

-Não preciso mais, sabe que lutei muito bem com aquele cara lá fora. -Me gabo e ele da risada.

-Aposto que foi golpe de sorte e você imitou do Sobrenatural. Aquele episódio que o Dean luta quando estava demoníaco.

-Nego tudo, mas você vai me ensinar?

-No momento você não pode, tem que ficar de repouso até cicatrizar.

-Então quer dizer que não podemos fazer o que fazemos de melhor? -O olho e ele me olha.

-Não, infelizmente, mas saiba que vou te foder muito quando se recuperar. -Fala em meu ouvido e eu bato em seu peito.

-Não fala esses palavreados. -O repreendo.

-Me lembro bem que iríamos fazer isso quando foi sequestrada.

-Também me lembro, mas voltando ao assunto. Porque me contou? Você disse que queria esquecer.

-Sim, mas preciso contar para você. Disse que não iria mais mentir.

-Sim, mas eu entendi muito bem que isso te machucava. Não precisava ter contado.

-Estou bem, apenas vai ser difícil de esquecer. Novamente. -Suspiro e eu o olho.

-Te ajudo com isso. -Falo sorrindo e ele me beija.

-Vamos dormir, precisa descansar. -Se levanta e me pega em seus braços, sobe as escadas e vai para o quarto me colocando devagar na cama, ele tira minha roupa devagar e apenas olho para seus músculos se movendo.

-Saiba que eu consigo tirar minhas roupas. -Ele sorri e tira sua camiseta.

-Mas faço isso muito melhor. -Pisca e abaixa a calça ficando de cueca box.

Se deita ao meu lado puxando minha perna machucada para cima das suas e me enrosco em seu corpo, fico contornando meu nome em seu peito até que pego no sono.

Que passado trágico...

O irmão do meu melhor amigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora