14° Capítulo

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Guilherme

Chego e encontro os rapazes na sala, eles me olham.

-Peguem as garotas no carro. -Falo e eles logo descem para a garagem, coloco Mary em seu quarto.

Saio do quarto e volto para sala onde encontro todos me olhando e as meninas dormindo no sofá.

-O que aconteceu? Como achou ela? -Guh pergunta e eu escoro nas costas do sofá.

-Quando estava no corredor do hospital, eu ouvi a porta do quarto se abrindo e eu conheço muito bem a Mary que detesta hospital. Então fingi estar dormindo e depois a segui, só que antes de chegar na boate eu fui parado pela polícia por estar sem cinto, levei uma multa e então voltei meu caminho para a boate que assim que cheguei fui a procura dela. A encontrei bêbada no sofá e aqui estou eu. -Suspiro depois de terminar de falar e eles continuam me olhando.

-Você a ama? -Niko pergunta e eu lhe levanto uma sobrancelha. -Só estou perguntando.

-Amo... -Falo me endireitando e o olhando.

-Então porque a abandonou? Sério, ainda não entendi essa parte da história.

-E você é quem para querer saber o que eu faço ou deixo de fazer? Não se mete onde não é chamado, se não vai acabar se ferrando.

-Isso é uma ameaça? -Lhe dou um sorriso.

-Entenda como quiser! -Rick entra no meio de nós dois e nem percebi que andei pela sala.

-Não! Socorro... Matheus... -Ouço Mary gritando e sou o primeiro a sair correndo e chegar no seu quarto abrindo a porta. -Por favor... Eu te imploro. -Mary está sentada na cama e percebo que ainda dorme, ela olha em minha direção. -Gui... Me ajuda... -Meu coração dispara quando ouço o meu nome, ando em sua direção a vendo chorar e até soluçar.

-Eu estou aqui. -Falo me sentando na cama e ela me abraça apertado, sinto as lágrimas em meu ombro por estar de regata. -Vai ficar tudo bem.

-Eu te amo mais que tudo em minha vida. Mais que a mim mesma. -Ouço e seu corpo fica mais leve em meus braços, olho para os rapazes que fecham a porta me deixando no escuro, a deito e me levanto indo para porta. -Fica comigo... -Eu a olho e ela ainda está de olhos fechados, tiro minha camisa e minha calça, me deito na cama e ela me abraça deitando a cabeça em meu peito e eu fico acariciando seus cabelos até pegar no sono.

Mariany

Abro os olhos devagar por causa da claridade, olho para o teto e tento levantar, mas sou impedida por um braço estar em cima de minha barriga, olho para Guilherme que está deitado ao meu lado apenas de cueca, ainda continuo com a mesma roupa que fui para a boate, mas não lembro o que aconteceu direito.

Olho para ele que tem uma ruga em sua testa, deve estar tento um sonho ruim, sua barba desenha perfeitamente seu rosto, seu corpo está mais musculoso e eu passo meus dedos desde seu pescoço até o seu umbigo, quando volto a olhar para ele o mesmo está com seus olhos azuis me olhando e eu desvio o olhar.

-O que está fazendo? -Pergunta baixo com a voz rouca, eu limpo a garganta.

-Nada! Você está me impedindo de sair. -Falo mostrando o seu braço que não sai do lugar.

-Precisamos conversar. -Ele fala e eu suspiro.

-Ainda está nessa? Não quero falar com você. -Falo tirando o seu braço e me levantando, mas antes de chegar no banheiro sou impedida.

-Mary... Eu realmente não consigo mais ficar longe de você.

-Deveria ter pensado nisso antes de cair nas ideias do Matheus. -Me solto e vou para o banheiro fazendo minha higiene matinal e tomando um banho, coloco a toalha em volta de meu corpo e saio do banheiro dando de cara com Guilherme na cama, ele me olha e depois segue para o banheiro, aproveito para trocar de roupa.

-Agora podemos conversar? -Ele sai do banheiro quando estou passando pela porta.

-Não, me chama amanhã se eu não estiver ocupada.

-Mariany, eu estou falando sério.

-E eu também. -Vou para a cozinha sem falar com ninguém, Guh e Rick ficam me olhando assim como Guilherme e Niko, ignoro e pego meu celular saíndo e indo para a praça perto do prédio, me sento em um banco de baixo de uma árvore.

-Eu não vou sair do seu pé. -Ouço Guilherme e levanto o meu olhar.

-Qual é, para de me perseguir. -Reclamo e ele continua me olhando. -Já falei que não tenho nada para falar com você, para mim você está morto.

-Você vai me ouvir e vai me entender, queira você ou não.

-Vai me obrigar? -Levanto uma sobrancelha e me levanto. -Acho que não. -Falo lhe dando as costas, ele me vira de frente para ele e bato em seu corpo.

-Vai ser por bem ou por mal?

-Por bem eu não vou! -Falo e ele sorri, não gostei desse sorriso. Ele me pega e me coloca em seu ombro, grito e bato em suas costas.

-Quieta! -Dá um tapa em minha bunda.

-Guilherme, me solta! -Mando e ele apenas continua andando para não sei onde. -Idiota! -Falo e suspiro, ele para de andar. -Me larga.

-Você me chamou do quê? -Pergunta e eu não entendo nada.

-Idiota? É o que você é, além de claro ser um imbecil, desgraçado e entre outros nomes. -Sei que ele revirou os olhos e continuou a andar, continuo me mexendo até que canso e solto o meu peso ficando de ponta cabeça com os meus braços jogados, foco em sua bunda que parece estar mais durinha. -Você andou malhando?

-Sim.. -Está explicado.

-Por onde andou? -Pergunto e ele suspira.

-Vou te contar tudo, mas não aqui. -Estranho quando ele entra em uma casa pequena. -É minha. -Fala e eu reviro os olhos, claro que é.

Ele me coloca no chão quando tranca o portão e a porta, me prensa na parede de vidro ficando frente a frente comigo. -Agora você vai me ouvir. -Diz e eu cruzo os braços, vai ser uma longa conversa.

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O irmão do meu melhor amigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora