18° Capítulo

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Acabamos de jantar e estou ficando entediada nesse sofá.

-Alguém fala alguma coisa. -Peço chamando a atenção de todos.

-O que? -Gui pergunta ao meu lado. -Estamos conversando Mary.

-Estou entediada. -Reclamo não podendo mover meu pé. -Temos que fazer outra coisa em vez de ficar falando.

-Você pode cantar para nós? -Hary pergunta e eu a olho.

-Não, outra coisa. -Falo e eles imploram. -Pega o violão. -Suspiro e Gui sorri se levantando, depois de ter pego o violão me entrega e eu o coloco o instrumento em minhas pernas.

-Qual vai cantar? -Guh pergunta e eu penso.

-Pode ser trem bala da Ana Vilela? -Pergunto e eles dão um sorriso em resposta, começo a tocar e em seguida a cantar. -Não é sobre ter
Todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar Alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar
Mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida
Que cai sobre nós

É saber se sentir infinito
Num universo tão vasto e bonito
É saber sonhar
E, então, fazer valer a pena cada verso Daquele poema sobre acreditar

Não é sobre chegar no topo do mundo E saber que venceu
É sobre escalar e sentir
Que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo
Em todas as situações

A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso, eu prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe
Pra perto de mim

Não é sobre tudo que o seu dinheiro
É capaz de comprar
E sim sobre cada momento
Sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr
Contra o tempo pra ter sempre mais Porque quando menos se espera
A vida já ficou pra trás

Segura teu filho no colo
Sorria e abrace teus pais
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir

Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá

Segura teu filho no colo
Sorria e abrace teus pais
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir. -Acabo e eles começam a aplaudir.

-Porque não segue carreira de cantora? -Nathy pergunta e eu ergo uma sobrancelha.

-Para algum inimigo meu ou do Guilherme atirar em mim enquanto estiver no palco? Não obrigado. Vou cantar uma música que compus a pouco tempo, bom... Ela meio que foi escrita para um certo idiota que está aqui na sala. Mas não está tão boa.

-Sei que vou gostar. -Guilherme fala me olhando e eu coro, começo a tocar e depois de suspirar canto.

-Mesmo com seus ciúmes
Mesmo com os seus costumes, difíceis de aceitar
Aceitei estar do seu lado é,
Prometi me adaptar,

As suas palhaçadas
Chegando como quem não queria nada,
Conseguiu me conquistar
Vi mudanças em você, é
Conseguiu me convencer a ficar. -Canto olhando para Gui que está me olhando com um sorriso nos lábios.

E quantos momentos sentimos saudades
E por orgulho não confessamos a verdade
Fizemos burradas, voltamos atrás
Foram tantas mancadas que já nem lembro mais,

Enfim,
Quando tô com você não respondo por mim
E eu espero que seja sempre assim
Que o nosso amor seja louco,
E que a loucura nunca tenha fim

E seu sorriso me traz tanta paz
Já imagina o bem que cê me faz,
E o quanto odeio ver você atravessando a porta
E fingindo que pouco se importa

Eu só quero uma tarde com você
Um sofá, um cobertor e uma TV
Te abraçar e esquecer o mundo lá fora
E é só você que eu quero agora

E seu sorriso me traz tanta paz
Já imagina o bem que cê me faz,
E o quanto odeio ver você atravessando a porta
E fingindo que pouco se importa

Eu só quero uma tarde com você
Um sofá, um cobertor e uma TV
Te abraçar e esquecer o mundo lá fora
E é só você que eu quero agora...

Termino de cantar e todos estão olhando para mim e para o Guilherme, eles saem devagar da sala, mas só olho para o homem que está ajoelhado em minha frente.

-Você fez essa música para mim? -Pergunta e eu aceno corada. -Você...

-Eu sei que você fez muitas burradas, como por exemplo me abandonar duas vezes, mas o que eu sinto por você não tem como esquecer, nunca senti isso e você me magoou muito.

-Eu... -Levanto a mão.

-Não terminei, claro que eu quero você perto de mim e sinto saudades do seu toque, beijo, sorriso, olhar que só você tem. Não sei se vou conseguir mais ficar sem isso, parece que o meu corpo necessita de você, não consigo mais dormir sem ter você ao meu lado. É claro que eu te perdoo, como sempre irei perdoar as suas besteiras.

-Nossa, todas elas? -Sorri e eu reviro os olhos.

-Não quebra o clima e me beija logo, não aguento mais ver sua boca e não beijá-la. -Ele não pensa duas vezes e me beija, segura meu rosto em suas mãos enquanto eu aperto seus braços.

-Te amo tanto. -Fala me olhando e eu lhe dou um sorriso.

-Te amo mais e quando iremos sair daqui? -Pergunto e sem querer jogo meu pé no chão e não sinto dor. -Parece que ele melhorou. -Falo rindo e mexendo meu pé.

-Ainda bem. -Sorri malicioso e me pega nos braços, sobe as escadas seguindo por um corredor e entra em um quarto onde as paredes são de vidros, consigo ver todas as pessoas do lado de fora e até os capangas do Matheus.

-Essa casa não tem privacidade. -Falo e ele me olha.

-Só nós podemos ver, de fora não vê nada daqui de dentro. -Está parado em minha frente enquanto estou sentada na cama, ele sorri e tira sua camiseta devagar. Passo os dedos por sua tatuagem perto do cós da calça e em outra na sua costela, subo mais ficando em pé e passando a unha em sua tatuagem a cima do peito, o meu nome.

-Estou adorando te ver assim. -Mordo o lábio e ele suspira, desço minhas mãos por seu abdômen o vendo se arrepiar, tiro o seu cinto e desabotôo sua calça vendo o começo de sua cueca boxer branca, o olho e ele sorri, a abaixo já vendo sua ereção. -Acho melhor esperar... -Falo olhando para seu comprimento que parece que aumentou desde a última vez.

-Sinto muito, mas vou ter que recusar. -Diz e me deita na cama começando a me beijar urgentemente, como eu amo esse homem. 

Hummmmmm

O irmão do meu melhor amigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora