Frida tem 17 anos e jura que sua vida é um inferno (e de fato é), mas ela é preguiçosa demais pra mover um dedo sequer pra mudar isso. Não que ela seja má, ranzinza ou reclamona, ela só está bem em sua zona de conforto onde bolos de nozes, chás de h...
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- Você realmente achou que eu jamais descobriria? - Disse mamãe, me encarando após soltar a bomba na mesa do almoço. - Mas mamãe... - Eu não te criei para ser irresponsável, Frida. Observo Maisie comer o macarrão à bolonhesa como se a conversa não estivesse chegando aos seus ouvidos. - E nem te dei total liberdade pra tirá-la de casa para que você a levasse pra festas, Maisie! - Eu sinto muito, Senhora Wolf. - Por ter sido a primeira, e espero que a última vez, vocês duas tem passe livre. Mas que isso não se repita! Não em dia de escola. - Como? - Arregalo os olhos, sem entender. - Você precisa sair dessa casa, Frida, conhecer o mundo, beijar mais, dançar mais...só não faça isso quando se tem aula no dia seguinte. - Então você não está brava porque eu saí e sim porque saí em dia de aula? - Que tipo de mãe eu seria se ficasse brava com você por ter ido a uma festa? Me poupe, né? - Minha mãe se levanta da mesa, retirando seu prato e me dando um beijo na testa. Quando ela da as costas, Maisie sussurra. - Eu jurava que você ia ficar de castigo. - Quantos anos você acha que eu tenho? Eu nunca fiquei de castigo na vida. - Exatamente. Nunca é tarde pra começar. - Bom, eu estou indo. - Mamãe diz enquanto procura as chaves do carro. - Querem carona pra escola? - Maisie tem um carro, mamãe. - Ah, claro. Acho que precisamos te arranjar um também. - Ela diz, sorrindo, enquanto tira algo da bolsa. - Mas antes, você vai ter que se contentar com isso aqui. - Minha mãe coloca em minha frente uma caixa branca. - Um iPhone? - Estou boquiaberta. - Mãe...Pra que? - Oras, Frida! Você precisa de um celular, é um absurdo eu não conseguir me comunicar com você! A caixa postal de Maisie já deve estar lotada de recados meus. - E está mesmo. - Maisie sorri. - Eu dei todo o apoio pra Sara comprar. - Você sabia? - Mas é claro! Quem é que você acha que escolheu a cor e o modelo? Se fosse por Sara ela te daria a versão de 2011. - Daria mesmo. - É a vez da minha mãe de sorrir. - Obrigada, mãe. De verdade. Ela sorri novamente e me dá um beijo na cabeça antes de sair de casa. - Você precisa colocar um chip nisso e aprender a mexer. Frida com um celular deve ser o equivalente a uma velha de sessenta anos tendo seu primeiro aparelho eletrônico. - Há há! Eu sei como um iPhone funciona. - Digo, tirando o aparelho prateado da caixa. - Isso sim é novidade. Agora vamos, passamos no centro no caminho, te compramos um chip e seguimos pra Saint Harvey. Me levanto e jogo a mochila azul nos ombros, invejando Maisie por ainda ter uma mochila de rodinhas, enquanto eu tenho que sofrer com o peso por ter destruído as da minha.
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