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Nem consigo colocar o pé no chão que dói como o diabo. O mesmo está inchado. Sem contar nas pontadas fortes que tá no meu braço. Fiz um curativo ontem improvisado, com os poucos produtos de primeiro socorros que tinha no banheiro.
Cara ...eu tô redondamente fodida.
Tentei andar. Só tentei por que doeu muito. Muito mesmo. Abafei um gemido de dor quando novamente tentei andar.
— Que merda! - não vou aguentar.
— Esta tudo bem? - Eric entrou no quarto. Deve ter ouvido meus resmungos.
— Pareço está bem? - mordi o lábio com força.
— Não.
— Que magnífico observador você é!
Não sei...de verdade eu devo ter muitos pecados para esta sofrendo tudo isso. Nem parcelado está sendo.
— Camille, para. - veio até mim.
— Não toca em mim! - me afastei com dificuldade, querendo gritar de dia cada maldito passo.
— Camille.
— VOCÊ QUE FEZ ISSO COMIGO! - gritei.
— Precisa de ajuda. Camille! Camille para! - estou me debatendo com ele tentando me conter.
— Eu odeio você. Você é um péssimo marido.
— Eu sei. - segurou meus braços.
Chorei um pouco. Depois mais um pouco até me calar. Respirei fundo, fungando.
Martha veio me "visitar". Mostrei o dedo do meio para ela. Dane-se. Mais fodida não pode ficar. Claro que pode. Rir com amargura.
...a volta para casa é agora. Estamos a caminho do aeroporto.
Me encolhi no banco o máximo que pude para não tocar no Eric. Ele notou e fazia o possível para isso acontecer. Havia um tom de divertimento em seu rosto para com minha repulsa por ele.
— Qual o seu problema? - as palavras ditas foram acompanhadas por uma risada no final da frase.
— Só não encosta em mim!
Droga! Estou tão...esquisita. Acho que a loucura de Eric pegou em mim. Ou deve ser os hormônios do período fértil. Minha menstruação está perto. Desnecessário falar sobre menstruação. Eu sei. Mas... é a única explicação, por eu está assim.
— Sabe que não foi por querer.
— Claro que não. - revirei os olhos com ironia.
— Estou sendo sincero. - não acredito em uma única palavra.
— Olha o seu tamanho e olha o meu.
— E?
Sério isso?
— Vai a merda, Eric! - esbravejei.
— Camille. Olha essa boquinha suja. - me repreendeu. Revirei os olhos.
Estou irritada, estressada, com dores e... estou vivendo.
Que merda!
Me lamentar não vai melhorar nada minha situação. Mas é a única coisa que posso fazer.
⏳
... faz uma semana que estamos de volta em casa/prisão.
Uma semana a mais de sofrimento. Meu psicológico está todo estragado.
A única coisa que faço é dormir, comer, tomar banho e dormir. Acredita em mim, que fazer isso repetidas vezes, durante dias sem fim não é muito atrativo.
Tomo café e janto com Eric. O mesmo calado e eu também. Almoço sozinha.
Martha graças a Deus sumiu. Quer dizer há outra senhora no seu lugar para me ajudar. Tipo...vai me buscar no quarto e levar. Essas coisas. Eric não me deixa fazer nada. Ainda por cima meu pé continua com geso.
— Que cara é essa? - ouvir a voz de Eric.
— A única que tenho.
— Então está com defeito. - gargalhou. Não achei graça. Revirei os olhos, cruzando os braços sobre o peito.
— Me deixa em paz! - falei sem nenhum ânimo. Ânimo para quê mesmo se não faço nada. Não sirvo para nada. Existência inútil.
— Mau humorada?
— Só ...sai! - apontei para porta.
— Camille, conversa comigo. - sentou ao meu lado na cama.
— Falar o que? Não tenho nada para falar. E principalmente com você.
Hoje estou....
— Não gosto de você assim. - ficou de pé me olhando estranho.
— Tanto faz. - realmente.
— Esta sem graça. Cadê aquela mulher animada, desobediente? Desafiadora?
— Se procura em Nova York, com certeza encontrará.
Eric fez nova York se tornar o pior lugar do mundo. Era meu sonho ir naquela cidade. Explorar todos os lugares possíveis e a única coisa que ele fez foi me trancar num quarto por causa de uma fofoca sem fundamento e me machucar tanto fisicamente quanto psicologicamente. Obrigada Eric.
— Nova York? O que tem nova York?
Odeio ele.
— Teve tanta coisa para se odiar.
— Seja mais específica. - gesticulou com as mãos.
Ele só pode está brincando com minha cara.
— Sério Eric? Você é um filho da puta em qualquer lugar!
— Vou fingir que você não falou isso. - foi no closet pegou algo e saiu.
— DIGO E REPITO! - gritei.
Babaca filho da puta! Joguei um travesseiro no chão. Se eu tivesse com uma faca agora, jogaria nele. Bem no meio da cara se tivesse sorte.
Olaaaa! Capítulo curtinho, mas é um capítulo. Isso que importa. Sintam-se à vontade para comentar e votarem. Obrigada. Beijo 💋!