Gordinha e seu supremo alfa

A BUSCA

Passou uma semana e a confusão é generalizada. Julio está revoltado ao descobrir que sua filha é a companheira do alfa Danilo. Ele tem certeza de que Danilo a fará sofrer, e o rancor do passado entre eles alimenta sua raiva.

— Julio, você tem que aceitar, agora ela é a companheira dele — diz Eduardo, tentando apaziguar a situação.

— NÃO, EU NÃO ACEITO! Eduardo, você sabe que ele vai fazê-la sofrer.

— Não, Julio. Você tem que aceitar. Eles estão ligados pelo destino, foi o destino que os uniu.

— EU NÃO ACEITO E NEM VOU ACEITAR!

Após muito diálogo, consegui acalmar um pouco Julio. Recebi uma ligação de Danilo informando que era hora de buscar as meninas e que não queria a presença de Julio. Tentei argumentar que ele era o pai de Elissa, mas Danilo afirmou que Julio havia matado seus pais, tirando dele o direito de vê-los. Danilo ainda ameaçou que, se Julio pusesse os pés em seu território, ele o mataria como parte de sua vingança. Concordei com Danilo, mas Julio não aceitou. Ele declarou que mataria Danilo se fosse necessário para estar perto de sua filha. Ordenei que ele permanecesse na alcatéia, coloquei meus guardas para vigiá-lo e pedi que se acalmasse, prometendo que discutiríamos o caso de Elissa quando voltássemos. Julio concordou relutantemente.

Fomos buscar as meninas, acompanhados por vários guardas. Não sabia o que esperar ao chegarmos. Conversei com Pietro sobre Lunna, instruindo-o a manter distância dela, só se aproximar se ela autorizasse. Ele tentou contestar, mas eu o coloquei em seu lugar.

— Não estou perguntando se você aceita ou não, estou ordenando.

— Tudo bem, mas espero que não demore muito — respondeu Pietro, visivelmente incomodado.

— Não importa quanto tempo levará, será no tempo dela — afirmei.

Terminamos de nos preparar e seguimos em direção à alcatéia de Danilo. Pedi aos meus guardas que permanecessem alertas e protegessem as meninas a todo custo. No caminho, percebo a animação de Pietro, como se estivesse indo buscar um prêmio. Isso me incomoda, talvez pela obsessão dele por Lunna ou pelo que aconteceu naquela noite, quando ele tentou forçá-la. Sinto uma irritação crescente.

À medida que nos aproximamos da alcatéia de Danilo, Pietro pula de alegria, o que só aumenta minha irritação. Meu celular toca e atendo.

— Alô.

— Alô, é o senhor Eduardo, o supremo alfa?

— Sim, sou eu. Quem está falando?

— Aqui é o alfa Danilo.

— Oi, Danilo. Já estamos chegando.

— Vocês estão chegando, mas temos um grande problema.

— Que problema?

— As meninas conseguiram fugir.

— Como assim, as meninas fugiram?

— Quando souberam que vocês estavam vindo, ficaram muito nervosas e pediram para não entregá-las a vocês. Mandei meus guardas levá-las para os quartos, mas na hora do almoço, elas não estavam lá. Não conseguimos localizá-las e nossos guardas não encontraram nenhum sinal delas.

— Estamos chegando para ajudar na busca.

— O que foi, tio? Como as meninas conseguiram fugir? Você disse que havia muitos guardas vigiando-as — Pietro pergunta, irritado.

Chegamos à alcatéia e fomos direto para o escritório de Danilo. Pietro ficou ao meu lado, principalmente devido ao perigo da vingança de Danilo. Danilo garantiu que não faria nada contra Pietro, mas descobrimos que as meninas receberam ajuda para fugir. Conversamos sobre o ocorrido e Danilo estava furioso ao descobrir quem ajudou as meninas.

— ENTÃO, QUEM FOI QUE AJUDOU ELAS? EU O QUERO MORTO! — grita Pietro.

— Não será possível, não faremos nada contra ela — responde Danilo, também gritando.

— ENTÃO É UMA MULHER, NÃO QUERO SABER! ELA NÃO PODERIA TER FEITO ISSO! — continua Pietro, furioso.

— NÃO VAMOS FAZER NADA — Danilo grita de volta. Eu tento intervir:

— Calma, os dois. Precisamos descobrir para onde elas foram antes que algo aconteça. Precisamos saber quem ajudou para determinarmos o próximo passo. Então, pergunto a Danilo quem foi. Percebo que ele está muito irritado e nervoso, claramente não gostou de saber quem ajudou as meninas.