Acordo meia zonza, tentando entender o que aconteceu. Os sentimentos confusos e a dor em meu corpo me fazem lembrar lentamente dos eventos recentes. O quarto em que estou não é totalmente desconhecido; é, na verdade, o quarto da Lissa. A confusão me faz chorar ao recordar a sensação da mão dele em mim, uma lembrança que parece queimá-lo em minha mente.
— Não, não, preciso sair daqui — digo para mim mesma, com dificuldade tentando me levantar. Meu corpo, no entanto, não responde como eu gostaria. Vejo Lissa e Felícia correndo até mim, suas expressões carregadas de preocupação.
— Calma, Lunna, fica quieta. Você precisa descansar — diz Lissa, com um tom de voz suave, mas firme. Ela parece determinada a garantir que eu não me mova demais.
— Como você está? — pergunta Felícia, já me abraçando. O gesto é inesperado e raro; nunca imaginei que Felícia, geralmente tão distante, mostraria esse tipo de carinho. Sua preocupação é palpável, e o abraço me dá um breve alívio.
— Me responda, Lunna, como você está? Fale comigo, pelo amor de Deus — implora Felícia, sua expressão uma mistura de dor e angústia. É surpreendente ver Felícia tão vulnerável, e eu começo a me perguntar se ela realmente se importa.
— Melhor — respondo com esforço, e o suspiro de alívio que ouço vindo de Felícia é quase palpável.
— Você nos assustou. Ainda bem que está bem. Nunca mais deixarei você sair sozinha. O que aconteceu? — diz Felícia, sua voz tremendo com a tensão. Começo a recordar o que aconteceu e sinto um pânico crescente ao perceber que estou na casa dele.
— ME TIREM DAQUI, QUERO IR EMBORA, FELÍCIA, ME LEVE PELO AMOR DE DEUS! — grito, a sensação de pânico e desespero dominando minha voz. Felícia e Lissa se assustam com meu grito. Felícia se afasta de mim e começa a falar, sua voz carregada de raiva e determinação.
— Foi ele, né? Aquele desgraçado fez isso com você. Ele vai pagar por isso. Vou matá-lo. Diga logo, Lunna, confirma pra mim!
— De quem ela está falando, Lunna? Quem fez isso com você? O que está acontecendo? O que eu perdi? — pergunta Lissa, sua voz agora cheia de desespero e confusão.
— O que você perdeu? De quem estou falando? É sério, Elissa? Você não sabe mesmo de quem estou falando? — diz Felícia, com um tom de incredulidade e frustração.
— Para, Felícia, me tira daqui — imploro, minha voz quase desesperada.
— Vou te tirar, mas não vou deixar isso passar. Eu vou acabar com ele — responde Felícia, sua expressão determinada e feroz.
— Quem é o desgraçado? — pergunta Lissa, agora claramente nervosa e angustiada.
— O DESGRAÇADO É SEU IRMÃO! ELE TENTOU DESTRUIR A VIDA DA MINHA IRMÃ! — grita Felícia, seus olhos se enchendo de lágrimas e fúria. O impacto das palavras faz com que Lissa desabe no chão, chorando em estado de choque.
A porta se abre, revelando minha família entrando. O Supremo Alfa segue logo atrás, sua presença imponente preenchendo o ambiente.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? O QUE VOCÊS ESTÃO DISCUTINDO? ELA PRECISA DESCANSAR! — grita o Supremo Alfa, olhando severamente para as duas mulheres.
— Estou dizendo a verdade a Elissa. Só isso. Vamos, Lunna, saia deste lugar agora — diz Felícia, vindo em minha direção. Vejo-a sendo imediatamente contida pelo Alfa, que a segura com uma força que deixa claro quem está no controle.
— Lunna não sairá daqui até estar bem — diz o Supremo Alfa, olhando fixamente para Felícia, como se estivesse avaliando a gravidade da situação.
— Lunna sairá, sim! — vejo Felícia tentando se soltar, puxando seu braço da mão do Supremo.
— Você está louca por estar gritando comigo? Quer morrer? — pergunta o Supremo Alfa, sua voz carregada de uma ameaça sutil.
— Quero apenas proteger minha irmã — responde Felícia, com uma firmeza que não deixa dúvidas de seu compromisso.
— Isso é mal de irmã. Vejo que as duas são malcriadas — diz o Alfa, com um tom desdenhoso, como se a questão fosse mais uma questão de comportamento do que de verdade.
— Calma, senhor — diz meu pai, intervindo na conversa com um tom de apelo. — Eu não sei o que está acontecendo. Nunca vi minha filha assim. Peço desculpas por ela.
— Está tudo bem. Lunna só sairá daqui quando estiver melhor, e isso é definitivo — diz o Supremo Alfa, com um tom autoritário que deixa claro que a decisão é final.
— Quero ir embora, ME TIREM DAQUI, ME TIREM DAQUI! — começo a gritar, meu pânico crescendo com cada palavra.
— Você não sairá daqui, só sobre meu cadáver — afirma o Alfa, com uma determinação fria e inflexível.
— Te imploro, me deixe ir — suplico, desesperada.
— Você está mais protegida aqui. Não entende? Perto de mim, ele não terá coragem de te fazer nada. Ele ainda não encontrou sua companheira e, enquanto não a encontra, tentará novamente, porque não terá sua companheira para segurá-lo — diz o Alfa, sua voz cheia de um tom de aviso.
— Isso se ela não for a companheira dele — diz Felícia, encarando-me intensamente, seus olhos cheios de uma preocupação quase insuportável.
— Se isso for verdade, não poderei te proteger. Se ele for seu companheiro, ele te terá para ele — diz o Alfa, com uma expressão de seriedade que deixa claro o peso de suas palavras.
— NÃO, NÃO! PREFIRO MORRER, ELE NÃO PODE SER MEU COMPANHEIRO! — grito, minha voz cheia de desespero e resistência.
— Calma, filha, calma, meu amor — minha mãe tenta me acalmar, envolvendo-me em um abraço protetor. Meus irmãos também estão ao meu lado, oferecendo apoio e conforto.
— O pior é que nem eu poderei te defender, filha — diz meu pai, lágrimas escorrendo pelo seu rosto, sua dor evidente.
— Eu não deixarei ele fazer nenhum mal a você — diz Lissa, abraçando-me com força junto com a minha família, oferecendo o consolo que eu tanto preciso.
— O problema é que, se ele quiser vir tirar essa dúvida, meu Deus, precisamos tirá-la daqui — diz Felícia, sua preocupação evidente. É doloroso ver que até ontem ela preferia me ver longe, e agora está lutando para me proteger.
— Calma, eu vou conversar com ele. Eu sou o Supremo Alfa, ele irá me ouvir — afirma o Alfa, tentando manter a situação sob controle.
— Isso até quando? Até você ir embora, e aí? — pergunta Felícia, sua frustração clara.
— Não posso suportar isso. Prefiro morrer do que vê-lo novamente. Ele não pode tocar em mim, não pode — digo, minha voz carregada de uma determinação desesperada.
— Calma, filha. Iremos encontrar uma solução — minha mãe tenta me acalmar, oferecendo-me um copo d'água. Minha irmã me dá um remédio, e o cansaço finalmente me vence. Adormeço, exausta e emocionalmente devastada.
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Gordinha e seu supremo alfa
Hombres LoboEla uma menina diferente das demais meninas da alcateia céu de sangue. Ele supremo alfa de todas as alcateia Ela sempre sendo humilhada por ser gordinha, mesmo sendo uma gordinha linda, por não ter muitos amigos, por ter menas condições financeiras...