ELISSA
Desde o momento em que ouvi Danilo dizer que tinha matado minha mãe, uma raiva incontrolável tomou conta de mim. Como ele pôde? A dor de perder minha mãe ainda era recente, e agora ele queria fazer o mesmo com meu pai? Não poderia permitir que isso acontecesse. Com um nó na garganta e o coração acelerado, aproveitei uma reunião que ele estava tendo em seu escritório e consegui fugir de volta para casa.
Quando cheguei, liguei para Lunna, e ela apareceu rapidamente, acompanhada de Pietro. A visão deles juntos me assustou a princípio, mas o medo me fazia querer apenas o conforto e o abraço deles. Assim que entramos em casa, a confusão foi instantânea. Todos ficaram surpresos ao ver Lunna e Pietro, e eu senti que precisava entrar rapidamente antes que o clima piorasse. A conversa foi intensa; eu precisava desabafar e explicar tudo o que havia acontecido. Falei sobre minha fuga, meu ódio por Danilo e o que ele havia feito.
"— Você sabe que agora teremos guerra," Eduardo disse a Júlio.
"— Não quero nem saber! Ele que não se atreva a vir buscar a Elissa," respondeu Júlio, seu tom de voz elevado.
"— Você não irá fazer nada. Ele é o companheiro dela, e eles terão que se resolver sozinhos," disse Eduardo, irritado.
"— Ela só sairá daqui se ela quiser. Ele não vai levá-la à força," continuou Eduardo.
"— Calma, irmão. Ela só sairá daqui se ela quiser," Júlio tentava manter a calma.
"— Eu não voltarei com ele! Ficarei aqui com o senhor, papai," eu disse, abraçando Júlio.
"— Elissa, você terá que conversar com ele. Vocês têm que se resolver. Vocês se amam. Não pode ficar assim. Se você o rejeitar, não só ele irá sofrer; você também irá sofrer com tudo isso," Felícia me disse.
"— Amo sim, mas não posso perdoá-lo por ter matado minha mãe. Ele me deixou sem mãe! Pedi a minha mãe por culpa dele! Sempre disse que mataria quem a matou, e agora descubro que é meu companheiro quem a matou. Não posso suportar a ideia de ele matar meu pai," eu disse, a dor transbordando em lágrimas.
"— Elissa, tenta entender. Primeiro, ele não sabia que você seria a companheira dele. Segundo, seu pai matou os pais dele, deixando-o sem família. Terceiro, ele nunca irá largar você. Ele virá te buscar de qualquer jeito. Ele te ama e te quer perto dele," Lunna me disse, tentando acalmar meu coração angustiado.
"— Não importa, Lunna! O que ele sente por mim não justifica o que ele fez! Ele quer matar meu pai! Não posso permitir isso. Ele matou minha mãe!"
Continuamos conversando, e logo fomos para o quarto. Enquanto Lunna descia para preparar um lanche, eu me sentia um turbilhão de emoções. Sentia a falta de Danilo, e a dor era intensa. Cada dia que passava sem ele parecia mais difícil. Tive sonhos com ele, e a falta de apetite me deixava ainda mais fraca. Meu corpo parecia não se adaptar à ausência dele, e eu sentia como se estivesse perdendo parte de mim mesma.
Hoje, meu pai anunciou que teríamos um convidado para o jantar. A ideia de ver Danilo novamente me deixou nervosa e animada ao mesmo tempo. Quando chegamos às compras, algo começou a mudar dentro de mim. Finalmente, senti minha loba se mexer, algo que não acontecia há semanas. A energia dela estava voltando, e isso me deu um leve ânimo.
Ao descer para o jantar, as mesas estavam dispostas, e eu me sentei ao lado de Lunna e Felícia. Mas então, meu pai falou: "— Elissa, você senta ali," apontando para duas cadeiras à sua frente.
"— Papai, quero sentar com as meninas," eu protestei, a preocupação tomando conta de mim.
"— Elissa, não quis te dizer antes, mas nosso convidado sentará ao seu lado. O nosso convidado é o alfa Danilo."
Um frio percorreu minha espinha. Levantei assustada e comecei a brigar com meu pai. "— Como assim? O senhor não poderia fazer isso comigo! Eu não me sentarei ao lado dele, e muito menos quero vê-lo!"
"— Você e ele terão que resolver a situação de vocês," ele insistiu, sua voz firme.
"— Não irei resolver nada com ele! O senhor me traiu! Eu disse que não queria vê-lo e que nunca irei vê-lo!"
"— Elissa, eu queria que fosse verdade, mas você sabe que não conseguirá viver sem ele. Vocês são companheiros. O destino quis assim, e não podemos mudar isso. Eu quero te ver feliz."
"— Eu estava feliz! Estava feliz aqui, e não vou voltar para lá, nunca mais!" gritei, a raiva subindo.
"— Ele é o alfa! Ele te levará sim para lá, queira você ou não."
"— NÃO IREI! E SE ME FORÇAREM, EU IREI FUGIR!"
"— NÃO ELISSA, BASTA! Infelizmente, não posso fazer nada. Você pode ficar aqui até quando quiser, mas saiba que seu lugar é ao lado do alfa Danilo."
"— O senhor me traiu! Todos me traíram!" Eu saí em direção ao meu quarto, sentindo a dor transbordar. No entanto, me deparei com um muro de abdome quando tentei passar. O cheiro familiar me fez reconhecer quem era, mas não queria olhar para ele.
"— Onde podemos ficar mais a sós para conversarmos?" Danilo perguntou ao meu pai.
"— No quarto dela. Podem subir," respondeu meu pai.
"— NÃO! EU NÃO VOU A LUGAR NENHUM COM ELE!" gritei nervosa.
Danilo se aproximou e, com um sussurro, disse: "— Ah, você vai sim, lobinha. Se não quiser, eu te arrasto até lá."
"— Você não ousaria fazer isso," eu disse, empurrando-o e correndo em direção ao meu pai.
Ele veio atrás, mas foi interrompido por Lunna e Felícia.
"— Saiam da minha frente ou não responderei por mim," ele disse, mas elas continuaram firmes.
"— Lunna, Felícia, deixem ele passar," a voz de meu padrinho cortou o ar.
Felícia se afastou, mas Lunna permaneceu.
"— Só irei sair daqui quando Elissa quiser," Lunna disse, encarando meu padrinho.
Meu padrinho não hesitou e agarrou Lunna pelo braço, levando-a para cima. Meu pai me abraçou e disse que eu deveria ir com ele. Mesmo assim, não consegui olhar nos olhos de Danilo. Pedi ao meu pai para não me obrigar a isso, mas ele me disse que não podia fazer nada.
Com o coração acelerado e tremendo de raiva, percebi que Danilo estava se aproximando novamente. A raiva me consumia, e o mundo começou a rodar. Então, percebi que tudo estava escurecendo, e antes que pudesse reagir, apaguei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gordinha e seu supremo alfa
Hombres LoboEla uma menina diferente das demais meninas da alcateia céu de sangue. Ele supremo alfa de todas as alcateia Ela sempre sendo humilhada por ser gordinha, mesmo sendo uma gordinha linda, por não ter muitos amigos, por ter menas condições financeiras...