EDUARDO
Estava esperando o médico sair. Todos estavam lá, e a mãe da Lunna não parava de chorar. Eu sou o maior culpado; se não tivesse saído, teria cuidado melhor dela. Tiffany vai me pagar muito caro pelo que fez com Lunna. O médico saiu e explicou que Lunna perdeu muito sangue e que só um milagre poderia salvar a vida dela. Ele fez todos os procedimentos, e entramos. A mãe da Lunna a abraçava, chorando muito. A bruxa chegou e pediu para que todos saíssem, só deixou a mãe de Lunna no quarto. Fiquei lá esperando.
— Licença, supremo, mas preciso saber o que o senhor irá fazer com aquela vagabunda — Felícia me pergunta.
— Depois resolvo o que irei fazer com ela. Não se preocupe, ela será punida por tudo que fez.
— Queria eu mesma ter feito, infelizmente o Pietro não deixou — ela diz, encarando Pietro.
— Já te disse porque te impedi de ter feito isso — responde Pietro, calmo.
— Não importa, ela é minha irmã. Era o mínimo que deveria ter feito, e você me segurou. Queria arrancar a cabeça dela.
— Eu, como seu alfa, te digo o que você pode ou não pode fazer, Felícia — Pietro diz a ela. Ela o encara, seus olhos vermelhos de raiva, mas somos interrompidos pela mãe de Lunna.
— Gente, ela acordou! — ela diz, abrindo a porta para nós. Quando entramos, Lunna nos vê. Felícia se aproxima.
— Lunna, você tá bem?
— Lunna, eu que tenho que te perguntar, fiquei com muito medo — eu acabo interrompendo.
— Como? Como ela tá bem? O médico disse que precisávamos de um milagre, e agora ela simplesmente está acordada?
— Ela é iluminada. A Mãe da Lua nos ajudou. Além disso, ela é sua companheira, é mais fácil de se curar do que qualquer um aqui. Ela divide o mesmo poder com o senhor, isso a salvou — disse a bruxa. Fiquei muito feliz ao ouvir aquilo. Todos ficaram conversando com ela por um bom tempo, e eu sou o único excluído da conversa. Talvez ela nem queira ouvir minha voz. Fico só observando; é tão bom ouvir a voz dela, é tão bom sentir o cheiro dela.
— Acho que já deu por hoje. Ela precisa descansar — digo para todos.
— Filha, eu e seu pai voltaremos aqui amanhã, para saber como você está.
— Tudo bem, mamãe, estarei esperando. Amo vocês.
— Irena, não precisa ir, pode ficar e dormir em um dos quartos de hóspedes — diz Júlio para a mãe de Lunna. Todos saem e eu fecho a porta, ficando somente nós dois no quarto.
— Lunna, me diz como você está?
— Estou bem, não estou sentindo tanto como senti na hora que levei aquele golpe.
— Eu sei, eu senti.
— Como você sentiu? — pergunta, assustada.
— Estamos ligados, Lunna. Somos companheiros.
— Tiffany, o que aconteceu com Tiffany?
— Ela está presa. Eu irei cuidar dela.
— Como assim, irá cuidar dela?
— Ela tentou te matar, terá que pagar por isso, e eu não terei um mínimo de dó. Ela irá sofrer muito.
— Ela fez isso porque achou que te perdeu.
— E ela está certa. Ela me perdeu. Agora sou seu, seu companheiro, pretendo a você.
— Você fugiu, saiu correndo e agora tá aqui me dizendo isso.
— Sim, Lunna. Não vou mais fugir. Quando eu sentir aquela dor e ouvir seu uivo de socorro e te ver naquele chão, quase morta — digo, me aproximando mais dela, ficando bem próximo. Minha vontade é de beijá-la. Não posso mais fugir dos meus sentimentos.
— O destino te fez minha companheira, eu tenho que aceitar. Preciso te pedir perdão por tudo que aconteceu, por minha culpa você quase morreu.
— Tudo bem, supremo, a gente não sabia que isso poderia acontecer.
— A partir de hoje, você não me chama mais de supremo, Eduardo ou qualquer outra coisa.
— Tudo bem.
— Lunna, quero te apresentar aqui e lá na minha alcateia. Quero que todos saibam que você é minha companheira.
— Você não precisa ter dó de mim, Eduardo. Você fugiu e agora está aqui me dizendo que me aceita. — Eu ia dizer algo, mas somos interrompidos quando alguém bate na porta.
— Pode entrar.
— Senhor, precisamos do senhor — diz um guarda.
— O que aconteceu? — eu pergunto.
— Senhor, preciso falar em particular.
— Não, pode dizer na frente dela.
— Senhor, a prisioneira fugiu.
— O QUÊ? COMO ASSIM? COMO TIFFANY FUGIU?
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Gordinha e seu supremo alfa
LobisomemEla uma menina diferente das demais meninas da alcateia céu de sangue. Ele supremo alfa de todas as alcateia Ela sempre sendo humilhada por ser gordinha, mesmo sendo uma gordinha linda, por não ter muitos amigos, por ter menas condições financeiras...