RESPEITO

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EDUARDO

Quando a vejo caindo no chão, sinto uma dor no coração. Desespero, corro até ela.

— Lunna, Lunna, pelo amor de Deus, me responda! — mas ela não responde. Vejo que está viva, mas está desmaiada. Tiffany vem em nossa direção e começa a falar.

— Affe, ela está fazendo cena! Menina mimada, deixe-a aí. Levante logo, garota!

Acabo ficando irritado com ela.

— CALE SUA BOCA! — grito para Tiffany e, em seguida, pego Lunna no colo e a levo para dentro. Ao entrar pela porta, vejo as caras de todos assustados me olhando. Felícia já vem correndo em nossa direção, perguntando o que aconteceu. Antes que eu possa responder, Tiffany começa a falar.

— Frescura! Essa tola é muito frescurenta. Essa idiota deve estar mentindo! — Felícia a olha e vai pra cima dela.

— Ahhh, eu vou te matar, sua vaca! — Pietro a segurou, mas mesmo assim, Felícia conseguiu dar uns tapas em Tiffany.

— CALMA, FELÍCIA, CALMA! — Pietro grita, segurando-a. Ele precisou levantá-la em seu colo. Felícia tem um gênio forte, igual ao de Lunna.

— Ela desmaiou, chame o médico! Pietro, tire Felícia daqui! — peço. Pietro acena e a leva para fora.

— Ela é louca, me agrediu! Eu vou acabar com a raça dela!

— CALA A BOCA, TIFFANY! VOCÊ PROVOCOU, VOCÊ PEDIU POR ISSO! — subo as escadas, levando Lunna para um dos quartos, coloco-a na cama e fico ali sentada ao lado dela, esperando que acorde. Felícia, chorando, já chama por ela.

— Lunna, minha irmã, acorde, por favor! Supremo, o que aconteceu?

— Estávamos treinando. Acabei acertando um golpe nela, ela se desequilibrou, caiu e bateu a cabeça.

— Desculpe por aquilo lá embaixo. Foi mais forte que eu. Não podia deixar ela ofender minha irmã.

— Tudo bem, Felícia, te entendo. — Percebemos que Lunna está acordando.

— Lunna, minha irmã, tá tudo bem? Fale comigo.

— Lunna? — a chamo.

— O que aconteceu comigo? Onde eu estou? — ela diz, já tentando se levantar, mas eu a impeço.

— Calma, não levante! O médico já está chegando. — digo, deitando-a de volta. Ela simplesmente obedece. Explico o que aconteceu, e, para minha surpresa, ela começa a rir.

— Por que você está rindo, Lunna?

— Porque achei que iria demorar mais. Achei que conseguiria pelo menos te dar um soco.

— Essa era sua vontade, né? — digo, sorrindo novamente.

— Sim, não vou negar. Você também queria isso. Agora estamos empatados.

— Não, Lunna! Agora ficou 3×1! Esqueceu que levei três tapas na cara?

— Mas eu desmaiei! — somos interrompidos pelo médico. Ele pergunta o que aconteceu, e eu conto tudo. Ele a examina e diz que ela deve ficar descansando hoje, ou seja, não deve sair da cama. Agradeço ao médico, que sai, e então Tiffany entra no quarto, dizendo que precisava falar comigo. Peço para ela esperar lá fora.

— O que aconteceu com ela? — Lunna pergunta ao ver os arranhões na cara de Tiffany. Antes que Felícia se pronuncie, eu já falo.

— Foi uma briga de família.

— Ah, como assim?

— Sua irmã, Lunna. Ela fez isso com a Tiffany.

— O que eu perdi? Podem me dizer?

— Ela te xingou, e eu não aceitei isso. Somente eu posso te xingar, mais ninguém! — as duas caem na risada.

— Desculpe, supremo, sei que é sua namorada, mas até eu queria fazer isso com ela.

— Não vou dizer nada a vocês. Já deu o que tinha que dar. Agora vejam se as duas se comportam! — digo, deixando-as sozinhas no quarto. Vou em direção ao meu quarto ver o que Tiffany tinha a dizer. Ao entrar, vejo que ela está sentada. Ela se levanta e vem até mim.

— Eduardo, você não poderia ter feito aquilo comigo. Você deveria ter me defendido! Sou sua namorada! Ela me agrediu e você não fez nada! — fico nervoso quando ela me diz aquilo.

— Você está achando o quê, Tiffany? Você chegou ontem e já foi arranjando briga com todos. Você só é minha namorada porque ainda não achei minha companheira. Você se ilude porque quer! Acha que eu vou te fazer minha companheira? Está errada! Já te disse várias vezes, você não é minha dona. Você me deve respeito!

— Calma, por favor, calma! Eduardo, eu te amo, por isso sempre estou do seu lado. Me desculpe, fiquei com ciúmes. Você deu mais atenção àquela garota do que a mim, e ela nem te respeita! Ela te enfrenta! Você já deveria ter acabado com ela! Nunca vi uma pessoa que te desrespeitou viver pra falar, e muito menos alguém que tenha encostado em você sem sua permissão!

— TIFFANY, VOCÊ ACHA QUE É QUEM PARA ME DIZER O QUE DEVO OU NÃO FAZER? — fiquei tão nervoso com ela que, se não fosse meu irmão me chamar, acho que teria feito besteira.

— Eduardo, desculpe, bati na porta, mas vocês não ouviram. O almoço já está pronto.

— Tudo bem, Júlio, obrigada. Já nós descemos — falo para Júlio, e ele sai fechando a porta do quarto.

— Estamos conversados, Tiffany. Nunca mais venha dizer o que tenho ou não tenho que fazer.

— Sim, estamos. Peço desculpas — ela diz, e eu saio do quarto, indo em direção à cozinha. Queria eu mesmo levar a comida da Lunna para ela no quarto. Cheguei e pedi à Nana para fazer o prato dela, que eu iria levar. Ela concordou. Peguei o prato e fui em direção ao quarto, passando pela sala de estar, onde todos me olharam sem entender nada.

Gordinha e seu supremo alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora