NÃO POSSO

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LUNNA

Meu Deus, o que foi aquilo? Se não fosse aquele guarda, o que será que tinha acontecido? Entro no quarto da Elissa; ela ainda está desmaiada.

— Lissa, acorda, por favor, acorda! — percebo o alfa Danilo e pergunto o que aconteceu.

— O que aconteceu com ela?

— Ela desmaiou, trouxe ela para cá. O médico já está chegando — ele me responde, e vejo Júlio e Pietro entrando com o médico.

— Preciso que esperem lá do lado de fora — o médico fala para nós.

— Eu não sairei daqui — diz o alfa Danilo.

— Tudo bem, somente um — o médico fala, e percebemos que Elissa estava acordando.

— Não, você não — Elissa diz para o alfa Danilo.

— Lunna ficará comigo — ela finaliza.

— Tudo bem, mas assim que o médico sair, conversaremos — ele diz, saindo do quarto e todos seguindo-o.

O médico fez muitas perguntas para Lissa, fez alguns exames, olhou para nós duas e disse que já tinha o resultado nas mãos, questionando por que ela não tinha descoberto antes. Ficamos intrigadas. Então ele perguntou se ela e seu companheiro estavam separados, brigados ou algo assim. Ela não quis contar, então eu contei. Foi quando ele finalizou.

— Foi por isso que ele não se manifestou ainda para você. Deve estar bravo com vocês duas — ficamos sem entender nada. Foi então que Lissa perguntou o que era.

— O óbvio: você está grávida. — Quando ele disse isso, ela desmaiou novamente. Ele tratou de acordá-la.

— E agora o que farei? — ela disse chorando.

— Contará para ele — disse a ela.

— Não, não direi nada a aquele assassino — ela diz irritada e faz um pedido ao médico, pedindo que não conte, que diga que foi o nervoso. Ele concordou. Ela pediu para mim não contar a ninguém. Após ele sair, entraram todos. Conversamos sobre como ela estava. O alfa pediu para todos saírem para que eles pudessem conversar. Quando estávamos saindo, pedi para que Júlio ficasse. Fomos para a sala e ficamos todos sentados assistindo. Toda vez que olhava para o supremo, via que ele não tirava os olhos de mim. Pietro chegou perto dele para conversar.

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EDUARDO

Demorei um pouco depois que ela saiu do quarto, após sermos interrompidos. Fui para o quarto de Elissa e descemos para a sala. Fiquei ali, do outro lado, observando-a. Não vou negar, realmente não consigo parar de pensar nela, parar de olhar para ela. Ela me tira do sério; não sei o que acontece comigo. Só paro de olhar quando Pietro veio até mim para conversar sobre uns assuntos da alcateia e me pergunta até quando eu ficaria.

— Por que o interesse, Pietro? Por que quer saber quando eu irei embora?

— O senhor nos disse que iria assim que resolvesse o caso do meu pai com o alfa Danilo, e pelo jeito já está sendo resolvido. E o senhor precisa cuidar da alcateia do senhor, não precisa?

— Não precisa se preocupar, deixei alguém da minha confiança lá, se é isso mesmo a sua preocupação — falo intrigado, não acreditando em nenhuma palavra de Pietro. Ele somente fica em silêncio. Olho para ele e vejo que ele está olhando para Lunna. Eu sei que ele só não forçou mais a barra com Lunna por minha causa; sei que a vontade dele é que eu suma. Lunna se levanta e vai em direção à cozinha. Percebo que ali é minha oportunidade de esclarecer o mal-entendido de hoje. Vou em direção à cozinha. Quando chego, ela está fazendo uma vitamina ou tentando; ela está com os pés levantados, tentando pegar o pote de açúcar. Ela estava linda naquele vestido; ao se levantar, o vestido ficou mais curto. Ela me viu e tomou um susto.

— Que susto o senhor me deu!

— Lunna, queria conversar com você sobre hoje.

— Tudo bem.

— O que aconteceu não deveria ter acontecido; quero lhe pedir desculpas por aquilo.

— Tudo bem, estávamos todos nervosos. Eu sei que não queria me machucar.

— Não, Lunna, não estou falando sobre isso, e sim sobre o beijo  que quase  rolou.

— Do quê está falando? — Eu sei que ela se fez de desentendida.

— Você sabe sim; eu percebi que você queria também.

— O senhor só pode estar louco.

— Melhor ainda, Lunna. Assim fica bem melhor; assim você não fica criando expectativas.

— Como se eu quisesse algo com um ogro como você.

— Então estamos entendidos; podemos conviver como se nada tivesse acontecido. — Finalizo pegando um copo de suco na geladeira. Ficamos encarando um ao outro quando, de repente, a campainha toca...

Gordinha e seu supremo alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora