O QUE IREI FAZER COM ELA

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EDUARDO

— Lunna, eu sei quando você mente. Por que não diz logo que está com ciúmes? Por que não confessa logo? — perguntei, observando-a irritar-se ainda mais. Não me importava; ao contrário, achava-a ainda mais linda assim. Às vezes, me dava vontade de beijá-la, de agarrá-la. Jamais poderia fazer isso, pois ela era muito nova. Se eu fizesse, ela seria apenas mais uma na minha cama, e eu não poderia machucá-la. Não sei por que tenho esse sentimento de proteção por ela. A cada momento, vejo-a mais irritada; seus olhos ficam vermelhos e, quando menos espero, levo um tapa na cara.

Aquele tapa me deixou irritado. Aproximei-me, segurando seu pulso com firmeza, apertando com tanta força que ela começou a implorar para que eu a soltasse.

— Me solta, por favor! O senhor está me machucando! — ela pediu, mas minha irritação era maior.

— O que eu falei para você, Lunna? O que eu disse que faria se você me batesse novamente? — perguntei, muito irritado, me aproximando ainda mais dela. Estava cheio de raiva, e ao mesmo tempo, com uma vontade incontrolável de beijá-la. Ela me desafiava; ela me enlouquecia.

— Eduardo! — alguém me chamou, e ao me virar, vi Tiffany. Instantaneamente, me afastei de Lunna, soltando seu pulso.

— Depois teremos nossa conversa. Eu disse que você não ficaria impune; pode ter certeza de que terá seu castigo — falei para Lunna e me virei para Tiffany, que nos observava sem entender nada.

— Tiffany, estou esperando examinar minha afilhada. Assim que terminar, apresento você a eles.

— Tudo bem, amor — respondeu ela, olhando para Lunna, que também a encarava com uma expressão desconfiada.

— Essa é Lunna — disse, quebrando o clima tenso entre elas.

— Lunna, essa é Tiffany — apresentei, e as duas se cumprimentaram, enquanto Júlio saía com o médico do quarto.

— Júlio, está tudo bem com a Lissa? — perguntei, ansioso.

— Sim, está tudo bem com elas. Tanto ela quanto o bebê estão bem.

— Que bom! Posso vê-la? — disse Lunna, animada.

— Eu diria que não, mas se você não ver a Elissa, ela terá um ataque — disse Júlio, e Lunna entrou. Aproveitei para apresentar Tiffany.

— Júlio, quero te apresentar Tiffany, minha namorada.

— É um prazer conhecê-la — disse Júlio, cumprimentando-a. Pedi para que me acompanhasse até o escritório. Descemos, deixando Tiffany na sala com o pessoal. Júlio explicou a todos o que aconteceu e disse que Elissa já estava melhor. Seguimos até o escritório.

— Eduardo, você não tinha me dito que tinha uma namorada?

— Você sabe que não sou de contar minha vida pra ninguém.

— Eu sei, mas você deveria, pelo menos, ter avisado que ela estava vindo para cá.

— Eu não sabia que ela viria. Também foi uma surpresa para mim.

— Quero saber o que aconteceu entre você e a Lunna lá em cima. E não adianta esconder, porque eu ouvi o tapa que ela te deu. Estava bem próximo da porta.

— Ela me tira do sério. Não fiz nada com ela porque Tiffany chegou bem na hora. Já é a terceira vez que ela me dá um tapa na cara. Minha vontade era de matá-la ali mesmo, mas só não fiz nada por causa da Elissa.

— E por que ela te deu um tapa?

— Porque ela é atrevida! Estou cansado disso. Ela será castigada; assim que baixar a poeira, vou fazer com que ela aprenda uma lição, já que se acha tão forte para me enfrentar.

— Só vai com calma! Preciso dela viva; Elissa precisará dela, principalmente agora.

— Tudo bem, amanhã converso com ela e resolvo isso.

— Então vamos comer algo, porque nem jantamos e Danilo estará descendo para resolver algumas pendências.

Saímos do escritório e fomos comer. Tiffany estava bem do meu lado. Lunna desceu, e Júlio pediu para ela se sentar conosco. Aproveitei a oportunidade e falei com ela.

— Lunna, amanhã quero você às 6:00 AM.

— Para quê? — perguntou, com os olhos assustados.

— Para sua primeira lição, e sem reclamar! Esse será seu castigo. Amanhã começará a me respeitar mais — disse a ela, fazendo com que todos ficassem sem entender nada. Júlio começou a dizer:

— É o que estou pensando?

— Sim, ela treinará e aprenderá o lugar dela. Assim, quero ver se ela terá coragem de me enfrentar novamente.

Gordinha e seu supremo alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora