PENSANDO MELHOR

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Felícia

Ainda estou tentando entender meu destino. No fundo, sempre senti uma pequena atração por Pietro. Na época da escola, eu queria até ficar com ele, mas ele acabou ficando com uma das minhas amigas. Preferi me manter distante, sendo apenas sua colega e sempre ajudando-o a atormentar minha irmã. Foi ajudando-o que tive a suspeita da atração que ele tinha pela Lunna, e isso me afastou ainda mais dele. Queria que isso não fosse verdade; queria tirá-lo da minha cabeça, desejava não ter descoberto que ele era meu companheiro. Queria poder fugir desses sentimentos, dizer não a tudo isso.

Uma semana se passou desde o que aconteceu, e Lunna e Elisa estão sempre comigo, tentando me ajudar a superar. Elas dizem que eu preciso saber perdoar, mas não consigo. Vi minha irmã toda machucada naquela cama, naquela noite. Vi o quanto ela sofreu tentando fugir dele, o risco que corremos. Vi ele querendo a Lunna de qualquer jeito. E se ele tivesse conseguido destruí-la? O que seria de nós agora? Não consigo e não posso perdoar Pietro.

Tento me afastar de Pietro de todas as formas possíveis, mas ele não sai do meu pé. Qualquer lugar que vou, ele está lá, atrás de mim. Já o mandei ficar bem longe, até tentei fugir para a casa da minha mãe, mas ele não deixou. Lunna diz que eu não vou resistir por muito tempo, que eu e Pietro somos iguais, duas cabeças duras. Durante os jantares, ele não tira os olhos de mim. Às vezes, tenho medo de que ele me force alguma coisa, como tentou com minha irmã. Por isso, estou dormindo no quarto da Lunna. Sei que nem ela nem o supremo Eduardo gostaram da ideia, mas é o único jeito de me sentir segura.

Após o jantar, todos foram para a sala, mas eu preferi subir para o meu quarto e tomar um banho. Entrei no banheiro e me enrolei na toalha, decidida a me acalmar antes de enfrentar a situação. Quando saí do banheiro, tomei um susto ao ver Pietro sentado na minha cama. Fiquei parada, olhando para ele, assustada. Ele não tirava os olhos do meu corpo. Segurei a toalha para não correr o risco de ela cair. Depois de um longo silêncio, resolvi dizer alguma coisa.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei.

— Esperando você. Precisamos conversar, resolver tudo — respondeu ele.

— Não temos nada para resolver — disse, tentando manter a firmeza na voz.

— Ah, temos sim. Temos muito o que resolver, principalmente a gente.

— Saia agora do meu quarto.

— Só saio quando resolvermos tudo — ele disse, já irritado.

— Pietro, tente entender que não existe "nós dois". O que você fez, não posso simplesmente esquecer.

— Felícia, você já não acha que chega? A Lunna me perdoou.

— Saia do meu quarto, Pietro! — exigi. Ele se levantou e caminhou em direção à porta, mas por um momento achei que ele iria sair. Ele parou em frente à porta, se virou e olhou para mim.

— Não, eu não vou sair até resolvermos tudo — ao dizer isso, ele trancou a porta e veio em minha direção. Eu entrei em pânico, sentindo medo. Quanto mais ele se aproximava, mais eu tentava me afastar, dando passos para trás até me encostar na parede. Percebi que não tinha saída, que não havia para onde fugir. Podia gritar, mas não era isso que eu queria; apenas queria que ele se afastasse de mim, que saísse do meu quarto. Mesmo no fundo, eu queria que ele ficasse, mesmo que minha loba estivesse implorando para que eu mandasse ele ficar.

Pietro chegou bem perto de mim, ficando frente a frente.

— Felícia, eu só quero uma oportunidade para te fazer feliz. Não posso viver sem você. Você não pode continuar me torturando. Já me arrependi de tudo que fiz, e estou tentando ser melhor para você.

— Pi-Pietro, por favor...

— Eu que peço, por favor, Felícia. Deixe-me te fazer feliz. Vamos ser um só.

— Não faz isso, Pietro. Eu não quero.

— Olha dentro dos meus olhos e diz que você não me quer. Aí tudo acaba, nossa ligação se quebrará. Não poderei fazer mais nada por ter sido abandonado pela minha companheira. Olha dentro dos meus olhos e diz que você me renega como seu companheiro, e prometo que sairei pela porta e nunca mais chegarei perto de você.

Pietro simplesmente jogou tudo isso em cima de mim, sem tirar os olhos dos meus. Ele estava certo: se eu o renegasse como meu companheiro, nossa ligação seria quebrada. Mas teríamos que sofrer as consequências, as dores, tudo. Ficamos nos encarando por um tempo. Era palpável o medo dele em ser rejeitado por mim. Sua respiração estava descompassada, e eu não sabia o que dizer ou pensar. Então, por impulso, o beijei. Um beijo doce, calmo, maravilhoso. Não consegui rejeitá-lo; eu o amava. Simplesmente o beijei. Paramos por falta de ar, e foi então que vi uma lágrima escorregar do olho dele, acompanhada de um suspiro de alívio.

— Pensei que por um momento iria te perder. Eu quero ser feliz ao seu lado, Felícia. Você é minha companheira, a Lada Alfa desta alcateia.

Não conseguia dizer nada, estava capturada por tudo que aconteceu naquele momento entre nós. Ficamos parados, nos olhando.

— Felícia, me deixa te fazer feliz agora? Deixe-me te fazer minha. Seja minha.

Não sabia o que responder; fiquei parada, olhando para ele. Então percebi que era hora de perdoá-lo por tudo que ele fez à minha irmã. Era hora de ser feliz.

— Sim, Pietro. Aceito ser sua companheira.

Ele abriu um sorriso de orelha a orelha, e eu vi o brilho em seus olhos. Nossos lobos davam pulos de alegria, e eu sentia um calor incontrolável. Pietro se aproximou, colando nossos corpos, e voltou a me beijar. Nossa respiração estava acelerada; nossos lobos estavam fora de controle. Pietro começou a beijar meu pescoço, mordendo a ponta da minha orelha, me fazendo sentir arrepios por todo o corpo, querendo mais e mais.

— Como eu sonhei com esse momento. Como desejei que chegasse o dia em que você seria minha — Pietro sussurrou no meu ouvido, fazendo meu corpo inteiro estremecer. Ele me pegou no colo e me levou até a cama. Tirou sua camisa, ficando apenas de calça. Ele me observou com um sorriso e, lentamente, deslizou a mão em direção à toalha, retirando-a do meu corpo e me deixando completamente nua.

Seus olhos percorriam meu corpo, queimando de desejo. Eu podia sentir a intensidade do olhar dele. Ele tirou a calça, ficando só de cueca box, e eu pude ver sua ereção querendo saltar para fora. Estava com medo; para mim, era tudo novo. Não sabia o que dizer ou fazer. Pietro deitou por cima de mim, abriu minhas pernas e começou a me beijar, enquanto sua mão passeava pelo meu corpo, especialmente pelos meus seios. Ele começou a descer, chegando perto dos meus seios, e começou a chupá-los de uma forma que me fez sentir borboletas no estômago. O calor aumentava, e eu já estava ficando sem ar.

Ele parou e começou a trilhar beijos pela minha barriga, descendo mais ainda, até ficar entre as minhas pernas. Ele começou a me chupar, e eu me sentia toda mole, com um formigamento por todo o corpo. As borboletas não paravam; a vontade de gritar que não parasse era intensa. Mas eu me contive. Ele sorriu, um sorriso maravilhoso, e comecei a gemer cada vez mais a cada movimento dele. Ele me beijava, aumentando a velocidade, me fazendo sentir algo estranho, mas era a melhor sensação que já experimentei.

Gordinha e seu supremo alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora