Prólogo

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"O fato é: cada um de nós é a soma dos momentos que já tivemos. E de todas as pessoas que já conhecemos. E são esses momentos que se tornam nossa história."
Para Sempre

O ruído de um roedor me faz voltar a realidade. Estou a um bom tempo nesse cômodo imundo, este de um prédio em construção. Podemos ver diversas ferramentas que foram abandonadas pelos trabalhadores que não aparecem a alguns dias, o que favorece o surgimento de vários animais asquerosos.

Junto à mim estão mais dez homens, sou a única mulher daqui e para infelicidade deles estou a comando da missão. A nossa frente está o maior laboratório de refinamento de drogas do país, localizado em um galpão abandonado. Estamos a espreita dessa gangue a semanas e hoje finalmente iremos derrubá-los. A alguns dias nossa equipe descobriu sua localização e uma futura entrega de um lote de armas no dia de hoje.

- Já estão todos devidamente equipados? - pergunto.

Cada um de nós estávamos com coletes à prova de balas além de capacetes e todos já haviam escolhido suas armas preferenciais.

- Sim... - diz um dos homens que não sabe como terminar sua fala.

Ele se sente incomodado por ter uma mulher mandando em tudo, mais um machista em meu grupo. O barulho de um caminhão estacionando nos coloca em alerta, vou até a janela que está totalmente empoeirada e retiro um papel que estava sobre o vidro, me dando a visão do que acontecia do lado de fora. Fiz esse movimento tantas vezes que chega a ser automático.

Logo o caminhão estaciona em frente ao galpão, sete homens armados saem de seu interior.

- Eles chegaram. Sigam o plano como planejado - digo séria.

Assim como todos, pego minha arma e munição suficiente. Meu objetivo principal é efetuar a prisão do chefe, aquele que comanda todo o crime.

Após um pequeno tiroteio na rua deserta, conseguimos acabar com todos aqueles que estavam do lado de fora do galpão. Logo em seguida entramos no local, não consigo localizar o alvo junto aos seus homens, sem dúvida o covarde deve ter se escondido.

Enquanto meus homens encurralam os capangas, começo a subir para o segundo andar. Aponto a arma para a frente e observo todo o local. A escada é de madeira e a cada degrau que piso percebo que tem grandes chances de quebrarem, por isso ando calmamente.

Chego ao segundo andar, tudo está uma bagunça, caixas estão espalhadas por todo lado além de muita poeira, aparentemente este andar está vazio, não há ninguém por aqui. São aproximadamente seis horas da tarde, mas aqui ainda não está muito escuro, o que ajuda bastante.

Percebo que os tiros cessaram lá embaixo. De repente escuto um barulho não muito longe e resolvo me aproximar, logo estou em um longo corredor, essa parte apresenta mais cômodos e tenho quase certeza que o ruído veio ao fundo.

Abro uma porta a minha direita. Nada.

Após fechar a porta um tiro quase me acerta. Corro até aquela direção em que foi disparado. Uma sombra aparece e eu rapidamente entro no próximo cômodo.

Tiros são disparados, saio atirando, até que vejo um homem pular a janela a frente, vou até lá rapidamente. Ele havia pulado em uma caçamba de lixo, faço o mesmo janela sem pensar. O lixo amortece a queda, assim saio dali rapidamente correndo atrás do bandido que corre pela rua.

- Acho melhor você parar, antes que eu mate você - grito.

Ele logo se vira e tenta me acertar com mais um tiro, mas desvio rapidamente. O bandido corre até a esquina e vou atrás. Assim que viro a esquina ele está um pouco a frente com a arma apontada em minha direção, miro nele imediatamente.

- Larga essa arma, ou eu acabo com você - ele grita.

- Quem é você pra dizer o que devo fazer? - digo.

Ele parece não estar acreditando. Parece nervoso e suas mãos tremem ao segurar a arma.

- Você não vai me pegar - diz pronto para atirar.

Sou mais rápida, atiro em sua mão e sua arma cai no chão. Ele grita de dor. Puxo-o pelo braço, o arrastando pela rua, até chegarmos à frente do galpão.

...

Estão todos algemados. O chefe grita, xingando tudo e todos, este está em pé, com dois dos meus homens o segurando, até que diz:

- Como vocês podem aceitar as ordens de uma mulherzinha dessa?

- O que você disse? - digo enfurecida, indo em sua direção.

- Você ao menos tem coragem de matar alguém? - ele diz rindo da minha cara.

Dou um soco em seu estômago e este cai de joelhos no chão.

- Quer pagar pra ver? - Dessa vez é minha vez de sorrir.

Ele continua calado de cabeça baixa. Levanto sua cabeça com o cano de minha arma.

- RESPONDE!!! QUERO VER VOCÊ RESPONDER AGORA - Grito.

Tenho minha arma apontada para seu rosto. Ele não tem reação, mas tem medo. Gosto de ver o medo que ele sente. Mas ele decide provocar, não imagina que matar é a coisa mais simples que posso fazer.

- Mulherzinha de merda! - diz.

...

Viro-me e limpo meu rosto. Gotas de sangue estão pela minha roupa. Olho para trás novamente e a primeira coisa que vejo é um cadáver, com a cabeça totalmente estraçalhada depois do meu tiro e todos os outros me olhando com pavor.

Este é apenas mais um que provocou Luna Salvatore.

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Bjs ❤

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