Capítulo 29

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"Somente aqueles que nunca deram um tiro, nem ouviram os gritos e os gemidos dos feridos, é que clamam por sangue, vingança e mais desolação. A guerra é o inferno."
William Tecumseh Sherman

Quando entrei naquele prédio imaginei que mistérios terríveis seriam desvendados. O que não sabia é que eram bem piores do que cogitava. Atrás daquela porta Alana e mais quatro das garotas desaparecidas estavam acorrentadas uma as outras. Todas sentadas ao chão e Alana, que tinha pouco tempo que estava no local, era a única em boas condições. Estavam com as vestimentas em péssimos estados e apresentavam hematomas pelo corpo.

Não havia mais ninguém no cômodo. Os homens que matamos estavam vigiando o local. Entramos dentro do cômodo e logo começamos a soltar as garotas que choram desesperadamente. Vou em direção a Alana para ajudá-la.

- Você está bem? Te machucaram? - Digo soltando as correntes.

- Acredito que esteja bem. Fiquei com um pouco de medo quando descobriram o localizador. Mas apenas me jogaram aqui - ela diz.

- Ainda bem que não te machucaram. Sabe onde estão as outras garotas? - pergunto.

- Não! Mas acabaram de levar uma delas, não sei para onde foram - ela responde cansada.

- Vou acha-lá! - digo terminando de solta-lá - Tire elas daqui e chame o resgate, irão precisar de atendimento - falo para um dos homens da equipe.

Saio com eles do cômodo e os acompanho até as escadas.

A outra menina só podia estar no terceiro andar.

- Arthur, venha comigo. Vamos até o terceiro andar - digo.

Começamos a subir as escadas cuidadosamente. Quem quer que estivesse lá em cima já sabia de nossa presença, então precisamos tomar cuidado. Ao subir as escadas percebemos que há pouquíssima iluminação no próximo andar, porém uma luz forte estava localizada bem no centro, mostrando claramente equipamentos cirúrgicos.

Um homem estava posicionado ao lado da maca, onde havia um corpo totalmente aberto com seu fígado sendo retirado pelo médico. O chão estava coberto de sangue, assim como as roupas do homem.

Não acredito na cena a minha frente. Como aquilo poderia ser possível?

Logo o homem se vira em nossa direção e parece paralisar quando percebe nossa presença, deixando o órgão cair aos seus pés. Pego minha arma e miro em direção ao homem, porém antes que o tiro lhe acerte ele corre em meio a escuridão.

Começo a correr em sua direção. Ao perceber que estava sendo seguido ele corre ainda mais rápido, derrubando uma mesa ao passar tentando assim me parar. Mesmo com a pouca iluminação, percebo seu ato e pulo sobre a mesa. De repente ele vira em um corredor.

Assim que vou em direção ao corredor sou atingida por uma faca. Que passa de raspão em meu braço. Desvio rapidamente quando ele tenta acertar outro golpe e acerto sua mão o fazendo derrubar a faca.

Ele corre pelo corredor, porém sou mais rápida e lhe acerto com um chute nas costas. O homem começa a gargalhar antes de se virar e tentar me acertar novamente. Desvio e o levanto pelo pescoço.

- Qual é a graça aqui? - grito.

- Você achando que pode nós derrotar ? - diz sorrindo cinicamente - Quando tudo isso acabar vou fazer questão de tirar tudo que seja útil do seu corpo - diz voltando a rir.

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