Capítulo 26

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"A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza."
Erich Fromm

- Vamos! Nos diga logo tudo que sabe sobre a morte da garota - grito apontando a arma em sua cabeça.

Após capturar o bandido, no qual se chamava Paul, voltamos para a agência. Através de sua ficha descobrimos que era dono de um dos prostíbulos da região investigada.

Devido o horário de chegada, não o interrogamos na noite passada. Assim que acordei, vim direto para a agência. Precisávamos resolver tudo aquilo o mais rápido possível. Porém, Paul não estava a colaborar.

- Só abro a boca quando meu advogado estiver presente, conheço meus direitos - ele diz.

- Já disse que ele está a caminho. Fale logo! - digo - Você está em uma enrascada, Paul. Seus homens atiraram em um dos nossos agentes, você pode passar o resto da vida na cadeia por tudo o que fez. Então facilite as coisas.

- O que posso ganhar caso diga alguma coisa? - ele começa a pensar.

- Talvez sua pena possa ser diminuída. Caso suas informações sejam verdadeiras - digo séria.

Arthur permanece ao meu lado sem dizer uma única palavra.

- Posso mesmo confiar no que ela diz? - ele diz perguntando a Arthur.

Ele rapidamente me olha já imaginando o que estava por vir.

- Seria uma péssima ideia não confiar, agora fale logo! - Digo olhando fundo em seus olhos.

Ele se amedronta.

- Ce..Certo! Eu digo - reponde.

- Então comece, o que você tem haver com a morte da garota? - pergunto.

- Mandei matá-la. Ela não servia para eles, estava doente...

- Eles quem? Conte tudo ou o acordo não será feito - digo.

- A alguns meses fechei um acordo com uma máfia, mas nunca entrei em contato direto com o chefe.

- Qual máfia ? - Arthur pergunta.

- Não sei o nome, acredito que seja nova por aqui - Paul responde.

- Tem certeza que não sabe? - digo me aproximando.

- Absoluta. Eu só entro em contato com alguns de seus homens, apenas nas negociações.

- E que tipo de acordo é esse entre vocês? - pergunto.

- Eu levo uma garota a eles, todos os meses. Não sei exatamente o porque - ele diz - Estava precisando expandir meus negócios por isso um bom dinheiro era necessário, então aceitei. E negócios com máfias lhe garante muito poder. Se é que me entende.

- Entendo muito bem. Porque as leva no mês de seus aniversários? - pergunto.

- Eles exigiram isso. Não fiz muitas perguntas, só aceitei.

- Você aceitou um acordo sem saber de nada praticamente!? - Arthur diz indignado.

- Estava ganhando muito bem para não me preocupar com tal coisa. - ele diz rindo.

- Após a morte dessa garota, qual seria seu próximo passo? - pergunto.

- Procurar outra, óbvio. Preciso cumprir minha parte.

- Arthur, venha aqui comigo! - digo saindo da sala.

- Diga, Luna. - ele diz.

- O que acha de usar esse cara para encontrar os outros? Poderíamos ordenar que ele ligasse para essa máfia marcando um encontro.

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