Capítulo 25

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"Você teme um homem por duas coisas: por ele ser mais forte, ou por andar armado. Me tema pelos dois motivos."
Estado de Emergência

Tentava me controlar o máximo possível, o meu dever não era mais matar algum cliente ou suspeito da máfia e sim proteger toda uma cidade. O ódio ainda vivia em mim e provavelmente nunca se afastaria. Talvez só terei paz quando finalmente me vingar e depois de todos esses anos só estou a espera do momento certo.

Certas coisas acabavam com meu humor, entre elas a incompetência. Não estava ali para brincadeira e não aceitaria irresponsabilidades, vidas estavam em minhas mãos. Willian me lembrava meu irmão e aquilo só fazia minha empatia por ele aumentar.

- Parem agora! - Arthur diz - Acalme-se, Luna. Temos que ir direto para a agência rastrear o telefone celular.

- Vamos logo antes que eu faça algo que me arrependa depois - digo olhando nos olhos amedrontados de Willian.

- Vai no seu carro, Luna? - Arthur pergunta.

- Sim, ele ainda está funcionando - digo - Irei deixá-lo em uma mecânica amanhã de manhã, não deve ter nenhuma funcionando essa hora da noite.

- Tudo bem, nos vemos na agência então - ele diz.

Entro em meu carro e vejo pelo retrovisor Willian me encarando. Ele achava que me causava algum medo, estava totalmente enganado. Ligo o carro e sigo direto para a agência.

Ao chegar vou direto para sala de Alana.

- O que você tem? Aconteceu algo? - ela diz preocupada.

- Não quero falar sobre. Encontrei um celular no local do acidente, ainda estava na chamada no momento. Acho que podemos encontrar a localização do chefe - digo lhe entregando o telefone.

- Vou localizá-lo o mais rápido possível - diz pegando o celular e já começando o trabalho.

Willian e Arthur chegam logo em seguida. O primeiro evita contato com a minha pessoa. Era melhor assim.

Esperamos por poucos minutos os resultados de Alana.

- Achei ele - ela diz

- Onde? - pergunto.

- Ele está em um galpão, a área parece bastante isolada. Está aqui o endereço - diz me entregando um papel.

- Iremos agora? - Willian diz sério - Já está a noite, pode ser arriscado.

- Vamos agora, ele pode sair de lá a qualquer momento - Arthur responde.

- Pode ficar para trás se quiser, sua presença não irá fazer diferença alguma - digo séria.

Ele começa a vir em minha direção, estressado.

- Vai fazer o que? - digo sem esboçar reação.

- Você pensa que é quem, hein garota? Está na mesma posição que a gente aqui dentro - ele grita - Seu passado não te faz melhor que ninguém, muito pelo contrário!

- Me faz melhor do que você, pelo menos em ação sim. E que eu saiba é isso que importa aqui - digo - Mas se você quiser posso te mostrar algumas coisinhas que aprendi anos atrás, está interessado?

Arthur entra em minha frente segundos antes de Willian vir para cima de mim.

- Pare de briga, vocês dois! Temos que ir logo! - ele diz.

- Certo. Irei pegar meu armamento - digo saindo como se nada estivesse acontecido.

Ao sair da sala escuto Alana dizer:

VendettaOnde histórias criam vida. Descubra agora