Capítulo 13

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"Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém"
A Última Música

Fui torturada, maltratada e chamada dos piores nomes possíveis, porém nada, absolutamente nada, causou tanta dor em mim quanto naquele dia. Minha vida mudou completamente depois de tudo aquilo, mas tudo que faria no futuro seria por ela, a mulher mais incrível que já havia conhecido, a mulher que tinha me gerado, minha mãe.

Estava em meu quarto, me aprontando para mais um dia, quando comecei a ouvir gritos. No mesmo instante sai do quarto, indo em direção a sala de onde os gritos viam. Já imaginava o que viria pela frente. Mais uma das constantes brigas de Dom com minha mãe, mais uma vez ela iria gritar devido os murros e pontapés de seu marido agressor.

- Você não serve para nada, Antonella. Imprestável! - ele gritou - Não sei porque aceitei casar com uma mulher dessas.

Dom segurava o braço de minha mãe enquanto ela chorava e gritava por socorro e pedia constantemente para que ele parasse. De repente ele a jogou no canto da sala de uma forma brusca, ela tentou proteger seu rosto com as mãos, enquanto ele iniciava uma sequência de chutes em todo o seu corpo.

- PARA! AGORA! - gritei indo em direção a eles - O que você pensa que está fazendo com ela?

- Não se meta nisso, garota - ele disse.

- Ela é minha mãe, vou protegê-la. Saia de perto dela - Disse me aproximando.

- Luna... deixa. Por favor. Vai ser pior - minha mãe disse sem forças.

- Está vendo, ela não precisa de ajuda. Agora vá para seu treinamento - ele disse.

- Eu não vou sair daqui, deixe ela em paz.

Cheguei mais perto de Dom e ele dei um tapa em meu rosto, o que me fez cair ao chão.

- Não! – escutei o grito de minha mãe.

Virei-me novamente em sua direção.

- Eu não sou mais aquela garotinha que apanhava e não fazia nada Dom e você sabe muito bem disso - disse em quanto me levanto - Deixe eu e minha mãe em paz, antes que eu faça você pagar por tudo isso.

- Só vou deixar vocês agora porque eu já terminei o meu serviço - disse rindo - Mas da próxima vez não se meta nisso, garota, ou eu acabo com você.

Ao dizer isso ele deu um último soco em minha mãe, que a fez bater fortemente a cabeça na parede. Dom lançou um sorriso em nossa direção e foi para seu escritório. Corri em direção a minha mãe e comecei a ajudá-la.

Seu rosto estava desfigurado e era possível ver vários cortes.

- Você... não devia ter ... descido filha, ele bateu.. em você – disse com dificuldade.

- Eu prometi que protegeria você, mãe. Não vou permitir que ele faça isso contigo.

Sangue começou a sujar toda a sua roupa. Ela tentou se levantar, porém está muito fraca para tal coisa.

- Venha, eu ajudo a senhora - Peguei-a no colo cuidadosamente.

- Filha... Não precisa.

- A senhora está muito machucada, não vai conseguir ir até o quarto sozinha.

A ajudei a ir até o quarto e a coloquei cuidadosamente na cama, não poderia deixá-la daquele jeito.

- Mãe, a senhora precisa de um banho.

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