"O demônio é um mentiroso. Ele vai mentir para nos confundir. Ele também vai misturar mentiras com a verdade para nos atacar."
ExorcistaEu me enganei em vários momentos e acreditei nas pessoas erradas, mas percebi tal coisa tarde demais.
Aos 10 anos de idade estava me arrumando para ir para casa dos Salvatore, segundo meu pai seria o aniversário de Luna, filha de Dom. Não tinha contato com ela, porém deveria ir pela família e pela máfia.
Havia começado meu treinamento a poucos meses. Ainda estava no básico e aprendia apenas luta e tudo sobre tecnologia. Ao chegar na grande mansão dos Salvatore encontro Pietro, este era um dos únicos amigos que tinha, treinava luta comigo todos os dias.
A festa estava sendo realizada no jardim da imensa casa e apesar de ser uma festa infantil a mesma estava rodeada de adultos. Estava conversando com Pietro próximo a uma mesa de doces, até que meu foco vai para a aniversariante. Luna se encontrava sentada sozinha em uma mesa e parecia estar com os pensamentos completamente distantes da festa.
- Ela está bem? - pergunto a Pietro.
- Só está se comportando como a pirralha que é - diz sorrindo na direção da irmã.
Ignoro o comentário de meu amigo e vou em direção a menina imediatamente.
- Hoje é seu aniversário. Devia pelo menos sorrir para os convidados - digo - Meu nome é Lorenzo.
Luna me olha assustada e sai correndo pelo jardim. A acompanho pelo olhar até que a vejo sendo carregada pelo seu pai. Este se mostrava bastante feliz, diferente dela que parecia com medo de algo.
- Talvez eu tenha a provocado medo - digo para mim mesmo.
Sinto-me culpado naquele exato momento e pretendia me desculpar após os parabéns que se iniciou minutos depois. Admirava muito aquela família, eles transmitiam uma grande união e nos representavam.
Após todos cantarem, aproximo-me de Dom a procura de Luna.
- Onde Luna está? - pergunto a ele.
- Ela estava cansada e foi dormir - ele diz sorrindo.
- Ah sim, obrigado Dom - digo me afastando.
Acabei desistindo de a encontrar e não demorou muito que meu pai chamasse para irmos embora.
*****
Meu pai, Carlo Cesari era um grande exemplo para mim, um homem de grandes negócios e um excelente pai de família. Sempre foi próximo a mim, tínhamos uma ótima relação apesar da vida corrida que o mesmo apresentava. Minha mãe havia morrido após meu nascimento e assim nos unimos. Apesar de viúvo ele não trazia nenhuma mulher para dentro de casa, como uma forma de respeito a mim. Para ele família sempre vinha em primeiro lugar e esse foi o maior ensinamento que havia me passado.
Os anos foram se passando e junto a eles a intensificação do meu treinamento. Já na adolescência iniciei o uso de armas, após me tornar um excelente lutador. A cada dia que se passava estava melhor e via o orgulho no olhar de meu pai.
Continuava meu treinamento com Pietro e ao longo do tempo passaram a serem realizados em sua própria casa. Dessa forma via sua irmã no mesmo local, observava a misteriosa Luna em alguns momentos em seu dia. A garotinha assustada que presenciei em sua festa havia mudado totalmente: suas habilidades eram de se impressionar, seus movimentos apesar de violentos demonstravam muita agilidade. Armas e facas, nada era impossível para ela.
Entretanto nunca tive a oportunidade de trocar se quer uma só palavra com a mesma. Pietro sempre dissera que ela não mantinha contato com ninguém fora sua família e a mesma parecia estar sempre sendo vigiada por alguém.
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Vendetta
AçãoOBRA REGISTRADA - PLÁGIO É CRIME E IREMOS DENUNCIAR - SUA INÚTIL! Será que nem uma arma você consegue segurar?! E essas foram as doces palavras que recebi de meu pai no meu aniversário antes de tudo acontecer, tinha apenas 7 anos na época. Qualquer...