Vendetta

Capítulo 19

" O mundo bate como ninguém e ele quer te ver prostrado no chão, mas o que faz alguém ser um campeão, um vencedor é a quantidade de socos que ela recebe e mesmo assim continua de pé"
Filme Rock o lutador

A partir daquele acordo todos os meus planos iriam mudar. Após minha conversa com Hudson fui levada até uma outra sala, um pouco mais aconchegante.

No dia seguinte, recebi a visita de Hudson:

- Tenho notícias para você, Luna. Fomos até o local indicado por vossa pessoa, era exatamente como havia mencionado, porém nenhuma das provas chegavam ao seu pai e sim ao seu irmão, Pietro.

- Dom sairá impune de tudo o que fez? - pergunto - E o que acontecerá com Pietro?

- Não foi possível encontrar nenhuma prova que comprove atos ilegais realizados pelo Dom. Entretanto, Pietro ficará preso por um bom tempo, seu julgamento será daqui alguns dias.

Saber da notícia que Pietro ficará preso era algo incrível. Porém, a minha vingança era para Dom. Provavelmente ele havia implantado provas contra Pietro, apenas para se livrar de seus atos. Mas ele não ficaria impune, a minha vingança ainda seria cumprida, ele viria atrás de mim e estaria preparada para o que quer que fosse.

...

Dias se passaram e fui apresentada a todos da agência, estava em fase de treinamento. Muitos não confiavam em mim, por isso não havia um único amigo. Não saia em investigações do lado de fora, então aprendia muita coisa relacionada a tecnologia e investigação. Todos os dias passava por todos os tipos de treinamentos e todos ficavam impressionados com minhas habilidades.

Estava parada em um corredor da agência, esperando para um novo treinamento, quando vejo um grupo de homens se aglomerando logo em frente. Vou até eles.

- Precisamos invadir o local neste exato momento, pode ser tarde demais. Precisamos de mais homens, porém muitos estão naquela outra investigação - um deles disse.

- Eu posso ir – disse.

Todos viram-se em minha direção, surpresos.

- Você nunca foi em uma missão Luna, não está preparada.

- Não fui em uma missão com vocês, mas já participei de muitas antes – disse.

- Uma missão pela máfia não é igual a essas - um deles disse.

- Não é igual mesmo, porém, sei o que o outro lado pode fazer, era uma deles - respondi.

- Ela é boa no que faz, talvez possa ajudar - disse Ivan.

O homem que estava a comandar a missão pareceu pensar.

- Chefe, não podemos arriscar a vida dos nossos colocando nas mãos dela.

- Não podemos demorar! Luna, venha conosco - ele disse sério - Qualquer erro, sua vida estará em jogo.

Logo saímos do corredor indo nos preparar, mostraria para eles que podiam confiar em mim. Peguei duas armas e munição, em seguida coloquei o colete a prova de balas e o uniforme da CIE.

Não demorou muito para entrarmos em alguns carros, partindo em direção ao centro da cidade. Segundo informações uma gangue estava pronta para atacar novamente e desta vez iria invadir um dos maiores bancos das redondezas. Iríamos nos esconder em um prédio ao lado e impedir o ataque.

Chegamos ao local e nos posicionamos. De repente, percebemos a chegada de um grupo de homens armados, indo em direção ao banco.

- Vamos, rápido! - o chefe da operação disse.

Saímos do prédio e fomos em direção ao banco. Eles já haviam entrado, precisávamos tomar cuidado para não pôr nossas vidas em risco.

- Vocês vem comigo, iremos entrar pela porta da frente. Luna e os outros irão com Ivan pelos fundos - o chefe da operação disse, já seguindo com sua equipe.

Junto com Ivan e outros quatro homens fui para uma entrada aos fundos do banco. Devido a escuridão da noite, utilizamos algumas lanternas. Após passar pela porta, começamos a subir algumas escadas, ao terminar de subir, nos deparamos no meio de um tiroteio.

Dois dos bandidos estavam caídos no chão, aparentemente mortos. Cada um de nós foi para um lado. Escondi-me atrás de um balcão e comecei a atirar.

Minutos depois os tiros se amenizaram. De repente, vi Ivan subindo algumas escadas logo em frente. Fui atrás seguindo abaixada evitando que fosse visualizada por algum bandido. Ao chegar ao segundo andar percebi que era onde ficava o cofre, um dos bandidos estavam indo em direção ao mesmo e Ivan estava escondido, fora do alcance da visão do criminoso.

Ivan se descuidou e acabou fazendo barulho. O bandido virou-se e começou a atirar na área em que ele estava. Eu ainda estava escondida em um outra área, próxima a escada. Ivan começou a revidar os tiros, porém foi atingido no braço. O bandido logo foi em sua direção e começou a espancá-lo.

Não podia permitir aquilo, assim fui rapidamente até eles. Tentei atirar, mas minha arma falhou, a larguei no chão. Tirei o bandido de cima de Ivan e acertei seu rosto, o soco pareceu deixá-lo desorientado por um instante, porém ele logo começou a revidar.

O bandido ainda estava com sua arma, antes que atirasse, peguei seu pulso com força. Tiros acertaram o teto antes que sua arma caísse ao chão. Ele conseguiu libertar seu pulso e acertou um soco em meu rosto, me senti tonta por alguns segundos, o gosto de sangue veio em minha boca, mas logo lhe dei chute e este voou em direção a parede ao lado. Mesmo se contorcendo de dor se levantou e seguiu em minha direção. Começamos a lutar, percebia que ele estava fraco.

Chegamos próximos a uma enorme janela de vidro. Acertei um chute em seu estômago o fazendo ir em direção a janela, este tentou se segurar nos vidros, porém acaba cortando suas mãos e se desequilibrando, até que vi seu corpo cair...

Ao olhar para baixo vi que já estava morto, havia caído em um enorme ferro,em um dos destroços dos ataques ocorridos no andar de baixo, o ferro havia atravessado seu corpo, bem em seu peito.

Corri em direção a Ivan imediatamente, este estava fraco e bastante machucado.

- Obrigada... por... salvar minha... vida, Luna - ele disse.

- Estamos do mesmo lado agora, Ivan. Sei que faria o mesmo.

Após esse dia minha vida na agência obteve um novo rumo. Ganhei a confiança de meus colegas e passei a ir em missões do lado de fora. Cresci a cada ano naquela agência, no lugar que se tornou minha segunda casa.

Hoje, aproximadamente 5 anos depois, tenho 23 anos e sou uma das funcionárias mais renomadas da CIE. Dom não tinha dado nenhum sinal de sua localização nesses anos e Pietro continua preso. Porém, eu sei, não demorará muito para nosso encontro.

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Bjs ❤