"Se você quiser fazer alguma coisa e sair impune, nunca faça pela metade. Exorbite. Vá até o fim. Faça as coisas de um jeito maluco, inacreditável."
Matilda - Roald Dahl
Um sentimento pode mudar sua visão de mundo, pode mudar suas escolhas, seu destino. O ódio tornou-me em uma pessoa fria e calculista, uma pessoa adaptada para não sentir medo, nem pena, mas por mais contraditório que seja o amor pela minha mãe me tornava mais forte, permitindo que me torne uma arma apenas para garantir sua segurança e retribuir todo o mal que recebia.
Abaixei-me rapidamente antes de ser atingida pelos tiros, Pietro foi para o lado contrário. Estávamos em um cômodo mal iluminado, vários caixotes com drogas estavam espalhados e no fundo estava uma grande mesa, era daquela direção que os tiros eram disparados.
Começamos a disparar tentando acertar o chefe da organização, aparentemente apenas ele se encontrava no local. Os tiros do outro cessaram por um instante e eu e Pietro aproveitamos para nos aproximar.
- O que vocês querem comigo? São da polícia? - o homem gritou.
- Somos bem pior do que isso – gritou Pietro.
Como Dom podia confiar em Pietro para uma missão? Ele agia por impulso a todo momento. Toda a missão estava sendo comprometida por conta de seus erros.
- Dom... - o bandido disse em baixo tom, porém foi possível ouvi-lo.
Aproximei-me lentamente da mesa enquanto o chefe continuava mantendo sua atenção em Pietro, que aparentava estar cada vez mais irritado.
- Eu preciso de mais tempo, pagarei minha dívida...
- Não precisamos mais de seu dinheiro – disse Pietro.
- Por favor eu imploro, tenho família... - disse o homem que começou a se ajoelhar.
Neste exato momento Pietro atirou. Mais um erro. O tiro acertou a mão do bandido que deixou sua arma cair. Mesmo aos gritos, o homem tentou ir em direção a mesmo. Fui rapidamente em sua direção, antes que ele conseguisse pegá-la.
- Fique onde você está, se não quem atira dessa vez sou eu e não haverá erro - Disse posicionando a arma em sua cabeça. O homem pareceu sentir medo e assim permaneceu em silêncio.
De repente algo me jogou para o lado, porém consegui recuperar o equilíbrio em poucos segundos, o que impediu que eu chegasse ao chão. Olhei para o lado e vi Pietro sorrindo com sua arma apontada para a cabeça do homem.
Ele apenas queria o comando de tudo, mesmo não demonstrando ter a mínima capacidade para isso. Agia feito uma criança mimada quando não conseguia o que realmente queria.
- O que pensa que está fazendo Pietro?
- O meu serviço. Você só tem que me acompanhar e ficar calada, idiota - ele gritou olhando em minha direção.
Escutei o barulho de sirenes ao fundo, era a polícia. Provavelmente os disparos devem ter chamado a atenção da vizinhança.
- Ande, temos que ir. A polícia não pode descobrir nada, você sabe o que o Dom acharia disso tudo... – disse.
- Quem é você para mandar em alguém aqui? - disse me olhando novamente.
O que este não percebia era que o bandido estava prestes a pegar sua arma no chão. Atirei em sua cabeça antes que pudesse a alcançar.
- O que você fez? - Pietro gritou.
- Salvei sua vida. Agora vamos - gritei indo em direção a saída.
Passamos pelo homem morto na entrada da vendinha e saímos pela porta da frente. Entramos no carro no mesmo instante em a polícia dobrou a esquina. Pietro estava como motorista.
- Acelera logo, Pietro!
Ele se irritou e começou a acelerar com a polícia logo atrás.
- Você atrapalhou tudo, Luna - ele disse.
- Eu atrapalhei tudo? Eu, Pietro? Tem certeza? - disse olhando atentamente para o retrovisor.
Percebi que um dos policiais colocou o braço para fora do veículo e começou a atirar em direção ao nosso carro.
- Você nunca esteve em uma missão fora daquele sítio, não sabe como funciona - ele começou a dizer.
- Não é o momento para você começar a discutir a relação. Presta atenção no que está fazendo.
Peguei minha arma e logo comecei a revidar os tiros. O para-brisa do carro da polícia logo foi atingido e vidros foram quebrados. Atirei em um dos pneus da viatura, fazendo o motorista perder o controle e bater em um carro que estava estacionado, mas rapidamente apareceu mais três em seu lugar.
- Pietro, acelera isso - gritei.
- Cala a boca e atira, garota.
Entramos em uma rua completamente deserta. Precisava de um plano, eles estavam muito perto. Comecei a vasculhar a mochila que estava nos bancos traseiros do carro, até que encontrei o que precisava.
- Me escuta pelo menos uma vez. A partir do momento que eu lançar isso você acelera o máximo possível, ok?
- Você está doida? Isso vai matar a gente.
- Cala a boca e dirige, Pietro.
Ao dizer isso projetei meu corpo para fora do carro e a lancei. Entrei no carro antes que o meu corpo fosse jogado para fora.
1... 2... 3...
Um clarão atingiu toda a rua e logo foi possível escutar o barulho da explosão. Apenas consegui ver os destroços dos três carros voarem por todos os lados, cada vez mais distantes.
- Agora pode me agradecer – disse com um sorriso no rosto.
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Olá queridos leitores,
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Vendetta
ActionOBRA REGISTRADA - PLÁGIO É CRIME E IREMOS DENUNCIAR - SUA INÚTIL! Será que nem uma arma você consegue segurar?! E essas foram as doces palavras que recebi de meu pai no meu aniversário antes de tudo acontecer, tinha apenas 7 anos na época. Qualquer...