Capítulo 47 - Pietro

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"Não pode fazer as pessoas amarem você. Mas pode fazê-las temerem você."
Filme: Gossip girl

Esse presídio é um inferno. Não aguento mais esse lugar. Já faz mais de três anos, apanho praticamente todos os dias, sou feito de escravo pelos outros criminosos e não posso fazer absolutamente nada.

Ninguém nunca me fez uma única visita. E aos poucos eu percebi que aquele homem que chamei de pai me enganou, que este criou provas exatamente para me incriminar e se safar de todos seus crimes. Era um fantoche em suas mãos.

Passar 24 horas por dia olhando para essas paredes cinzas, observar diversos idiotas tentarem se matar por míseros cigarros fazia com que meu ódio por ele aumentasse cada vez mais.

Eu estava enganado durante todo esse tempo. Ainda acredito que ele tenha matado minha própria mãe, apesar de não sermos muito próximos, esta era importante para mim. Como pude ser tolo a ponto de acreditar em sua história?

Eu não aguento mais esse lugar. Estou sentado no chão de minha cela. Havia quebrado uma colher em um momento de raiva e guardado comigo. Passava várias horas de meu dia afiando a sua ponta, a deixando pronta para acabar com meu sofrimento aqui dentro. De hoje isso não passará!

O causador disso pagaria por tudo. Cada humilhação, agressão, cada vez que me fez rastejar aqui dentro para sobreviver. Tudo será devolvido na mesma moeda.

Escuto passos se aproximando de minha cela e logo escondo o utensílio que carregava. Era o momento de irmos para o refeitório, sigo em silêncio até lá. Sento-me em uma mesa vazia, comendo tranquilamente e observando todo o local. De repente um dos presidiários senta-se em minha frente e começa a me encarar.

- Resolveu se isolar porque? Ainda se acha melhor que alguém aqui? Acho que não lhe ensinei como as coisas funcionam - ele diz.

- Deixe-me em paz - digo sem olhar para ti.

- Ahh, o que foi? O mimadinho ainda está irritado por causa do papai? O chão da minha cela anda bem sujo, talvez você devesse limpar para isso passar - ele continua com um sorriso no rosto.

- Já disse pra me deixar em paz - digo me levantando.

Minha paciência está no limite! Nesse momento todos no refeitório olham em nossa direção. Os guardas não se aproximam, já estavam acostumados com brigas entre os presos.

- Olha! O garoto mimado ficou estressadinho. Vai fazer o que? - ele diz.

- Já estou cansado de você me fazendo de escravo aqui dentro, talvez seja hora de inverter os papéis - digo sério.

- E você pretende fazer isso como? Sabe o que seu pai não lhe ensinou, garoto? Que tem hora que é melhor fazer as coisas de boca fechada - diz levantando e se aproximando.

Ele estava bem próximo de mim e sem que perceba pego o cabo da colher que estava em meu bolso. O presidiário vem iniciando um golpe em meu rosto.

- O que o seu devia ter ensinado é saber com quem está se metendo - digo.

Interrompo seu golpe segurando fortemente em seu braço. Com o objeto em minhas mãos dou um golpe direto em seu pescoço. Ele se assusta por um instante, porém logo tenta me atacar com seu pescoço jorrando sangue.

Dou-lhe um chute no peito nesse exato momento e este cai fortemente no chão. Vou para cima dele no mesmo instante, antes que ele consiga se levantar novamente.

Ainda com a colher em mãos acerto seu olho com a mesma, enquanto ele tenta desesperadamente se soltar. Segundos depois tiro o cabo da mesma, fazendo com que seu olho saia junto e fique pendurado em seu rosto.

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