Capítulo 27

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"Eu sou o melhor no que eu faço, mas o que eu faço não é o melhor."
X-Men Origins: Wolverine

Não sei exatamente o porque, mas algo neste caso tem me deixado bem apreensiva. Preciso acabar logo com isso.

Permaneço em meu carro por alguns minutos. Além do monitor que transmite as imagens da câmera, agora posso ver o mapa com a localização dos dois carros. Eles afastavam-se do local da reunião, percorrendo o percurso em alta velocidade.

Willian entra no carro.

- Para onde eles estão indo? - Ele pergunta.

- Algo muito estranho está acontecendo, estão indo em direções contrárias - digo séria.

- Eles tinham que nos levar até as outras garotas. Como iremos saber qual carro vai nos levar até elas?

- Temos que segui-los, um deles pode estar indo até o chefe - digo - Fique aqui e informe os outros - digo.

- É perigoso, Luna - Willian diz.

- Sei o que estou fazendo. Não se preocupe, se for arriscado chamo reforços. Fique com o monitor da câmera e com um dos mapas que informam a localização dos carros - digo - Fiquem de olho no carro em que Alana está, por favor. E me avisem se acontecer algo.

- Ok, tome cuidado - diz saindo do carro.

...

Ao olhar para o mapa percebo que o veículo estava indo em direção a área residencial da cidade. Será que havia encontrado a casa do chefe?

Estou a três ruas atrás indo em direção ao local, ele não havia visto meu carro então não imaginaria que estava sendo seguido. Chego a rua e observo a movimentação: não havia nenhum segurança ou algum sinal de movimentação fora do comum, apenas pessoas que caminham pela rua.

Provavelmente não era a casa de algum superior do homem. Talvez seja apenas a casa de um amigo ou do próprio bandido. O único jeito dessa perseguição não ter sido uma perda de tempo era tentando tirar informações do homem.

Saio de meu carro e vou em direção a casa. O carro havia sido estacionado em frente a um portão de garagem. Não poderia invadir uma casa sem ter a absoluta certeza, então me aproximo mais percebendo que uma das janelas da casa estava aberta. Olho ao redor e vejo que não havia mais pessoas por perto, ninguém iria desconfiar.

Havia visto os dois bandidos pela pequena câmera instalada, então sabia quem era o bandido. Observo o interior da casa pela janela, havia fotos espalhadas pela sala de estar. Porém, estavam distantes demais, não era possível reconhecer. Não havia outra escolha, a única maneira era bater no portão e encontrar uma forma de entrar.

Escondo minha arma. Vou em direção a porta, batendo na mesma. Logo posso ouvir barulhos no interior da casa, alguém se aproximava. A porta é aberta e um homem alto, forte e com um olhar sombrio aparece. Era ele.

- Em que posso ajudar - diz olhando de maneira fria em meus olhos, um olhar que quase poderia ser comparado a alguém do meu passado.

- Meu carro estragou, poderia usar o seu telefone? Preciso chamar um guincho - digo o olhando de cima a baixo com um olhar malicioso, o melhor jeito de entrar seria manipulando-o.

Seu olhar sobre mim muda no mesmo instante. Aquele olhar frio e calculista mudou para um olhar ainda mais malicioso que o meu.

- Posso ajudá-la no que quiser, entre - diz me dando passagem.

Era incrível como um homem se tornava frágil aos encantos de uma mulher!

Entro na casa observando o local a procura de armas que poderiam estar escondidas. Não havia menor sinal de movimentação nos outros cômodos e para facilitar ainda mais, o homem não possuía nenhum armamento ao seu alcance.

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