Capítulo 15 - DOM

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"A violência é o alimento e a bebida dos traiçoeiros."
Richard Zimler

Levantei-me mais cedo que o costume. Uma sensação de alívio me vem a partir do momento que vejo que Antonella não está ao meu lado. Finalmente havia acabado com tudo que me atormentava, tinha me livrado daquela imprestável. Só continuava com aquela mulher devido nossos negócios.

Agora posso dizer a todos que ela morreu. Claro que terei que mentir, dizendo que ocorreu um acidente na cozinha, mas mentir já se tornou minha especialidade. Tudo o que tenho que fazer é garantir que Luna mantenha a boca fechada, ela é a única que tem a audácia de me desafiar.

Ainda me surpreendo com o que ela se tornou, aquela menina chorona finalmente viu o seu dever, e é difícil admitir que ela havia se tornado melhor que a maioria de meus homens e conseguiu superar seu irmão que agora não passa de mais um peso que tenho que carregar.

Saio de meu quarto indo tomar meu café, percebo que toda a casa está em silêncio, o que apesar de reconfortante era estranho após os acontecimentos da noite passada. Era para Luna estar acordada e provavelmente me provocando, não era possível que ela iria aceitar a morte da mãe tão facilmente.

Continuo a tomar meu café calmamente, a casa não possui nenhum sinal de movimentação. Resolvo subir até o quarto de Luna para verificar e ao abrir a porta me surpreendo. Ela não estava ali. Sua cama estava totalmente arrumada e não havia nada fora do lugar.

- Luna! - grito.

Não há resposta, tudo ainda continua quieto. Vou até seu armário e o abro. Estava vazio. Até que vejo uma carta.

Ao terminar de ler amasso o papel. Não!! Ela não teria coragem de fazer isto.

- Vou matar aquela garota! Quem ela pensa que é?

Saio de seu quarto. Tenho que colocar todos atrás dela imediatamente, assim reúno todos meus homens no jardim de casa.

- Quero que vasculhem cada canto desta cidade, deste país se for necessário, mas não me voltem sem aquela garota - Digo sério - E a tragam viva, pois quem vai matá-la sou eu.

Todos os homens apenas concordam com a cabeça.

- O que estão esperando? Andem - grito.

Todos saem correndo do jardim. Ainda não consigo acreditar no que ela fez. Tenho que achá- la, aquela infeliz sabe demais e ela ainda teve a coragem de me ameaçar. Ela nunca irá sair viva desta história. Nunca.

De repente, vejo Bartolomeu se aproximando.

- O que está fazendo aqui? - digo sério.

- Vim para mais uma aula da Luna - ele diz.

- Então você não sabe? - digo.

Será que ele saberia de algo?

- Do que? Aconteceu algo com ela ? - ele diz parecendo estar preocupado.

- Luna desapareceu - digo desconfiado.

- Mas como isso aconteceu? Alguém a sequestrou?

Não posso dizer que ela fugiu, causaria muita suspeita. Então apenas digo:

- Ainda não sabemos.

- Posso ajudar em algo? - ele diz sério.

- Ajude nas buscas. Você era o único a ter contato direto com ela, pode saber para onde ela pode ter ido.

- Certo. Irei procurar por todos os lugares. Iremos a encontrar, não se preocupe.

Saio do jardim antes que ele diga mais alguma coisa. Precisava verificar tudo no quarto daquela menina, poderia encontrar pistas. Procuro por todo o quarto, as joias também haviam sumido, mas não havia nada de suspeito, nada que indicasse para onde ela poderia ter ido.

Escuto meu celular tocar.

- Diga.

- Dom, encontramos o carro dela - Um de meus homens diz.

- E eu estou me preocupando com carro? Eu quero saber dela. Encontraram a garota?

- Não senhor, o carro está completamente queimado, mas não encontramos vestígios dela.

- E o celular? Tentaram rastrear? - pergunto.

- Conseguimos, estava exatamente no carro.

- Maldita! - grito jogando o celular na parede a minha frente.

Ela pensou exatamente em tudo. Tudo! Começo a destruir seu quarto, só paro quando tudo está revirado e totalmente destruído.

Durante todo o dia meus homens ficaram nas buscas e absolutamente nada foi encontrado. Nenhuma pista. Ninguém a via visto. Como ela tinha conseguido sumir do mapa em poucas horas?

No fim do dia, dois dos melhores homens chegam em minha casa.

- Diga, alguma novidade? - pergunto.

- Não senhor, buscamos por toda a cidade e em outras próximas - um deles diz - Não há sinal dela. Nenhuma passagem foi comprada e nem foi vista em câmeras de segurança pela cidade.

- Vocês não conseguem ao menos procurar uma menina de 17 anos! - grito irritado.

- Fizemos o possível senhor...

- Era para fazer o impossível também. Eu lhe pago para isso - grito.

- Dom, nos desculpe, mas ela realmente sumiu...

- Não quero desculpas, deviam ter a achado - grito.

Ela não sumiria desta maneira, não teria capacidade de algo assim. Eles não haviam procurado direito.

- Imprestáveis! Inúteis!

- Vocês não servem mais para mim. Como pude contratar homens como vocês? - Rapidamente pego minha arma.

Disparo na direção deles, acertando um tiro certeiro na cabeça de cada um. Eles caem ao chão e continuo a disparar, até minha munição acabar. Sangue se espalha pelo chão.

Ela irá me pagar, irei acha-lá independentemente de onde esteja.

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Bjs ❤

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