"Coragem não é a ausência do medo, mas a decisão que algo é mais importante que o medo. O corajoso pode não viver para sempre, mas o cauteloso nunca vive plenamente."
Os diários da Princesa - Meg Cabot
Estou no jardim de casa, sentada em minha cadeira e lendo um pequeno livro. De repente, um barulho me assusta, levanto-me rapidamente e pego minha arma.
Começo a olhar ao redor. Absolutamente nada. Será que estou ficando maluca? Viro-me em direção a piscina. Está vazia, o que era estranho, ela sempre estava cheia, principalmente em dias ensolarados como este. Lentamente a piscina começa a se encher de um líquido grosso e vermelho, logo percebo que aquilo era sangue.
- Pensou mesmo que eu não iria voltar? - uma voz masculina diz. Olho para trás no mesmo instante.
Ele está vindo em minha direção, Matteo, totalmente desfigurado e ensanguentado. Deixo minha arma cair e começo a caminhar para trás. Até que paro, se continuar irei cair na piscina. Mas o que irei fazer, sendo que não tem ninguém aqui comigo?
Sinto algo agarrando meu tornozelo, ao olhar rapidamente para trás percebo que alguém está dentro da piscina. Tento me soltar desesperadamente, até que vejo o rosto de Giovanna emergir da piscina de sangue.
- Lembrada de mim, querida Lu? - Ela diz com um sorriso.
Começo a chorar ainda tentando me livrar das garras dela e percebo que o homem está cada vez mais perto. Giovanna puxa-me violentamente e caio com tudo no chão. Sinto o gosto de sangue em minha boca. Percebo que estou sendo arrastada até a piscina. Grito por ajuda e tento me agarrar a algo, porém ela é mais forte.
Entretanto algo me para. Sou puxada para cima pelos cabelos, era Matteo. O homem agarra meu pescoço com suas mãos de sangue, deixando meus pés longe do chão. Começo a me debater a procura de ar. Sangue do meu nariz começa a se misturar com o de Matteo.
Ele me leva em direção a piscina. Meu corpo fica suspenso e abaixo de mim só visualizo a piscina de sangue. Rapidamente a vejo, Giovanna está com uma enorme faca apontada para cima. Se ele me soltar cairei em cima da faca e morrerei no mesmo instante.
- Você vai se arrepender de ter feito tudo aquilo, Luna - Ele grita.
Logo sinto meu corpo cair...
Abri os olhos desesperadamente e percebi que ainda estava em meu quarto e tudo aquilo não passou de um pesadelo, assim como todos os outros.
...
Os próximos cinco anos basearam-se em treinamentos que ficavam mais intensos a cada ano. Fui melhorando a cada dia e tinha uma força anormal para minha idade. Tiro e arremesso de facas tornaram-se minha especialidade e Bartolomeu já me considerava uma especialista em tipos variados de lutas e em formação de estratégias.
Aos poucos, a frieza entrou no lugar do medo. Não conseguia olhar nos olhos de Dom e passei a não chama-lo de pai, se ele queria uma arma era aquilo que receberia. Minha única amiga era minha querida mãe, a mulher mais importante de minha vida. Meu irmão passava a maioria do tempo com o Dom, não conversávamos e nem treinávamos juntos, também não fazia questão de sua presença. Estava cada vez mais próxima de Bartolomeu, não o considerava um amigo, mas era a única pessoa confiável naquela casa além de minha mãe.
De certa forma aceitava meu destino como filha de uma mafioso, porém um desejo não saia de minha mente: de ver o chefe no lugar de todos aqueles que foram torturados impiedosamente.
...
Dom iria assistir uma parte de meu treinamento naquela tarde, Bartolomeu me disse que ele que iria me encaminhar para uma missão. Após minhas aulas, entrei no carro com aquele homem. Durante todo o percurso continuei em silêncio, séria e atenta a tudo.
Ao chegarmos no sítio desci rapidamente do carro, não esperaria pra escutar mais uma ordem dele. Logo fomos para aquela mesma garagem, já imaginava o que me esperava.
Quem estava ali desta vez era uma adolescente e aparentava ser um pouco mais velha do que eu. Diferente das outras pessoas que se encontravam sentadas e amarradas em uma cadeira, a garota a minha frente estava pendurada no teto através de seus braços amarrados.
- Sabe o que o amor faz, Luna? Te cega. Você não vê o perigo e os transtornos que a pessoa pode te causar - Dom começou - Essa é filha de um dos nossos, não é treinada como você, como é possível de se ver. Ela se apaixonou por um dos nossos rivais - ele olhou diretamente para ela - E sabe o que aconteceu? Ele descobriu um de nossos segredos.
A menina permanecia em silêncio evitando olhar para Dom.
- E você sabe muito bem de nossas regras sobre o silêncio, não é mesmo? Pois agora ela terá o que merece...
- Por favor! Não façam nada. Vocês já o mataram... Não irei cometer o mesmo erro novamente - a menina disse começando a chorar.
- Mate-a Luna. Como quiser, mas ela terá que sair daqui sem vida - ele disse com um sorriso no rosto.
Não sabia o que fazer. Eu não tinha o mesmo medo que anos atrás, mas não poderia matar aquela garota, ela era uma de nós. Não devíamos proteger uns aos outros? Ela apenas havia cometido um erro.
A cada dia que passava meu ódio por ele aumentava, aquele homem não respeitava nem aqueles no qual jurou proteger quando assumiu seu título.
- Não vou fazer isso - disse olhando em seus olhos.
Ele parecia não acreditar, mas a surpresa logo foi trocada por raiva.
- O que você disse? - Ele gritou.
Eu não tinha medo e estava determinada a continuar com aquela decisão.
- Eu não vou matar essa garota. Você não vai me obrigar, Dom – gritei.
Ele parecia estar cada vez com mais raiva, percebi seu rosto ficar vermelho.
- Você vai sim, ou te coloco no lugar dela... - ele gritou vindo em minha direção.
Permaneci imóvel, meus olhos fixos nos deles. Até que disse o que causaria a pior lembrança da minha vida.
- Então me coloque no lugar dela. Por que EU. NÃO. VOU.
******
Oii queridos leitores,
Ansiosos para saber o que acontecerá com Luna????
Se gostou, deixe seu voto!
Agradecemos desde já
Bjs ❤
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vendetta
AçãoOBRA REGISTRADA - PLÁGIO É CRIME E IREMOS DENUNCIAR - SUA INÚTIL! Será que nem uma arma você consegue segurar?! E essas foram as doces palavras que recebi de meu pai no meu aniversário antes de tudo acontecer, tinha apenas 7 anos na época. Qualquer...