Capítulo 23

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"Você nunca sabe quais resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados."
Mahatma Gandhi

Todos os indícios confirmavam minhas ideias: havia uma regularidade na idade e no desaparecimento de cada uma das garotas.

Enquanto os peritos analisavam a cena do crime, continuávamos em busca de novas pistas.

- Ela apresenta arranhões, pelo que parece ele resistiu ao assassino - Digo.

- Sim, há alguns fios de cabelos nas mãos dela - Arthur diz examinando a vítima.

- Isso pode ser útil para descobrirmos o assassino, ela nos deu uma grande ajuda.

Pedimos um dos peritos para retirar um único fio e colocá-lo em um envelope.

- Luna, tem algumas pegadas aqui, podem nos levar até ele - Arthur diz.

-Vamos segui-las - digo.

Começamos a seguir as pegadas. Pelo que parecia, principalmente pelo tamanho, era de um homem. Andamos uma rua inteira, enquanto os indícios iam diminuindo. A trilha acabava exatamente em uma rua que não apresentava saída, agora cada um de seus moradores eram nossos suspeitos.

- Precisamos falar com todos os moradores de cada uma dessas casas, eles podem ter ouvido algo - digo séria.

- William, fique aqui para que ninguém saia despercebido - Arthur diz.

A rua estava totalmente deserta, todas as casas eram de classe média baixa. Junto com Arthur fui para a primeira casa e aproveitaríamos o fio de cabelo do assassino para analisar as pessoas. Este era de um cabelo loiro claro.

Batemos a porta. Segundo depois uma mulher aparece.

- Boa noite! Em que posso ajudá-los? - ela diz séria.

- Estamos investigando o crime realizado nesta noite. Podemos entrar e fazer algumas perguntas para a senhora?

- Claro, entrem!

- A senhora poderia nos dizer se viu ou escutou algo estranho na noite passada? - pergunto.

- Absolutamente nada. Dormi bem cedo ontem, estava cansada por conta do serviço.

- Você trabalha onde, do que? Chegou em qual horário? - Arthur pergunta.

- Trabalho no centro da cidade, em uma loja. Cheguei por volta das 6 da tarde.

- Certo. Não mora mais ninguém com você? - pergunto.

- Apenas meu marido, mas ele está fora da cidade desde semana passada a trabalho.

Começo a olhar ao redor até encontrar um porta retrato. Nele estava ela e mais um homem de cabelos negros.

- Aquele é seu marido? - digo apontando.

- Sim, ele mesmo. Porque? - ela pergunta.

- Nada. Muito obrigada pela colaboração!

- Eu que agradeço! - diz.

- Vamos para a segunda casa, espero que dessa vez tenham alguma informação sobre o caso - Arthur diz.

...

Depois de passar por mais sete casas as únicas informações que conseguimos foram: uma senhora que ficou horas reclamando que o cachorro de seu vizinho não parava de latir e um senhor que reclama que o filho do vizinho não o deixava dormir durante dias, por conta de suas festas. Ou seja, nada realmente útil para nós.

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