Capítulo 16

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Pamella

   "E agora que você não precisa ser perfeita, você pode ser boa" – John Steinbeck.

"Eu não conheço uma pessoa perfeita. Eu só conheço pessoas com defeitos que ainda valem a pena amar" – John Green.

"Toda a perfeição é um defeito" – Voltaire.

"A vida não examinada pode não valer a pena ser vivida, mas a vida examinada perto demais pode não ser nem um pouco vivida" – Mark Twain.

"Você não precisa ver a escadaria toda; só suba o primeiro degrau/dê o primeiro passo" – Martin Luther King Jr.

"Não importa o quão devagar você vá, desde que não pare" – Confúcio.

Encaro as palavras no mural atrás da minha cama. Coloquei-as lá no dia em que cheguei aqui, logo assim que eu e a Samantha o prendemos ali, e tento pensar nelas todos os dias, como um lembrete de que agora eu sou livre, nova e tenho a possibilidade de ser melhor; não preciso me apressar, só ir um passo de cada vez, sem precisar olhar e ver quantos ainda faltam e sem medo de tropeçar no meio (ou até mesmo no início ou final) do caminho.

É incrível como as palavras de outras pessoas exercem poder sobre mim. Gostaria que fosse de forma positiva com mais frequência.

***

Não é que eu tenha acordado super alguma coisa hoje, mas algo relacionado a ter passado tanto tempo em aula depois de visitar meus pais, simplesmente ter voltado a Londres, ou as trocas de mensagens com o Scott nos intervalos me faz sentir diferente. Quase... confiante.

Alice, que faz a última aula de hoje comigo, me acompanha até bem próximo ao ponto de encontro com Sam e Leo.

- Cara, eu quase dormi nessa aula. – diz – Sério! Ele começou a falar e falar e eu tava... – ela faz cara de sono, deixando a cabeça pesar e os olhos fecharem enquanto finge um ronco.

- As aulas dele são engraçadas. – sou fuzilada com um olhar – Não tipo engraçadas, engraçadas. Eu fico esperando a hora que ele vai cair duro no chão. Sério, aquele cara já tá com um pé na morte.

- Sua sensibilidade me comove.

- Você viu semana passada quando ele passou aquele vídeo e dormiu? O pessoal do fundo achou que estivesse morto, foi hilário!

- Aham!!! Nossa, cara. Foi épico. Quando o Edwin, Henry, ou sei lá qual o nome daquele garoto, enfiou aquele canudo no nariz dele pra ver se ele respondia a algum estímulo eu quase me mijei.

- Exatamente! E a cara dele quando acordou com refrigerante no nariz. – nós duas rimos – Nem ele aguenta a própria aula, coitado. E o pior é que é uma das matérias mais interessantes.

- Eca! Não! Como você pode dizer isso?

- Lógico que é, cara!

- Lógico que não!

- Olha, eu adoraria prolongar essa discussão, mas acabei de achar a Samantha. – e ela está com um olhar fixo no chão que quase me obriga por telepatia a chegar logo e livrá-la do silêncio constrangedor com o Leo – Até amanhã.

Ela se despede com um "Até" e um aceno.

Ao encontrar com a Samantha e o Leonard, nós três caminhamos até onde encontramos o Matt e o Scott.

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