O irmão de um Traficante

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7 de Maio 10:20 AM

Ju - Bom dia - Diz passando pela porta da cozinha com sacolas em uma das maos e ajeitando uns fios rebeldes - Trouxe presente - Eu abro um sorriso - Pra sua mae claro. - Reviro os olhos voltando a mexer no cesto de pao.

Manu - Se nao é pra mim nao me interresa.

Ju - iiii gente - Ela coloca as maos no peito se sentando - Acordou com o pe esquerdo hoje ?

Manu - Com todos possiveis - Digo me sentando ao seu lado tomando meu suco.

Ju - O que aconteceu?

Manu - Eu e o Jonas... meio que terminamos nossa amizade - Dou de ombros

Ju - E por que ? - Ela coloca os cotovelos sobre mesa.

Manu - Por que eu nao tive coragem de dizer pra ele na festa que eu o Leandro tinhamos se acertado.

Ju - E por que ? - Ela repete a pergunta e eu ergo as sombrancelhas.

Manu - Por que eu fiquei com medo de ele nao aceitar muito bem e alem do mais eu fui com ele para festa.

Ju - E por que ? - Eu a encaro e ela ri - Ok ok - Levanta as maos - Ele so esta sendo egoista - A olha confusa - Sim , ele esta. Pensando na felicidade dele como total importancia nessa vida , como se ele nao tivesse feito o mesmo com a Marcella para correr atras de voce.

Manu - Voce tem razao - Concordo com ela.

Ju - Mais pelo menos valeu a pena ?

Manu - Voce nao imagina o quanto - Digo relembrando dos momentos com um sorriso de canto.

Ju - Voces nao ?... - Eu olho para ela que esta de boca aberta - Safada - Bate em meu braço e eu dou risada - E ainda por cima na minha cama.

Manu - Nao necessariamente na sua cama , mas sim no seu colchao ao lado de sua cama - Ela ergue as sombrancelhas.

Ju - Eu te odeio.

Su - Bom dia meninas - Ela comprimenta a Ju com um beijo na testa e depois faz o mesmo comigo.

Manu - Nao deveria estar na cama ? - Cruzo os braços.

Su - Deveria , mas nao estou. - Ela bufa sentando ao nosso lado pegando uma torrada - Estava entediada e fazer exercicios é a melhor forma de se recuperar

Manu - Se voce diz - Dou de ombros.

Ju - A qual é ? Ela esta otima - Diz abrindo os braços contente - E alem do mais trouxe presente - Pega as sacolas empolgada entregando para minha mae.

Su - Presentes ? E... mais nao precisava - Fala meio sem jeito me olhando.

Manu - Nao olhe pra mim - Dou de ombros - Voce conhece o jeito da Julia.

Su - Sendo assim - Ela abre as sacolas pegando um conjunto de lingirie vermelho cor de fogo - Oh ceus.

Ju - Tamanho M , vai ficar otimo - Diz tomando de sua mao e colocando em seu corpo , eu balanço a cabeça negativamente rindo tanto do desespero da minha mae , quanto da expressao feliz da Julia que eu apostava ela estar pensando em alguma besteira que envolvesse minha mae em cena - Pra usar com o Tio essa hein - Nós nos entreolhamos rapidamente - Que foi gente falei alguma coisa errada ?

Su - Manuella voce pode ir ate o escritorio comigo ? - Eu concordo com a cabeça me levantando - Eu amei o presente , pode deixar que eu vou usar com toda certeza - Diz se direcionando para Ju , que nao diz nada apenas concorda com a cabeça. Fomos ate o escritorio e minha mae fechou a porta atras dela apontando para eu sentar na cadeira. - Quando voce iria me contar ? - Ela cruza os braços apertando os fortemente sobre seu corpo.

Manu - Eu queria , queria muito te contar. Mais ele disse que voce iria imediatemente se mudar comigo , entao pra isso nao acontecer preveri o silencio , ate... bom ate agora - Encosto as costas na cadeira e ela passa a mao no rosto.

Su - Ele esta certo - Disse por fim pensativa mordendo os labios. - Eu fiz e faria de tudo para te protejer novamente da pessoa que seu pai foi.

Manu - E como foi reencontra lo ? - Cruzo os braços e ela fitou o chao com um sorriso no rosto.

Flash back on parte 1

Susan on:

Queria sair daqui a qualquer custo. Estar em uma sala completamente fria , solitaria e vazia era como se desse um "empurranzinho" a piora do meu estado. Mais nao culpo o lugar , algumas pessoas apreciavam o silencio e eu gostava disso. Mais nao hoje , nao agora.

Enfermeria - E ai como se sente ? - Diz entrando com uma plaqueta nas maos.

Su - Otima o suficiente para ir pra casa - Me sento na cama bufando. - A proposito quando posso ir ?

Enfermeria - Quando o seu acompanhante terminar de assinar uns papeis - Eu a olho confusa.

Su - Papeis ? Mas o Marcos ja assinou esses papeis.

Enfermeria - Nao , nao assinou! - Ela exclama.

Su - Engano seu - Eu protesto ja indignada - Meu noivo assinou sim. Um homem nao tao alto , com os olhos castanhos , branco e...

Enfermeria - Nao - Ela me interrompe - Quem esta ai é outro homem. - Eu me calei. A curiosidade tomou conta da minha mente em saber quem me levaria para a casa.  Um Homem ? Que nao fosse o Marcos ? Estranho... estranho ate demais. Protestei por mais algumas perguntas do tipo "nome" , "aparencia" etc... enfim sem sucesso. Ela disse que ele queria me dar uma surpresa. E isso fez com que eu apressa se ainda mais minha alta do hospital.

De tanta espera , tava na hora de ir. Se tivesse forças suficiente ja teria corrido, mas o soro provocou uma leveza absurda sobre meu corpo.  Andei com um pouco de dificuldade , ainda tonta ate a porta, com a ajuda da escora das paredes e o ombro da enfermeria que me acolia.

E assim eu vi , um homem de costas assim que passei pela porta ,com as maos no bolso,  cabelos castanhos mais um pouco grisalhos ja na regiao da nuca. Seu olhar veio de encontro ao meu , junto a um sorriso , que por mais surpreso que fosse , foi reconfortante.

Su - O que voce faz aqui ? - Digo com a voz um pouco falhada.

Armando - Vim te levar para casa

Su - Voce so pode estar de brincadeira.

Armando - Acho que um hospital nao é um lugar de brincadeiras. - Eu ergo as sombrancelhas. - A Manuella teve imprevisto e queria que eu fize se esse favor para ela, so estou tentando ajudar.

Su - A Manuella fez isso ? -Passo a mao no rosto varias vezes - Mas... como voce tem contato com minha filha ? Voce nao era pra estar aqui. Meu deus cade o Marcos ? - Coloco as maos na cabeça com a respiraçao ofegando e sentindo novamente a fraqueza em meu corpo.

Armando - Voce precisa se sentar - Ele toca em meu braço pela primeira vez depois de tempos , me sentando em um dos bancos do Hospital. - Eu te explico tudo prometo. So deixa eu te levar pra casa primeiro pode ser ? - Eu dou uma recuada com o corpo desconfiando de sua bondade , mas concordo com a cabeça e assim partimos para casa.

Obrigado por ler, ate a proxima 🎡🎧🔭