O irmão de um Traficante

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Marcos - Hein , acho que mereço umas explicaçao. - Ele cruza os braços em frente ao monitor me fazendo afastar a cadeira e se levantar junto ao Leandro que estava branco como papel.

Leandro - Estavamos so fazendo um trabalho , pedi o computador emprestado e...

Marcos - A Manuella tem um computador no seu quarto - Ele o interrompe franzindo a testa.

Leandro - Sim mais nao estava funcionando ai...

Manu - Nao vamos alimentar essa mentira - Eu o interrompo pela segunda vez - Estavamos atras de provas pra provar o que voce fez.

Marcos - O que eu fiz ? -Ele solta um gargalhada ironica me fazendo fechar os punhos de odiu do seu sinismo - Pobre Manu , esta com uma infantilidade tao avançda que anda imaginando coisas.

Manu - Pode ser - Dou de ombros - Mais melhor imaginaçao vai ser voce atras das grades pagando por tudo que fez.

Marcos - Voce nao ousa - Ele vem para cima de mim e eu o empurro com toda minha força.

Manu - ASSASSINO - Grito e o Leandro segura meus braços me impedindo de lhe acertar um tapa.

Susan - O que esta acontecendo aqui ? - Ela aparece na porta com uma cara de sono coçando os olhos assustada.

Marcos - Desculpe querida, nao queriamos te acordar - Ele sorri ajeitando o cabelo no rosto dela - Eu e Manu apenas estavamos conversando - Ele me olha e eu estou com os olhos cerrados - Nao é mesmo?

Manu - Sim - Falo seca - Foi so uma conversa mae nada de mais - Dou um sorriso de lado passando pelos dois e o Leandro  logo atras - Uma conversa que ainda nao terminou.

9 de Maio 11:00 AM

Passo pelo escritorio me checando pela milesima vez no dia de que a sala estava realmente trancada. Minha conversa com o Marcos rendeu algum tipo de medo que o fez trancar a porta , reservado de todos levando a chave consigo que pertencia agora so a ele.

Ligaçao on:

Leandro : E ai ?

Manu : Ainda trancada - Digo checando de novo.

Leandro - Droga - Escuto uma respiraça vindo do outro lado da linha - E agora ?

Manu - Temos que pegar aquela chave.

Leandro - Como ? Ele a carrega para todo canto.

Manu - Nao para todo canto.

Leandro - O que voce esta aprontando ?

Manu - Podemos ir no serviço dele e ir pegar.

Leandro - Quer dizer roubar ne?

Manu - Tanto faz . - Ele da risada - So precisamos de alguem louco o suficiente para passar pela empresa sem ser percebido.

[...]

Julia - Nem pensar ta maluca.

Manu - Amiga por favor.

Julia - Voce quer que eu entre na empresa e roube uma chave ? - Ela abre os braços passando por mim com o pacote de salgadinho na mao se jogando no sofa. - Mereço ser presa por um motivo mais importante voce nao acha ?

Manu - So voce pode me ajudar - Eu sento ao seu lado - Nao tem ninguem com uma personalidade e coragem como a sua de fazer tamanha loucura.

Julia - Vou considerar como um elogio - Ela bufa.

Manu - E entao ?

Julia - Nem pensar .

Manu - Qual é Julia ? - Abro os braços - O que eu tenho que fazer pra voce me ajudar ?

Julia - Me comprar um carro.

Manu - Ou te levar no Mc Donalds - Ela me encara.

Julia - Nao começa...

Manu - Com Bacon, cheddar huuum - Lambo os beiços e se derrete toda.

Julia - Golpe baixo - Coloca as maos no rosto.

Manu - E entao ?... Eu nao perderia essa oportunidade.

Julia - Se voce pensa que vai me comprar com um hamburguer...

9:40 PM

Julia on:

Julia - Ela pensou certo - Falo o mais baixo possivel me afundando no balcao atras da recepcao da empresa.

Eu tinha que agir rapido. Um passo em falso e pah... ia tudo pelos ares. Eu me arrependi varias vezes de ter falado com a Manu aquele dia na diretoria no momento em que meus joelhos estavam abraçados ao meu corpo dolorindo ainda mais os meus peitos que estavam sendo esmagados. Pensei em como devia ter me preparado antes fisicamente e psicologicamente.

Fala serio eu estou de baixo de um balcao.

Isso renderia uma otima historia para meus netos quando eles estiverem sobre o tapete da sala num fim delicioso de um domingo a tarde.

Na empresa haviam somente o Marcos e a sua  contadora , que pra minha "sorte" decidiu fazer uma  extra, pra recompensar os tempos de ausencia que teve como ela explicou  para a faxineira que perguntara se ela nao iria embora , que negou gentilmente com a cabeça.

Do meu esconderijo podia ver que os dois conversavam sobre assuntos relacionados a empresas concorrentes e a algumas contabilidades abertas que teria de serem resolvidas ate o fim da semana. Eu escutava tudo muito atenta , tanto por provas, quanto pelo tedio que tomou meu corpo naquele instante.

Ate que , depois de um bom tempo de espera, a contadora decide fechar o seu turno e ir pra casa ,deixando assim so eu e o Marcos naquele lugar que ja estava me deixando apavorada... Mais tive que esperar , precisava sair de la com algo mesmo que fosse  minimo.

Seu celular tocou , ele atendeu no segundo toque colocando o na orelha e iniciando uma conversa que nao durou mais que 5 segundos. Ele se levantou e caminou ate a saida de sua sala passando por mim que me encolhi mais ainda sobre o balcao.

"É agora"