Capítulo 1

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Duas semanas se passaram desde o casamento de Melissa. E eu estou puto, preciso deixar claro.

Não consigo entender como aquela americana safada teve coragem de me dispensar.

Quando todos estavam dispersos em conversas paralelas eu segui Amy até dentro da casa. Achei que era algum tipo de sinal para que eu a seguisse.

Eu já estava ansioso. Vê-la naquele vestido que moldava suas curvas só fez com que minha imaginação fosse por caminhos pervertidos e sem volta.

Eu já a imaginava sem nada. E em todas as posições possíveis.

Eu quero essa mulher!

O único problema é que ela não me quer. Agora me diz? Como que pode isso.

Quando eu a alcance-ia puxei-a pelo braço, doido por me esbaldar naquele corpo lindo e cheiroso. Mas, o que recebi de volta foi um chute certeiro nos testículos. Meu pau ta doendo até agora.

Só em lembrar, a raiva aparece e a vontade de me vingar dela aparece. Uma vingança muito prazerosa por sinal.

Flashback on:

Todos os presentes estão distraídos em conversas paralelas.

Tomo mais um gole do líquido borbulhante de minha taça. Giro em meu corpo tentando encontrar Amy. A mesma sumiu do meu campo de visão e ainda não consegui encontrá-la novamente.

Ando alguns passos à frente e quando viro a curva a vejo entrando na casa. Ela vira para trás como se sentisse que eu a observo.

Ela me da um sorriso de canto e entra.

Há safada. Ela me quer, penso comigo mesmo.

Ando apressado e entro na casa, olhando para todos os lados. Hoje eu mostro para ela como é ser fodida.

Passo pelo corredor e a mesma está entrando no banheiro social, a puxo pelo braço e imediatamente sinto minhas bolas serem atingidas com uma joelhada.

— Porra! — Exclamo. Estou meio agachado, meio em pé, a dor está insuportável. — Ta doida caralho? — Pergunto com raiva.

— Eu não tenho culpa. Estava apenas me defendendo. — Fala cínica.

— Como se defendendo? — Questiono irônico. — Você ne queria aqui, inferno!

— Quem disse isso? — Pergunta.

— Você disse, seu corpo disse. — Respondo, voltando a ficar ereto.

— Eu não disse nada. — Fala. — Meu... Corpo... Não... Disse... Nada. — Fala pausadamente.

— Mas, é claro que sim. — Rebato.

— Eu não disse nada. Você está precisando rever algumas coisas. Eu não quero você. — Ela da ênfase no você.

— Mas é claro que quer. Foi o que demonstrou por todos estes dias. — Digo irritado.

— Que fique claro que não sou como suas putas, Caralho! — Diz, levantando o dedo do meio em minha face. — Então não me compare à elas. — Diz, e entra no banheiro batendo a porta em minha cara.

Com raiva saio dali e vou para casa. Com as bolas doendo e o ego ferido.

Eu nunca fui rejeitado em toda minha vida. Mas, vai ter volta.

Flashback off.

Fiquei sabendo por Miguel que três dias depois da cerimônia, Amy e seus pais foram embora. Junto com os pais de Nicholas.

Nikoly e Logan ainda estão no Brasil. Pelo que fiquei sabendo estão no Rio de Janeiro. Curtindo um merecido descanso. Ainda mais agora que fiquei sabendo que Nikoly está grávida.

Fico muito feliz pelos dois. Já passaram por muitos sustos. Uma quase morte. Então é mais do que merecida toda a felicidade que estão vivendo agora.

Não me levem a mal. Eu não quero o amor para mim. Mais fico extremamente feliz quando pessoas que se amam de verdade e são cúmplices assim como eles, vivem felizes sem barreiras os atrapalhando.

É, eu tenho um coração. Mas não quero entregar ele pra ninguém. É questão de auto-preservação.

O amor definitivamente não é para mim.

Estou em meu apartamento agora. Já passa das onze da noite. Irei trabalhar cedo amanhã, mas não consigo pregar os olhos porque meu corpo pede pelo dela.

Enquanto tento decidir o que fazer para conseguir entrar em contato com Amy.

É isso aí meu povo. Eu não desisti de Amy.

Eu terei aquela atrevida em minha cama. E ela não sentirá nenhum pingo de vontade de me acertar no meio das pernas.

[…]

Eu tive uma ideia fantástica. Há três anos que não tiro férias. Não tinha motivos, no fim das contas.

Desde que entrei para a polícia, era apenas isso que eu queria e só.

Mas, agora eu tenho um bom motivo para querer um mês longe de investigações, processos, perícias e denúncias.

Eu falei com meu superior e à partir de amanhã eu já estarei dispensado por trinta dias.

Vocês imaginam onde passarei minhas férias?

Uma chance para adivinharem em um, dois, três...

Isso aí, estarei indo amanhã mesmo para os Estados Unidos e Amy que me aguarde.

Agora eu só preciso descobrir onde ela mora. Mas, isso é fácil. Obviamente não ligarei para Logan. mas, eu tenho o número de Nikoly.

A mulher é terrível, não me deixou em paz até o dia do casamento.

Procuro seu contato em minha agenda telefônica e quando o encontro aperto em chamar e aguardo.

Enquanto ela não atende uma música do Maroon 5 toca, acho que é Misery, o nome.

Bem a cara dela.

— Oi Marcelo. — Ela atende. — No que posso ser útil. — Questiona.

— Vou ser bem direto. — Lhe falo.
— Eu preciso do contato de Amy e o endereço residencial dela.

— Para? — Curiosa.

— Irei para Nova York amanhã. E quem sabe eu faça uma visita a mesma. — Digo de forma casual.

— Sei... — Comenta desconfiada.

— Vai dar ou não. — Questiono impaciente.

— Relaxa, bobinho. É claro que vou te dar. Eu te envio por mensagem. — E ai ouvir suas palavras eu respiro aliviado. — Não se preocupe, não comentarei nada com Logan.

— Pouco me importo com Logan e o que ele vai achar. — Falo categórico.

— Pois deveria. Ele é um pouco possessivo com a irmã. Ele ainda tenta acreditar que ela é virgem. — Fala cimo confidência e começa a rir. — Um bobinho, se quer saber. — Diz.

— Tudo bem. Obrigado. Mas agora preciso desligar. O dever me chama. — Digo tentando me livrar de seu falatório.

— Certo, Boa sorte. — Fala. — Você irá precisar. — Acrescenta e desligar sem dar-me chance para retrucar o que acabou de falar.

Sorte? E eu lá preciso disso.

Menos de um minuto depois meu celular apita com uma mensagem e todos os dados que pedi à ela.

Agora você não me escapa, Amy Montgomery.

Marcelo (Spin-off Tudo Culpa dos Croquis)Onde histórias criam vida. Descubra agora