Capítulo 25

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— Obrigado por nos acompanhar Fontana. — Romeo agradece enquanto saímos do hotel onde ele e sua mãe estão hospedados.

— Como aconteceu? — Sua mãe questiona.

A mulher está abatida, é nítido. Entramos no carro que aluguei para me locomover aqui na cidade e então dou partida, finalmente respondendo sua pergunta.

— Ele tentou atravessar a avenida que tem um grande fluxo de carros e foi pego por um caminhão. As testemunhas disseram que o motorista do veículo não teve tempo de frear, pois Gustavo entrou inesperadamente na frente.

— O que eu não entendo é, porque ele faria isso? — Ela fala.

— Provavelmente ele fez isso para ir atrás de Arthur. — Explico.

— Quem é Arthur? — Romeo indaga.

— Vocês não sabem? — Arqueio a sobrancelha em questionamento.

— Não! —  Os dois exclamam ao mesmo tempo.

Putaquepariu! — Exclamo rápido. — Acho melhor falarmos sobre isso quando sairmos do IML, é um assunto delicado.

Depois que eles resolvem tudo, fomos embora e seguimos de volta para o hotel. Quando chegamos novamente ao hotel, convido-os para o restaurante para tratar do assunto que ficou inacabado enquanto íamos ao instituto médico legal.

— Bom, eu não sei por onde começar.— Falo depois que nos acomodamos em uma mesa.

— Que tal pelo início. — Romeo, que já percebi se tratar de um cara muito legal, responde.

— A questão é que essa não é uma história minha. — Justifico. — Eu sei apenas o básico. — Informo.

— Então nos fale o que significa esse básico. — A mãe dele pede.

— Arthur é um garoto de nove ou dez anos, não tenho certeza, e bom... — Hesito. — É filho biológico do Gustavo.

— O quê!? — Romeo praticamente grita, surpreso. — Como isso é possível?

— Não pode ser. — Isabel fala balançando a cabeça negativamente. — Eu sei que meu filho era egoísta e só pensava em si mesmo, mas daí.. Esconder um filho, eu não quero acreditar que ele faria uma barbárie dessa, ele não excluiria a criança de nosso convívio.

— Eu sinto muito desapontá-la senhora, mas ele fez isso sim. Na verdade fez pior. Ele não assumiu a criança e tinha sequestrado o menino, antes do acidente acontecer, por isso na primeira oportunidade que teve a criança fugiu e esta fatalidade aconteceu.

— Eu tenho um sobrinho? — Romeo indaga.

— Tem sim. — Afirmo. — Um menino muito esperto e inteligente.

Dona Isabel não suporta a decepção e volta a chorar, seu filho a abraça tentando passar algum conforto imagino.

— Onde ele mora? Quero conhecê-lo. Romeo me leve até meu neto, eu preciso conhecê-lo. — Pede aos soluços.

— Marcelo, pode nos ajudar mas essa vez? — Indaga ansioso.

— Claro, vou fazer algumas ligações e já volto.

— Fontana. — Thomas me  cumprimenta.

— Parker você está com sua família? — Questiono.

— Sim. — Diz. — Porquê?

— Você poderia colocar o celular no viva-voz? Preciso falar com os três.

— Pronto. — Informa.

Marcelo (Spin-off Tudo Culpa dos Croquis)Onde histórias criam vida. Descubra agora