Capítulo 40

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Primeiro eu quero pedir desculpas pelo sumiço. Nem sei como ainda tenho coragem de voltar aqui, mais enfim, cá estou eu.

Esse capítulo era pra ta lindo e enorme, mas graças ao Wattpad eu perdi todo ele, fiquei frustrada, quis chorar e não ficou do jeito que tava e nem do tamanho que tava, mas não quero demorar mais do que já demorei.

Enfim, boa leitura.

Amy

Marcelo está emburrado desde que deixei ele na mão quando sua mãe quase nos flagrou em uma situação constrangedora, seria nossa primeira vez juntos intimamente depois de muitos meses de sofrimento. Entendam, não seria constrangedora se estivéssemos em um local só nosso, mas caramba! Era a mãe dele, minha sogra, eu jamais conseguiria olhar na cara dela se  tivesse me visto sentada no pênis do filho dela.

Vontade de rebolar gostoso no pau dele não me falta, mas tenho que me controlar, sem contar que posso acabar o machucando e não quero isso de jeito nenhum.

Estamos seguindo para o aeroporto, o momento da despedida foi horrível, me apeguei tanto a família dele, que me acolheu tão bem, inclusive Bárbara que não me tratava diferente em nada da sua filha, me senti muito a vontade entre eles.

Estou empolgada com o tratamento que Marcelo vai receber em Nova York. Li uma entrevista na internet onde falavam de um tratamento por elétrodos, para estimular os músculos e as terminações nervosas. Como sua lesão não foi total estou empolgada com a possibilidade dele voltar a andar, e o quanto antes iniciarmos o tratamento melhor.

Ele decidiu aceitar minha oferta de trabalho, fará parte da equipe jurídica, mas não irá atuar na defesa de ninguém, apenas consultoria. Estou muito orgulhosa dele estar encarando tudo com naturalidade, fiquei bastante apreensiva com medo dele acabar ficando depressivo, entretanto apesar de tudo ele está levando numa boa. Claro que sua mãe precisou dar alguns choques de realidade para aquele cabeça dura parar de se autoflagelar.

E apesar de todos os dias me falar que eu podia ir embora, que não tinha obrigação nenhuma eu não o deixei em nenhum momento e não deixaria.

Marcelo é o homem que quero pelo resto dos meus dias, independente de continuar na cadeira de rodas ou não.

Eu o amo e acho que nosso amor seja o suficiente para vivermos juntos.

— Está precisando de algo? — Indago depois que o carro para e nos informamos de onde sai os vôos particulares.

Nicholas fez questão de que usássemos seu jatinho. No final das contas me senti aliviada, o medo de que ele enfrentasse mais algun dos obstáculos que os cadeirantes tem que enfrentar todos os dias me deixou meio em pânico, não queria que algo simples se tornasse mais uma frustração para ele e que isso o afetasse emocionalmente.

Seguimos para o jatinho de Nicholas e qual não foi minha surpresa quando me deparei com o piloto que estava ao lado da aeronave.

— Sebastian! — Exclamei empolgada e ele diminuiu a distância que estávamos um do outro.

— Amy! — Ele exclamou de volta e me puxou para seus braços me envolvendo num abraço gostoso. — É muito bom revê-la.

— É muito bom ver você também. — Me afastei e sorri para ele, quando um  limpar de garganta se fez ouvir olhei para Marcelo que tinha os olhos semicerrados em nossa direção e claramente media Sebastian com um olhar irritado.

— Sebastian este é Marcelo meu namorado. Marcelo este é Sebastian um grande amigo. — Os apresentei.

— É bom finalmente conhecer você cara. — Meu amigo da o primeiro a falar e estende a mão para Marcelo que o cumprimenta emburrado.

— Não posso dizer o mesmo. — Fala e Sebastian levanta uma sobrancelha para ele, claramente está se divertindo com a crise de ciúmes do meu namorado.

— Marcelo! — Grito horrorizada.

— Tudo bem Amy. Eu também não ficaria feliz se visse um marmanjo agarrando minha garota.

— O que não estou sabendo? — Indago desconfiada.

Ele dá de ombros e olha para meu namorado novamente.

— Não se preocupa comigo Marcelo, sua garota é como uma irmã pra mim.

— Estou de olho em você. — Ele responde e Sebastian começa a rir.

— Vamos. — Sebastian chama. — Está quase na hora de irmos embora.

Marcelo guia sua cadeira motorizada e para ao pé da escada do avião.

— Sebastián. — Chamo quando ele já está entrando na aeronave.

— Sim. — Ele para e nos olha.

— Poderia ajudar aqui. — Aponto para Marcelo que está com cara de poucos amigos olhando para a escada.

— Ah! Claro. Desculpem-me — Ele pede e volta para onde estamos. — Licença cara. — Pede, logo pegando Marcelo no colo, me pergunto como consegue essa proeza, meu namorado não é nada leve.

— Deixa eu te ajudar Sebastian. — Peço, mas ele me bloqueia.

— Não se preocupa boneca, eu consigo.

Dito isso ele sobe os degraus com Marcelo nos braços, ele mantém uma cara amarrada que claramente transmiti o sentimento dele no momento.

Ele está com raiva e não é pouca.

Peço para o motorista que veio conosco levar a cadeira dele para dentro da aeronave, nem sei se pode, mas Marcelo não vai querer ficar mais dependente dique já está.

Quando o homem faz o que pede, agradeço e ele vai embora nós desejando boa viagem.

Adentro o ambiente sofisticado e paro com a visão que tenho.

Não acredito nisso!

Minha amiga, e que só percebi agora o quanto senti sua falta. Está curvada conversando com Marcelo que mantém um sorriso enviesado no rosto.

— Zoe. — Chamo e ela vira-se imediatamente ao ouvir minha voz.

Ela diminui a distância entre nós e me prende em um abraço.

— Senti sua falta. — Sussurra em meu ouvido.

— Também senti sua falta. — Respondo de volta.

Continuamos abraçadas por um tempo.

— Me conte tudo. — Exijo quando nos separamos.

— Não. — Ela geme e sua face ganha uma coloração avermelhada.

— Você precisava me falar, e eu dispenso os detalhes sórdidos, não se preocupe.

— Do que estão falando? — Marcelo pergunta olhando de uma para a outra.

Ela é a garota do Seb.

— Ótimo. — Ele diz e sua expressão relaxa.

— O que eu perdi? — Zoe indaga divertida.

— Ele tava morrendo de ciúmes do Sebastian. Ignore.

Ela da de ombros e quando iria exigir que me falasse sobre tudo, fomos interrompidas por uma morena espetacular com cara de adolescente que adentrou o ambiente.

— Amy, está é Stacy, a comissária de bordo. Stacy, estes são Amy e Marcelo.

— É um prazer conhecê-los, mas agora preciso que todos se acomodem para que seja dado início a decolagem.

Achei ela bem simpática, e depois que Zoe me contou que ela era esposa do copiloto, gostei mais ainda.

A decolagem foi bem tranquila, assim como o vôo. Conversamos sobre tudo, sobre nada e em algum momento acabei dormindo, quando fui acordada já estávamos chegando no aeroporto.

Um sentimento de nostalgia me atingiu e suspirei feliz.

É bom estar de volta na minha cidade favorita no mundo todo.

Tudo vai se resolver, tenho certeza.





Marcelo (Spin-off Tudo Culpa dos Croquis)Onde histórias criam vida. Descubra agora