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Ao adentrar em meu apartamento, pude sentir meu corpo colidir rapidamente com o chão. Um rabo castanho estava enroscado em minha perna, enquanto seus braços rodeavam desajeitadamente minha cintura.

Ri pelo nariz e apartei o gatinho contra meu corpo, retribuindo seu gesto carinhoso.

Nos levantamos e Tae me encarou com os olhinhos brilhantes, sorri perante a cena e o puxei para irmos a cozinha.

— Tae sentiu falta da Stefany. - sorriu amoroso. —Pensei que algo teria acontecido com minha dona.

—Eu estou bem, meu amor. - acariciei sua mão. — Foi apenas uma queda de preção devido a um ataque nervoso, certo Jin?

— Claro. - riu. — Eu adoraria ficar, mas Namjoon me ligou 10 vezes por eu ter desmarcado a nossa tarde no parque.

— Me desculpe por isso, Omma. - enrosquei meus braços em seus ombros. — Prometo nunca mais lhe incomodar.

— Você nunca me incomoda, ouviu bem? - beijou minha testa. — Eu preciso ir, tchau Tae. - acenou para o garoto, que retribuiu o gesto. — Se cuide ok? Eu amo você.

— Eu amo você. - sorri. — Traga o Nam para jantar aqui em casa algum dia, prometo fazer o brigadeiro que ele tanto adora.

— Eu trarei. - gritou da porta. — Tchau pessoal.

O soar da porta ecoou pelo apartamento e logo retirei alguns ingredientes para preparar o jantar meu e de Tae.

Em alguns minutos, senti braços rodearem minha cintura e a cabeça do gato se apoiar em meu ombro descoberto pela camiseta larga que estava vestindo.

Sorri com a sensação e me virei para o maior, que encrava firmemente meus olhos.

— Stefany ama o Seokjin? - assenti como resposta. — E .... Você ama o TaeTae?

Ao soar de sua pergunta pude sentir meu corpo congelar. O que responderia para o gatinho que me encarava esperançoso? Haviam se passado apenas alguns dias desde a vinda de Tae para minha vida, mas de alguma forma o garoto de cabelos castanhos bagunçou completamente meus sentimentos e pensamentos.

Meu foco em Seul era apenas me formar em medicina e, quem sabe, tentar uma vaga de emprego no Japão ou Estados Unidos, mas agora eu o tinha comigo 24 horas por dia, Tae estava ao meu lado transformando todos os problemas em algo passageiro.

Em poucos dias, todo o amor que me faltava por ter deixado o Brasil havia sido preenchido com seu sorriso quadrado que me transmitia paz. Neste momento, as palavras de Jin ecoavam em minha mente repetidas vezes.

"Você gosta de Kim Taehyung."

Eu sentia que deveria dizer (ou gritar) um sim como resposta ao híbrido, mas algo não permitia que estas palavras fossem ditas, talvez por insegurança de não ser correspondida ou medo de tudo estar acontecendo depressa.

Sempre menosprezei relacionamentos onde em questão de 2 dias, ambos declaravam amor eterno, mas com Tae era algo diferente e que eu poderia dizer como verdadeiro.

O garoto/gato de apenas 22 anos havia feito com que me apaixonasse por ele de uma forma tão repentina, que não seria percebida nem mesmo por mim.

Sorri com este pensamento e puxei Taehyung contra mim, selando nossos lábios em um beijo tranquilo. Suas mãos foram de encontro a minha cintura, enquanto eu arranhava sua nuca e brincava com alguns fios de seu cabelo macio.

— Sim. - sorri contra o beijo. — Eu amo você, Kim Taehyung.

Eu me tornei em algo que desprezava, mas nunca estive tão feliz em toda minha vida.

My Hybrid - Kth Onde histórias criam vida. Descubra agora