My Hybrid - Kth

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Stefany - 19/02/2015
São Paulo - Brasil

"Sorria animadamente ao encarar todas as malas fechadas e prontas para minha mudança. Havia passado toda a tarde trancafiada em meu quarto as arrumando.

Iria tomar um banho, meu corpo implorava por um descanso digno, mas meus planos foram interrompidos assim que avistei minha mãe escorada ao batente.

Tentei adiar esta conversa por semanas, hoje este plano não funcionaria. Suspirei, jogando minha toalha sobre a cadeira da escrivaninha e me sentando ao lado da mulher de cabelos negros.

— Você não vai me deixar fugir, certo? - ela assentiu animadamente. — Tudo bem, pode dizer, serei toda ouvidos.

— Lhe contei que cresci em Busan, na Coreia Do Sul. - fitou meus olhos. — Ao meus 17 anos, fui recrutada para me tornar uma agente secreta do governo. — ri, me lembrando de alguns desenhos da infância. — Não ria, Stefany. Bom, trabalhamos com a captura de bandidos, sejam eles diretos ou indiretos. - suspirou. — Aos 20, quando engravidei de você, desisti deste emprego e voltei para o Brasil com o seu pai. A alguns dias, me ligaram desta mesma agência para qual trabalhei, eles querem que você faça parte da equipe.

— E quanto a minha faculdade? Mamãe, você sabe que sempre foi o meu sonho. - a encarei piedosa.

— Você pode continuar com seu curso. - alisou meu cabelo. — Apenas teria um "emprego" indireto, isto lhe manteria por la, mesmo que more com com o Jin.

— Eles ao menos lhe disseram qual o caso? - suspirei pesadamente.

— Dr. Charles - disse seriamente. — Embaixador de uma das maiores empresas de maltrato aos animais. Sejam eles meio humanos ou não. Normalmente, seus empregados realizam experiências e os torturam. - suspirou. — Caso aceite o cargo, lhe enviarão tudo o que precisa saber sobre este homem e seus "trabalhos."

— Se isto garantir vidas salvas, eu aceito. - disse.

Ao pronunciar de minhas palavras, senti os braços da senhora a minha frente percorrer toda extensão do meu corpo.

Retribui seu aperto enquanto perguntava a mim mesma se havia feito a escolha certa. Eu poderia salvar vidas, mas para isto arriscaria a minha e teria de assumir uma indenidade "falsa".

— Andrew vai trabalhar com você. - arqueei minha sobrancelha. — Ele foi chamado assim como ti, mas sua sede continua no Brasil.

— Sortudo. - ri. — Acho que seremos uma boa dupla.

— Com certeza serão. - beijou minha bochecha. —Não importa quanta insegurança sinta, esta foi a melhor escolha da sua vida."