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"Futuros papais". Esta frase ecoava em minha mente de segundo a segundo. Permiti acariciar levemente minha barriga. Uma vida estava sendo criada dentro do meu ventre.

Subi meu olhar ao sentir uma mão sobre a minha, Tae fitava-me sorridente. Desde o dia na pequena praça, soube que o garoto amava crianças.

Meus olhos estavam marejados, o sentimento de felicidade se instalou por todo o meu corpo. Eu vou ser mamãe.

— Eu vou ter uma filha. - disse o gato. — Um pessoa que se parece comigo.

— Sim. - acariciei seu rosto. — Acho que temos uma longa jornada pela frente.

— Obrigado por fazer parte deste momento comigo. - acariciou meu braço. — Essa sortuda não poderia ter uma mãe melhor.

— Ei, quem garante que vai ser uma menina? - fiz bico. — Mães sentem as coisas, vai ser um garoto.

— Cala a boca Stefany. - riu Lotte. — Você esta apenas com três semanas.

— Menina, o que você ainda faz aqui? - ergui a sobrancelha.

— Eu vou ser madrinha dessa criança. - revirou os olhos. — Posso muito bem ficar aqui.

— A amizade de vocês duas me emociona. - disse TaeTae. - Quando você pretende contar ao seu Appav

— O Nam? - o gatinho assentiu. — Provavelmente hoje a noite, ligarei e contarei aos meus pais que estão no Brasil.

— E hoje, eu serei morto. - encarou Charlotte. — Você pode, por favor, agilizar algumas coisas relacionadas ao meu enterro?

— Vou começa a ver alguns caixões. - riu. — Aproveitem, daqui a poucos minutos eu estou de volta.

Observei a figura da menor sumir perante a porta. Me virei para o homem ao meu lado, seus olhos brilhavam a todo instante.

Claro que isto "atrapalharia" algumas coisas. Teria de tirar licença do emprego e minha mãe certamente vai me matar (mesmo que esteja do outro lado do mundo), ou não. Nunca imaginei como seria sua reação a algo deste tipo.

Graças a Deus, minha faculdade se encerraria daqui algumas semanas e eu poderia finalmente me nomear como uma verdadeira pediatra.

Perdida em meus pensamentos, fui desperta ao sentir um selar deixado sobre minha barriga. Tae tentava conversar com a criança. Ri perante a cena enquanto acariciava seu cabelo.

— Você sabe que ao menos por enquanto, ele ou ela não podem lhe ouvir, certo? - perguntei.

— Sei sim. - riu. — Mas quero que se acostumem logo com a minha voz.

— Algum dia imaginou isso? - o garoto me encarou confuso. — Sabe, ser papai.

— Muitas vezes. - fitou o nada. — Sempre foi um sonho meu, obrigado por me ajudar a realizar.

— Estarei aqui para realizar todos os seus sonhos, os meus e agora os de nosso bebê. - sorri, me aproximando e logo o puxando para um beijo apaixonado.

Mal sabe este homem o quanto estou feliz ao o ter como pai do meu filho (a).

My Hybrid - Kth Onde histórias criam vida. Descubra agora