Dor, apenas isto que eu sentia. Abri lentamente os meus olhos, minha visão estava turva, devido ao tempo que passei desacordada.
Encarei todo o lugar, algumas garrafas de cerveja americana (Budweiser) estavam jogadas ao chão, espatifadas em pedaços. Janelas cobertas por longas grades e por fim, uma estante recheada por armas e facas de diferentes estilos.
Estava algemada (braços e pernas) a uma cama velha. O ranger da porta me chamou atenção, um homem alto e de cabelos azuis se aproximou com um sorriso doentio. Engoli em seco, aquele certamente era o Dr. Charles.
— Espero que tenha gostado do quarto. - sentou ao meu lado. — Me desculpe por tê-la trago de um modo tão agressivo.
— Onde esta o meu gato? - rangi os dentes.
— Em primeiro lugar. - aproximou-se de meu rosto. — Ele não lhe pertence garota, e sim a mim. - suspirou. — O levamos para onde deveria estar a muito tempo.
— O que você quer dizer com isto? - o encarei. — Não... não me diga que.... vocês o mataram?
— Claro que não. - riu ironicamente. — O sangue daquele garoto foi o que me tornou um homem rico. - se levantou. — Não lhe interessa onde ele esta, o que poderia fazer? Você esta presa aqui.
— Eu irei conseguir sair. - cerrei os punhos. — E quando isto acontecer, você vai estar acabado.
— Não me desafie. - gritou. — Acha mesmo que iria conseguir fugir? Milhares de capangas estão espalhados por este local, tudo o que conseguiria seria uma morte a tiros.
— Melhor morrer tentando do que me deixando ser aprisionada por um filho da puta como você. - esbravejei. — Não tenho medo de ti, Charles.
— Pois vou lhe mostrar que deve me temer, garotinha. - desferiu um tapa em meu rosto.
Aquilo não me atingia, a raiva por este "homem" havia se tornado maior que tudo. Permaneci de cabeça erguida, o que provavelmente alimentou sua ira.
Em alguns segundos, senti um soco em meu maxilar. O sangue escorria, mas me permiti rir devido aquela situação.
— Acha mesmo que vou me rebaixar a você apenas com isto? - sorri maldosa.
— Apenas lhe digo : Escolha sua. - segurou meu rosto firmemente.
Em passos largos, Charles alcançou a prateleira retirando do local uma faca pequena, mas que aparentava ser afiada.
Sem nem mesmo tempo suficiente para uma reação, senti o objeto entrar em minha coxa. Apartei o lençol em uma tentativa falha de reprimir meu grito dolorido.
O homem sorriu satisfeito em minha direção. Pobre coitado, não importa quantas torturas me serão dadas neste local, nunca abaixaria minha guarda para ele.
— Isto foi tudo o que consegue fazer? - encarei minha perna. — Pensei que você fosse mais perigoso.
— Você esta brincando com fogo, Stefany. - retirou a faca. — Cuidado para não se queimar.
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My Hybrid - Kth
FanfictionStefany - 20/02/2015 São Paulo - Brasil "Primeira chamada para o voo da companhia "Azul" 01667 com destino a Portugal com escala no aeroporto de Lisboa. Por favor, dirijam-se ao portão de embarque." Ao soar dos auto-falantes desfiz o abraço com...