IAYS - JAEBUM

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POV Eun Park

Eu fechei a porta atrás de mim em um baque e desci as escadas do terraço bufando. Por que aquele idiota pegou o meu pulso quando eu estava fazendo o que eu queria há tanto tempo?

Comecei a andar pelo corredor até achar meu armário, e quando achei o mesmo o abri pegando o material que precisaria para a próxima aula. Enquanto eu colocava tudo dentro da mochila me lembrei o que tinha esquecido no terraço.

– Merda... – Eu disse encostando a minha testa na porta do armário.

Se ele pegou a pequena carta e a leu? Agora ele sabe de toda a minha vida! Eu bufei fechando o armário com força e entrei na sala ao lado me sentando ao lado da parede e encostando a minha cabeça na mesma.

Por pura coincidência quando levantei a minha cabeça quando já estava cheia de me lamentar, cruzei meu olhar com o garoto que havia me "salvo" da morte. Ele parou e me encarou, e eu fiz uma carranca logo desviando meu olhar dele.

" Se ele acha que vou agradecê-lo por isso, está totalmente enganado." Pensei.

[...]

O sinal mostrando que a aula havia acabado tocou, então eu levantei com um pouco de dor de cabeça pela matéria tão difícil a ponto de eu trabalhar tanto meu cérebro e logo guardei minhas coisas quando a dor amenizou.

Eu fui em direção a porta depois que algumas pessoas passaram, mas quando estava quase saindo senti uma mão apertar sobre meu ante braço. Olhei para trás e vi o mesmo garoto de antes.

– Podemos conversar? – Ele falou olhando em meus olhos.

" Eu realmente não vou agradecê-lo..." Pensei.

– Não temos nada para conversar. – Eu falei tirando meu braço do seu aperto abruptamente e virando as minhas costas para ele começando a andar.

– Ei, calma aí.

Eu suspirei nasalamente quando parei ao lado do meu armário, então me virei vendo o semblante daquele garoto me olhando com o mesmo olhar de antes.

Incompreensão e pena.

– O que você quer?

– Primeiro queria entender o porquê daquilo há uma hora atrás... – Ele deu uma pausa passando sua mão em seus cabelos negros. – E segundo... Você é tão mal educada a ponto de não me agradecer por ter te salvado?

Eu dei uma risada irônica, esse garoto acabou de me chamar de mal educada só por que não agradeci por seu trabalho de "anjo"?

– Primeiro, já lhe disse que não te devo satisfações. Nem mesmo sei seu nome. – Eu me virei abrindo meu armário e colocando algumas coisas dentro enquanto falava. – E segundo, repito novamente: Não pedi para você me salvar, muito menos fazer seu trabalho de "anjo".

Eu ouvi ele dando uma risada enquanto se encostava ao lado do meu armário. Qual é o problema dele?

– Meu nome é Im Jaebum, tenho 18 anos e sou da sua sala faz 2 anos. – Eu o olhei quando fechei o armário. – Agora me deve satisfações?

– A resposta continua a mesma, Im Jaebum. – Eu revirei os olhos quando novamente dei as costas para ele.

– Você tem sorte que tenho paciência... – Ele disse enquanto andava ao meu lado. – Eu só queria saber o porquê de você estar fazendo aquilo...

– E você já não sabe? – Eu franzi a testa. – Duvido que não tenha lido o papel que deixei lá.

– Bom... Não o li ainda. Pensei que se viesse falar com você e perguntar não precisaria invadir sua privacidade por um papel. – Vi pelo canto do olho ele dando de ombros. – Mas já que você dificulta as coisas, Eun Park...

– Como é que você sabe meu nome? – Eu falei parando e olhando para ele.

– Acabei de falar que estou na sua sala faz dois anos... – Ele disse batendo com dois dedos na cabeça. – Vai me contar ou não o porquê daquilo?

– Eu tenho que repetir mil vezes que não? – Bufei. – Qual é o seu problema? Quer descobrir pra ficar me zoando como as outras pessoas? Eu e você nem somos amigos!

– E daí? Pessoas precisam de ajuda! E seu caso precisa de uma mão amiga sim. – Ele cruzou os braços.

– Olha... – Eu passei meus dedos pelas minhas têmporas já cansada. – Não fale mais comigo, não me olhe mais, não faça mais nada em relação a mim, ok? Eu não quero ser ajudada ou protegida de algo que eu quero fazer, que eu preciso!

– Sabe um problema em relação a nós? Os dois são teimosos, então eu não vou desistir...

Antes dele desviar seu olhar do meu tirou um papel do bolso da calça e pegou a minha mão a abrindo e colocando o papel ali.

– Não gosto de invadir a privacidade dos outros, então quero saber o porquê daquilo da sua boca.

Ele me olhou uma última vez antes de sair andando e me deixando ali encarando a minha mão.

– Que idiota... – Eu disse guardando o papel comigo novamente e comecei a andar para fora da escola.