IAYS - JAEBUM

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Eun Park

Estava arrumando meu cabelo, estava muito nervosa. Claro que via minha mãe todo dia antes, mas agora era diferente. Agora sabia o que ela realmente sentia em relação a mim.

– Está pronta? – Jaebum perguntou parando na soleira da porta e me olhando.

– Bom, acho que sim... – Suspirei profundamente e levantei do banco. – Estou bonita?

– Claro. – Ele sorriu e pegou a minha mão a beijando. – Já enviei uma mensagem para ela dizendo aonde nos encontraríamos, então vamos?

Eu assenti e entrelacei minha mão a dele descendo as escadas, enquanto ele pegava o carro na garagem fiquei na sala com a mãe dele.

– Seja forte minha querida, antes de tudo esclareça as coisas com a sua mãe. Com certeza ela te ama muito... – Ela sorriu e me abraçou brevemente.

– Obrigada. – Eu sorri.

Logo que Jaebum me chamou, dei mais abraço em sua mãe e saí de casa entrando dentro do carro. Jaebum arrancou com o carro e ficamos parte do trajeto conversando coisas aleatórias para me distrair.

Quando paramos em frente ao café que seria o encontro, senti um frio na minha barriga me fazendo resmungar.

– Ei, relaxe. – Jaebum colocou a mão na minha coxa e a acariciou sorrindo. – Ficarei aqui na frente, pode ir lá. Tudo vai ocorrer bem.

– Assim espero. – Eu ri de nervoso e dei um rápido beijo nele antes de sair do carro.

Fui andando até dentro do café, e olhei em volta quando entrei. Parei o meu olhar numa mulher bem vestida e de postura firme, com certeza era a minha mãe.

Andei até ela e quando olhei para o rosto da mesma percebi que era ela. Quando ela percebeu a minha presença se levantou e me abraçou fortemente.

– Filha... – Ela disse acariciando meu cabelo.

– Mamãe. – Eu ri enquanto a abraçava forte.

Depois que nos separamos, sentamos cada um de frente e imediatamente ela pegou na minha mão a acariciando e sorrindo.

– Você está bem? O que são esses curativos nos seus braços? Eles estão te acolhendo bem? – Ela me bombardeou de perguntas me fazendo rir.

– Calma, mãe. – Ela riu e se desculpou. – Sim, estou bem. Esses curativos foi um acidente que aconteceu na escola... E bem, Jaebum e sua mãe estão me acolhendo bem sim, me sinto parte da família.

– Esse Jaebum é seu namorado? Fez tanta coisa por você, até enfrentou o seu pai! – Ela tremeu ao lembrar do acontecimento.

– Gostamos um do outro, já até falamos "eu te amo", sabe? – Ela assentiu. – Mas não aconteceu nenhum pedido oficial.

– Ele não sabe o que está perdendo... – Ela bufou e eu ri. – Filha, você sabe por que vim aqui não é? Queria me desculpar com você, mesmo que eu ache que palavras não bastem, mas queria me desculpar por esses anos. Por deixar o seu pai fazer o que fez contigo...

– Mãe.. – Ela apertou a minha mão levemente e eu me calei.

– Eu sei que você me odiou por muito tempo, mas eu não tinha escolha. – Ela fungou. – Não queria que você morresse na mão de seu pai, mesmo que eu já tenha deixado você ser abatida por ele inúmeras vezes. E inúmeras vezes eu discuti com ele por causa dessas coisas, ainda mais no dia em que você quase foi estuprada por aquele desgraçado...

– Você sabe daquilo?

– Claro que eu sei, Eun. – Ela suspirou. – Eu fui no banheiro naquela hora, e vi pela fresta da porta o que ele estava fazendo com você. Mas seu pai apareceu na hora que eu iria intervir e me levou embora...

– Mãe, tudo bem. – Eu dei um meio sorriso para ela. – Não aconteceu nada, estou viva e salva. Não precisa se culpar, é tudo culpa do papai.

– Eu sei mas é difícil... – Ela suspirou e seu telefone tocou. – Merda, é seu pai.

– Tem que ir embora, não é? – Ela assentiu triste e se levantou comigo. – Vamos nos encontrar de novo?

– Claro, mas vamos ver com calma. Seu pai não pode nem imaginar isso, se não não sei o que ele faria comigo...

Quando estávamos fora da cafeteria ela se virou para mim e me abraçou fortemente antes me soltar. Mas antes de ir embora ela foi correndo até o Jaebum e falou alguma coisa com ele, e elq logo entrou em seu carro.

– O que ela falou contigo? – Eu perguntei quando sentei ao seu lado.

– Nada demais. – Ele sorriu sem mostrar os dentes. – Como foi?

– Perfeito. – Eu sorri. – Finalmente tenho uma mãe agora, na verdade duas com a sua.

– Pensei que fosse sogra. – Ele riu e eu dei um tapa no seu braço fazendo ele rir mais ainda.