21

2.7K 303 38
                                    

Jaebum

Logo que parei o carro em frente a minha casa, desci com o Jackson pegando a mala na parte de trás e fui até a porta. Quando entrei junto a ele, prendi a respiração ao ver a Eun sentada no sofá de braços cruzados me olhando.

– Desculpa... – A minha mãe deu de ombros me olhando. – Jackson que tal me ajudar ali na cozinha?

– Claro, tia. – Jackson me olhou e saiu praticamente correndo com a minha mãe para a cozinha.

Eu larguei a mala ao lado do sofá, e sentei ao lado da Eun calado a encarando.

– Então, eu posso explicar... – Eu parei de falar quando fui interrompido por um beijo rápido dela nos meus lábios. – V-você não está brava por eu ter ido lá?

– Poderia, mas não estou... – Ela suspirou e deu um meio sorriso. – Você sabe que meu pai poderia ter te matado, não é?

– Sim, mas ainda sim o enfrentei. – A olhei. – E bem, descobri coisas novas...

– Que coisas?

– Acho que é melhor você ir tomar banho e refazer os curativos, que tal? – Eu sorri levantando e pegando a mala dela. – Vamos?

Ela assentiu se levantando e subiu as escadas comigo, a levei até o banheiro a deixando confortável e desci até a cozinha novamente.

– E aí, ela surtou? – Jackson perguntou.

– Não, ela foi totalmente normal... – Eu suspirei com as mãos dentro do bolso da calça. – Que mulher, cara. Que mulher...

– Tu tá apaixonado mesmo em, cara. – Jackson riu e bateu no meu ombro de leve. – Tenho que ir avisar aos outros que ela está bem, até mais!

[...]

Eu enrolava lentamente o esparadrapo pelo antebraço dela como a minha mãe estava fazendo, e ficou bom. Logo que eu terminei os dois braços guardei a caixa de primeiros socorros, e voltei até o meu quarto sentando ao lado dela.

– Então, estou curiosa... O que você descobriu quando foi até lá?

– Bem, quem fez a sua mala não foi eu... – Ela fez uma expressão de confusão. – E sim sua mãe.

– MINHA O QUE... – Ela gritou e eu tampei a sua boca, e a mesma se acalmou. – Desculpa, mas a minha mãe? Por que?

– Ela admitiu para mim que sempre sofreu vendo o que seu pai fazia contigo, mas tinha que seguir a linha dele se não vocês duas morreriam... – Eu suspirei. – Então peço que não a odeie, mesmo que você já tenha colocado isso na sua cabeça...

– Jaebum, você conseguiria um encontro comigo e com minha mãe? Quero ouvir isso pessoalmente dela... – Ela pegou na minha mão e a apertou. – Por favor...

– Ok, eu tentarei. – Ela sorriu. – Mas temos que ter cuidado com o seu pai, não sabemos o que ele pode fazer.

– Sim... – Ela mordeu o lábio inferior e me olhou. – Ainda não te agradeci do jeito certo, mas obrigada por tudo. Não só de ontem, mas da primeira vez também...

– Não há de quê. – Eu sorri e tirei uma mecha de cabelo de seu rosto. – É o mínimo que posso fazer por você, Eun.

– Sabe, pode ser muito cedo para eu falar isso mas... – Ela sorriu olhando para as mãos mas logo olhou para mim. – Com todos esses acontecimentos, todas essas insistência no início para você se aproximar de mim, por tudo... Eu percebi que te amo, Jaebum.

Ela sorriu com seus olhos um pouco marejados, e esse foi o melhor sorriso que já vi na minha vida. Não pude deixar de sorrir também, e acabei a puxando para um beijo suave.

– Eu também te amo, Eun. – Eu ri com nossos testas coladas. – Minhas insistências valeram a pena.

– Realmente... – Ela riu e me beijou mais uma vez

IAYS - JAEBUMOnde histórias criam vida. Descubra agora