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Jaebum

Eu estava olhando perplexo para as manchetes no quadro, o que era aquilo? Eu olhei para a Eun e seus olhos estavam marejados, ela olhava aqui tristemente.

Voltei meu olhar para Taeyon e vi a mesma sorrir vitoriosa enquanto olhava o semblante da Eun. Enquanto eu a encarava ouvi Jackson chamando a Eun, mas a mesma saiu correndo da sala depois de trocar algumas palavras com a Taeyon.

– Jaebum, vai atrás dela agora! – Youngjae disse e foi até o quadro com os outros meninos e começaram a arrancar as manchetes. – Ei vocês! Não tem nada para fazer? Saiam daqui!

Eu fui até a Taeyon a pegando pelo braço, e a trazendo para fora da sala deixando nós dois a sós.

– Qual é o seu problema?! – Eu gritei fazendo a mesma se encolher. – Você acha que pode explanar a vida de qualquer um assim, Taeyon?

– Jaebum... – Ela disse baixo mas parou na hora quando coloquei a minha mão na parede a olhando nos olhos.

– Você é a pessoa mais baixa que eu conheço, Taeyon. A Eun já fez alguma coisa para você? – Eu sorri já sabendo da resposta dela. – Você literalmente é uma vagabunda.

Ela arregalou os olhos e colocou a mão na boca surpresa, e eu virei as costas correndo pelo corredor. Corri imediatamente ao único lugar que ela iria, o terraço.

Quando cheguei nas escadas subi por dois degraus, e girei a maçaneta mas a porta não se mexeu.

– Merda... – Eu sussurrei. – EUN! EUN, ABRA A PORTA, É O JAEBUM!

Eu coloquei a orelha na porta e ouvi o choro dela do outro lado da porta, e fiquei um pouco aliviado já que ela ainda não tinha feito nada.

Comecei a empurrar a porta com o ombro, teria que arromba-la. Depois de minutos batendo e batendo, a porta cedeu e abriu com tudo.

Eu arregalei os olhos ao ver a Eun no chão desacordada com uma poça enorme de sangue nos braços dela, e cortes bem profundos. Corri até a ela colocando a cabeça dela em meu colo, e tentei estancar o sangue com meu casaco.

– Eun, Eun acorde por favor... – Eu susurrei beijando o topo da cabeça dela. – Por favor, eu estou aqui Eun...

Eu olhei para ela e a mesma abriu um pouco os olhos, e olhou meu rosto.

– Jaebum... – Ela disse com a voz fraca.

Com muito cuidado eu consegui senta-la no chão encostada na parede, mas a mesma ainda podia perder a consciência.

– Por que fez isso? – Eu perguntei enquanto segurava o meu casaco nos dois braços dela.

– Você viu o que ela fez... – Ela falou baixo rindo, mas se contorceu pela dor.

– E daí? Era motivo disso, Eun? – Eu falei alto fazendo ela me olhar assustada. – Eu já cansei disso... Não é a primeira vez, Eun. Quero que me prometa algo...

– Jaebum, não...

– Quero que você me prometa que nunca mais, independente de tudo, que irá se suicidar. – Eu olhei em seu rosto e a mesma estava com lágrimas escorrendo pelas bochechas. – Eu já tenho o peso da morte da minha irmã, não quero ter outra morte em meus ombros... Então, você me promete?

Eu olhei para ela e a mesma afirmou com a cabeça levemente, e eu beijei seus lábios me afastando logo em seguida. Quando percebi que já não saia tanto sangue, me ajeitei e a peguei no colo e saí do terraço com ela.

No meio do corredor encontrei os meninos que olhavam para a Eun preocupados, e imediatamente pedi que chamassem um táxi para levá-la para minha casa.

– Sua casa? – Ela perguntou baixo.

– Minha mãe é enfermeira... Se eu levar você para o hospital, seu pai terá que ir. – Ela assentiu.

Não demorou muito e eu já estava dentro do táxi com ela, peguei meu celular e já havia mandando mensagem para minha mãe explicando a situação. Minutos depois o táxi parou em frente a minha casa, e saí com ela vendo a minha mãe na porta parada esperando a gente.

Coloquei a Eun no sofá e deixei a minha mãe a seus cuidados enquanto ia no banheiro pegar o kit de primeiros socorros, e quando cheguei a minha mãe já estava limpando os cortes dela.

– Minha filha, por que fez isso? – Minha mãe perguntou baixo enquanto limpava as feridas com álcool.

– É difícil... – Eun disse fungando e me olhou. – Mas não vou fazer mais isso.

Eu olhava atentamente enquanto a minha mãe passava as ataduras nos dois braços, e se levantava com um sorriso no rosto.

– Já terminei. Você vai sentir dores por alguns dias, mas vou comprar alguns antibióticos para você que irão amenizar... – Minha mãe disse pegando a bolsa dela.

– Não precisa... – Eun disse mas parou ao ver minha mãe sorrindo para ela.

– Tudo bem, querida. É o mínimo que posso fazer pela namorada do meu filho... – Eu olhei para a minha mãe de olhos arregalados e a mesma saiu rindo de casa.

– Namorada? – Eun perguntou quando sentei ao seu lado pegando levemente a sua mão.

– Ela já deve ter percebido que gosto de você... – Sorri sem graça dando de ombros.

– Quem diria não é... – A Eun disse rindo me fazendo olha-la. – É a segunda vez que você me salva... Será que você é realmente o meu salvador?

Eu ri e dei um beijo em sua testa fazendo a mesma sorrir e encostar a cabeça em meu ombro.

IAYS - JAEBUMOnde histórias criam vida. Descubra agora