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Desculpem pela demora :(((( 💚

Eun Park

Eu estava no banheiro de Jaebum, o mesmo havia saído para comprar algumas coisas. Enquanto isso eu estava me arrumando para sair, iria na minha casa. Sim, é muito arriscado mas eu teria que enfrentar isso alguma hora.

Como a papelada do meu emancipamento já havia sido entregue, mandei para o tribunal e daqui a algumas semanas tudo há estaria certo. Mas eu tinha que ir na minha casa pegar as minhas coisas e enfrentar meu pai e ver se minha mãe estava bem. Eu não sabia realmente se ela tinha ido para a casa de algum parente ou estava lá.

– Querida, você quer algo para comer? – A mãe de Jaebum disse entrando no quarto. – Oh, irá para algum lugar?

– Vou na minha casa. – Eu disse sem olha-la, arrumava minha bolsa.

– Sua casa? Você não pode ir sozinha, Eun. Pensei que não queria mais pôr os pés lá... – Ela disse chegando perto de mim e colocando as mãos nos meus ombros.

– E não quero. – Virei para ela com um sorriso triste. – Mas tenho que enfrenta-lo, está na hora da nossa conversa entre pai e filha... – Suspirei. – Não falei para Jaebum que iria lá, pode me acobertar? Fale que fui me encontrar com Kiara e volto rápido.

– Tudo bem, farei o meu máximo. E qualquer coisa ligue. – Ela disse com um sorriso.

Eu a abracei fortes antes de virar as costas e sair do quarto, e logo de casa. Fui até o ponto de ônibus e fiquei ali parada e pensando, pode ser muita idiotice fazer isso. Há muito tempo minha cabeça só pensa nisso: Eu tenho que ir lá e enfrentar meus demônios.

Quando o ônibus chegou eu entrei e sentei nas últimas poltronas olhando pela janela, o dia estava nublado e provavelmente choveria. Em alguns minutos o ônibus parou ao ponto perto da minha casa, então desci do mesmo e comecei a traçar o caminho antigo de minha casa. Apertei o casaco em volta do meu corpo, estava começando a bater uma brisa fria.

Ao chegar em frente a minha casa percebi que as luzes do quarto e da sala estavam acesas, então meu pai estava em casa. Respirei fundo e andei com passos pesados para a porta, agora ou nunca. Quando cheguei na porta apertei a campainha e cruzei os braços.

– Quem seria a essa hora hein... – A voz do meu pai foi escutada enquanto o mesmo se aproximava da porta, e quando a abriu o mesmo parou me encarando. – Mas o que...

Eu passei por ele sem permissão de entrada, e logo entrei olhando em volta para ver se estavamos sozinhos. Ao me virar para ele o mesmo estava de braços cruzados e me encarando de cima a baixo.

– O que está fazendo aqui? – Ele perguntou rispidamente.

– Vim pegar o resto das minhas coisas, meus pertences não podem ficar mais na casa de alguém que não tem nenhum vínculo comigo. – Ele riu ironicamente. – E quero saber da minha mãe, aonde ela está?

– Por que quer saber? Desde que assinamos aquela papelada, você não é mais nada para nós. – Ele disse com um sorriso ladino.

– Fale logo seu cretino. – Trinquei o maxilar. – Minha mãe só jogava o seu jogo porque era ameaça por um brutamontes como você.

– Olhe como fala comigo sua vagabunda. – Ele se aproximou e eu recuei alguns passos. – Não é porque está emancipada que eu não possa te encher de porrada.

– Você sabe muito bem que posso falar com a polícia a qualquer momento, não é? – Eu sorri. – Falar de tudo o que você fez comigo por anos, ameaças em relação a mim e a minha mãe e o mais importante... A corrupção na empresa.

Ele arregalou os olhos, ele nunca imaginaria que eu sabia dessa história. Eu podia ser a pessoa mais calada do mundo quando ia em jantares de negócios, mas meus ouvidos e olhos trabalhavam bem. Por anos meu pai desviou dinheiro da empresa onde ele trabalha, e vive assim até hoje. E isso poderia leva-lo a cadeia.

– Você não ousaria...

– Tente a sorte, seu filha da puta. – Eu sorri e passei a mão pelo meu cabelo. – Se você não me der notícias de minha mãe em um mês, você vai estar atrás das grades.

Eu o olhei uma última vez e virei as costas subindo as escadas para ir no meu antigo quarto, ao chegar lá peguei a minha maior mala e comecei a jogar tudo de valor lá dentro. Fui até o meu banheiro e me agachei perto da pia e tirando um azulejo falso, no qual havia uma boa quantia de dinheiro guardado secretamente. Desde os meus onze anos eu fazia isso com o intuito de futuramente fugir dessa merda de casa, e eu usaria isso agora.

Depois que coloquei tudo dentro da mala, a fechei e saí do meu quarto descendo as escadas novamente. Meu pai não estava ali na sala, então andei rapidamente sentindo o ar fresco fora daquela casa. Ao passar pelos portões, vi um carro parado com alguém encostado. E quando olhei melhor era o Jaebum.

– Ah merda... – Eu murmurei enquanto o mesmo se aproximava. – Jaebum eu...

O mesmo não deixou eu terminar de falar, só pegou o meu rosto com as duas mãos e me beijou profundamente me fazendo ficar surpresa. Pensei que ele estivesse com raiva.

– Não, eu não estou com raiva de você. Estou orgulhoso por enfrenta-lo. – Ele disse sorrindo e me fazendo sorrir também. – Agora vamos para casa, querida.







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