A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos.
Crítica social contada através de uma história de amor.
Letícia vai até ao orfanato vê Carla de longe se esconde e espera ela ir embora. Da última vez que elas conversaram por telefone, Carla foi bem grossa com ela dizendo para que respeitasse a vontade de Taís.
Letícia tenta, mas não consegue deixar de amar Vitório, até parece que é possível deixar de amar alguém quando se quer, quanto mais se esforça, mais ele está em seu coração, somente o tempo pode, o tempo é o senhor dos sentimentos.
Toda vez que Letícia vai ao orfanato sempre procura algum motivo para estar perto de Vitório, para falar com ele que a trata com muito respeito e demonstra que para ele Letícia não passa de uma amiga.
Maurício chega ao orfanato e encontra Letícia e Vitório, eles se cumprimentam e então Maurício descobre que ela e Vitório são amigos. Eles se despedem de Letícia e vão embora.
Vitório pediu para que Maurício fosse buscá-lo para irem até o seu apartamento.
-Desde que Patrícia se foi, tudo aqui continua intacto, não tive coragem de mexer em nada. As roupas, os sapatos dela, os objetos, até a roupa de cama continuam tudo do mesmo jeito desde a última vez que ela esteve aqui.
Hoje pedi a você que viesse comigo aqui para ver se consigo fazer alguma coisa. Disse Vitório.
-Eu entendo como é complicado! Se for difícil pra você nós voltamos outro dia. O que pretende fazer hoje?
Perguntou Maurício.
-Eu quero, acho que chegou a hora, eu quero colocar este apartamento á venda e doar as coisas para as pessoas. Esta semana dei uma palestra em um lugar onde as pessoas, as famílias vivem com tão pouco, eu fiquei tão comovido.
-Acho que chegou a hora mesmo, já passou tanto tempo e esse lugar te deixa muito triste, talvez com essa decisão, você consiga seguir em frente.
Vitório finalmente colocou o apartamento á venda, levou muitas coisas para serem doadas. Maurício seria o responsável pela venda de alguns móveis.
Chegando ao orfanato, Maurício se despede e Vitório se encontra com Carla e os dois conversam.
-Vitório, tem certeza que é isso mesmo que você quer? Ser padre?
Você é tão jovem, tão bonito, ainda pode ter uma carreira de piloto, mesmo que não tenha como voltar para a aeronáutica. Disse Carla.
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-Eu ainda sou um seminarista, mas é bem certo que eu vá mesmo ser um padre.
Depois de tudo que aconteceu, comecei a rever meus conceitos sobre tudo, a pensar sobre o verdadeiro valor das coisas e não tenho muita vontade de fazer ou ser outra coisa na vida. Na verdade em minha vida não há mais espaço para outra pessoa, eu não conseguiria amar alguém de novo, planejar família, filhos, enfim voltar para a vida que eu tinha antes só que agora de uma forma diferente, com pessoas diferentes.
Disse Vitório.
-Eu entendo você!
O seminário foi um lugar de refúgio, onde você encontrou o que precisava naquele momento, agora mesmo que não seja um padre, ainda sim você quer estar em um lugar onde se sinta bem e fazendo o bem ao próximo.
-Sim! É isso também!
O aprendizado que tenho no seminário é muito importante para que eu consiga entender muita coisa sobre a vida e esse trabalho que faço aqui no orfanato é muito bom para mim. Eu tenho um projeto de começar a trabalhar com reciclagem, ainda estou elaborando a logística de tudo, acho que irá ajudar demais essas crianças daqui...
-Isso é muito bom! Pode contar comigo!
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Maurício está em seu quarto, em frente ao computador ele coloca anúncios em sites de vendas dos móveis de Vitório. Entra sua avó Nanna e lhe pergunta sobre Vitório e como foi o encontro com ele.
-Ele agora está bem melhor, finalmente conseguiu se livrar daquele apartamento e das coisas. Disse Maurício.
-Não me conformo com isso!
Eu acho que ele deveria pegar seu filho com Stefano e tentar recomeçar. Disse Nanna.
-Não é tão fácil assim! Se não fosse o seminário, ele teria feito uma besteira. Foi um custo para que ele conseguisse voltar a pelo menos se levantar da cama, a senhora não se lembra como foi, nos primeiros meses que ele ficou hospedado aqui? Eu me sentia um inútil tentando ajudar ele...
Disse Maurício.
Giovanna e Maurício ficaram conversando muito tempo sobre Vitório, depois ela mudou de assunto e pediu a Maurício que tentasse ser amigo de Gustavo, já que agora Bruno, o bebê tinha nascido e Gustavo já era mesmo um membro da família.
-Ele é membro da família por enquanto, minha avó! Disse Maurício.
-O que quer dizer com isso? Perguntou Nanna.
-Nada! Esquece! Tem coisas que é melhor não saber.
Giovanna ficou preocupada e queria saber mais sobre o que Maurício havia dito e ele se esquivava para não dizer a verdade.
-E a festa de seu aniversário, minha vó? Falta pouco tempo. Será junto com a comemoração da chegada de Bruno?
-Sim, mas eu ainda não sei se darei um almoço ou um jantar. Agora que temos um cozinheiro novo, o Lulu, Luciano o nome dele na verdade, acho que não tem a necessidade de contratar um Buffet completo, a parte da comida será por conta dele, ele me mostrou que tem grande conhecimento em comida italiana, já fez vários cursos...
