A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos.
Crítica social contada através de uma história de amor.
Tiago aparece na casa de Margarete, depois de muito insistir com Maria ela com medo dele resolveu dar o novo endereço.
-Mãe para quê ficar aqui com Taís passando sufoco?
Meu pai disse que qualquer coisa que vocês precisarem é só pedir a ele. Disse Tiago.
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-Você está louco?
Aquele homem é um assassino, só Deus sabe quantos ele já matou! Ele não tem um pingo de caráter, um pingo de compaixão dos outros, ele vive de coisas erradas, são as drogas, as armas, um tanto de coisas erradas e você acha que eu irei me meter nisso?
Pedir ajuda para uma pessoa dessas?
De jeito nenhum! Me deixe aqui na minha vidinha de apertos e sufoco. O que eu como, o que eu bebo eu sei que é fruto do meu suor. Se acaso a polícia bater aqui eu não tenho nada a dever, nada a temer. E quando estou na igreja não há nada que me condene, graças ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Disse Margarete.
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-Mãe a senhora é uma boba mesmo! A Taís inventa de sair do serviço, vocês estão apertadas aí, tem conta atrasada pra pagar e a senhora nesse orgulho bobo.
-Tiago, escuta aqui uma coisa!
Eu nunca procurei aquele homem para nada e nunca quero procurar, aquele homem me fez sofrer demais, ele me batia, me humilhava, ele tinha coragem de ficar com outras mulheres perto de mim. Quer coisa mais humilhante do que isso?
-Isso é passado, mãe!
-Cala a boca, menino! Você nunca mais fale para eu pedir ajuda a seu pai. Você anda com ele, porque é um sem vergonha, gosta de luxo, mordomias. Quando a polícia colocar as mãos em vocês, graças a Deus eu não vou nem estar perto.
-Mãe! Puxa vida!
-É isso mesmo! Não sou de ficar enfeitando as coisas não!
Taís chega em casa e Tiago para não ser xingado pela mãe na frente da irmã, se despede e vai embora.
Taís depois de muito rodeio, diz a sua mãe que não quer mais se casar e Margarete, óbvio que não concorda, ela dispara a falar, diz que Carlos é um homem bom, que ele terá um futuro brilhante e que Taís está fazendo uma grande burrada...
-Qual o motivo de querer terminar esse noivado, filha?
-Eu não me sinto preparada para casar, eu queria me casar depois de formada, com um emprego decente na área e...
-E o quê mais?
-Queria me casar com quem eu amasse de verdade.
É isso!
Eu não amo o Carlos!
-Minha filha!
-Ainda bem que aconteceram coisas que me fizeram perceber isso antes do casamento.
-Que coisas?
-Ah, mãe! Coisas tipo...
Deixa pra lá!
-Taís! Taís! Tem a ver com o tal do filho da dona Alexia?
Cuidado, cuidado! Olha a encrenca que você quer arrumar?
-Nada disso mãe!
-Você está mentindo! Tem a ver com ele sim. Eu desconfio!
-Mãe! Tem coisas na vida que a gente não tem o controle sobre elas e os nossos sentimentos fazem parte dessas coisas.
-Filha, para quê "caçar" confusão?
Esfria a cabeça, para de empolgação, para de querer colocar as mãos na lua.
Taís viu que aquela conversa iria render e muito por longos dias, deu um jeito de sair e foi para casa de Lulu.
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