A continuação de uma história de amor inter-racial e de classes sociais diferentes que passa por vários obstáculos.
Crítica social contada através de uma história de amor.
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No dia seguinte Gustavo chega na Santorini radiante e conta a Letícia o que houve no jantar.
-Mas que vantagem você leva nisso, Gustavo?
Por isso é que me mandou ligar e marcou encontro com o tal do detetive, não é?
-Isso mesmo! E você até que enfim, fez alguma coisa que presta, arrumou esse detetive fera. Gostei dele! O cara com o endereço antigo da Taís que você deu, subiu no morro e descobriu até a marca da pasta de dente dela. Fantástico! O cara até imprimiu uma das reportagens sobre o pai dela e me deu.
-E o que ganha com isso?
-Muito. Você nem imagina!
Maurício vai brigar com os pais e perder seu lugar aqui na Santorini e também vai perder a confiança de Stefano, por andar com esse tipo de gente. Além do prazer de me sentir vingado pelo que aquele idiota me fez por causa daquela academia lá em casa, ele quase me matou com jiu-jitsu aquele dia e depois tudo ia ficar por isso mesmo! Ah, você acha?
-Gustavo, você é louco!
-Precisava ver a cara da Alexia e da Nanna! Agora é só esperar que esse detetive me traga boas notícias do Rodrigo, vamos ver se ele é fera mesmo, ou se foi sorte. Disse Gustavo rindo.
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Enquanto Maurício levou Taís até perto de casa, ela perguntou se ele também poderia ir lá na casa dela para que a mãe dela o conhecesse de perto, conversasse com ele e tirar aquela má impressão que dona Margarete tinha dele.
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Ele concordou e até ficou empolgado, já que isso poderia fazer com que dona Margarete deixasse de forçar encontros de Carlos com Taís na igreja ou na casa dela, quando ele vinha de Brasília para ver a família dele.
Estava então marcado o dia e a hora para que Maurício fosse á casa de Taís.
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Era de manhã e todos estavam em silêncio na mesa enquanto os empregados serviam o café da manhã, Alexia desistiu de comer e também não deixou que Maurício fosse servido, o chamou no escritório dizendo que precisava conversar com ele.
Os dois ficaram lá por muito tempo, Maurício perdeu aula naquele dia, foi uma conversa chata e repetitiva que finalizou assim:
-Maurício! Vê se me entende! Toda mãe quer o melhor para o seu filho, porque eu haveria de querer um namoro desses?
Alguém com essa procedência na família?
Você está se envolvendo com esse tipo de gente e quer que eu aceite numa boa?
-Eu sei! Sei de tudo! Quem é o pai, a mãe, a família dela toda. Entre a gente não tem segredo. Não quer dizer que só porque na família dela tem bandido perigoso que ela seja também uma pessoa que não presta. Ela nem tem contato com o pai...
-Mas, se eles descobrem com quem ela está namorando, é obvio que isso será um problema. Você estará correndo risco, além de colocar nossa família toda em risco. Nós temos uma das maiores empresas do país, o que você acha que eles vão fazer quando souberem disso?
-Mãe, não tem motivo para esquentar a cabeça...
-Maurício! Chega! Não vou discutir com você mais! Tome uma providência!
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